Adrian Newey diz que carros da F1 estão 'indo para o caminho errado'
Para ele, conceito para gerar menos turbulência e trazer mais ultrapassagens é correto, mas categoria tem de pensar em carros mais leves e eficientes
Em 2022, o peso mínimo dos carros de Fórmula 1 é de 798 quilos, quase 200 kg mais pesados que no princípio da década de 2000. Este parâmetro, estabelecido nas regras, tem sido aumentado nos continuamente nos últimos anos e, sobretudo, desde a chegada dos primeiras elementos híbridos, como o KERS, com uma progressão muito mais notável quando os motores passaram a converter-se em híbridos em 2014.
Além disso, desde as modificações aerodinâmicas da temporada de 2017, os carros de F1 tem ‘inchado’ para ampliar sua superfície aerodinâmica. Se a revolução técnica de 2022, em parte, simplificou o carro ao proibir alguns apêndices aerodinâmicos, os monopostos seguem sendo muito volumoso e, portando, os mais pesados da história da categoria.
Falando sobre isso para o Motorsport Magazin, Adrian Newey, diretor técnico da Red Bull, disse ser a favor do objetivo das novas regras, que é melhorar as disputas na pista entre os pilotos. “Creio que o principio de fazer com que os carros gerem menos turbulência ao de trás é correto”.
“Não creio que seja uma mudança significativa, mas ajuda. Se tem uma mudança de regras tão grande, que inevitavelmente te induz a muitas outras modificações, então, provavelmente isso fará com que o pelotão se divida muito mais, ainda mais nas primeiras temporadas”, completou.
Adrian Newey observant la Ferrari F1-75 à Djeddah
O britânico reconheceu estar preocupado com o peso e tamanhos dos carros de Fórmula 1 atual, especialmente em termos de eficiência energética. “Em alguns anos, o limite do peso passou de poucos 600 kg com 30, 40 quilos de lastro a carros de 800 kg ou mais”, falou.
“Todos estamos trabalhando como loucos para chegar ao peso mínimo imposto atualmente por regras. Definitivamente, os carros estão se tornando maiores e mais pesados e não são especialmente eficientes aerodinamicamente, já que geram muito arrasto”, prosseguiu Newey.
“Obviamente, esta é a direção equivocada na indústria automotiva, que, em geral, está se movendo para automóveis maiores e pesados, com pessoas obcecadas se a energia será de baterias ou gasolina. Mas o problema mais importante é de quanta energia se necessita, independentemente de onde ela venha”, continuou.
“Um baixo peso e eficiência aerodinâmica são as duas características mais importantes. Obviamente, alguns problemas de segurança também são mais graves devido a isso. Quanto mais pesado é o carro, mais forte deve ser (o acidente). Na minha opinião, precisamos de carros menores, mais leves e mais eficientes em combustível”, concluiu.
VÍDEO: Dê uma volta em Montreal, palco do GP do Canadá
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