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Alguersuari desabafa sobre saída da Toro Rosso

"Me causaram um dano desnecessário", criticou o espanhol, referindo-se à maneira como saiu da equipe de Faenza

Piloto espanhol disse que não quis correr pela HRT e nem considerou a Williams como alternativa

Dois meses após perder a vaga na equipe Toro Rosso, o espanhol Jaime Alguersuari resolveu desabafar. Embora afirma ser sempre grato pela chance que recebeu do programa de jovens pilotos da Red Bull, o piloto criticou a maneira como foi conduzida sua saída dele. “Me causaram um dano desnecessário”, atacou ele em entrevista ao site “F1 al Dia”.

O piloto afirma que, até o meio de dezembro, teve todos os sinais de que permaneceria no time para esta temporada. “No Grande Prêmio do Brasil me confirmaram verbalmente minha continuidade. Naquele mesmo final de semana eu havia recusado uma oferta muito boa depois de receber essa confirmação por parte da Red Bull e da Toro Rosso. Alguns dias depois a Toro Rosso me enviou para a sede da Cepsa em Madri para participar de uma entrega de medalhas aos empregadas de trajetória mais longa na companhia. No almoço fiz um discurso sobre minha relação com a Toro Rosso e a Cepsa para 2012 com um roteiro que me foi enviado de Faenza. Passaram-se mais uns dias e me comunicaram por telefone que não contavam mais comigo. Foram duas ligações de menos de dois minutos”.

O descontentamento do piloto com a situação está tanto na decisão tomada quanto no momento em que ela foi tomada. “Nem eu e nem ninguém entenderá porque tenho cumprido claramente todas as expectativas que a equipe tinha, tendo melhorado a posição de 2010 e superado meu companheiro, me despediram em 14 de dezembro, quando já não havia tempo de reação para ir atrás de uma boa vaga para 2012”.

Alguersuari admitiu ter entrado em contato com o chefe da equipe HRT, Luis Pérez-Sala, mas entendido que correr pela equipe não era uma alternativa viável. Correr pela Williams, que ainda tinha uma vaga aberta em dezembro, não foi considerado pelo piloto.

“Quando soube da decisão da Red Bull, contactei Luis Pérez-Sala, meu amigo e mentor desde que eu corria na F-Renault 1600 na Itália. Felizmente nós dois tínhamos a mesma opinião. HRT não tem um carro para mim hoje e eu não posso liquidar meu patrimônio com essa idade lutando para melhorar um carro que logicamente está muito atrás. A opção da Williams nem me passou pela cabeça. Hoje, eles precisam de pilotos que pagam”.

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