Alonso aposta em esporte como antídoto para a crise na Espanha
Vice-líder do Mundial elogia ambiente em Valência e espera que melhoras ajudem a Ferrari a se tornar carro mais rápido
De um lado, desemprego recorde, ajuda financeira de bancos, medidas econômicas restritivas. De outro, Fernando Alonso é vice-líder da F-1, a seleção de futebol é favorita para conquistar um bicampeonato inédito na Eurocopa e Rafael Nadal conquista seu sétimo Roland Garros. O espanhol da Ferrari reconheceu ao TotalRace em Valência que o esporte pode ser a válvula de escape de uma população que vive uma das piores crises de sua história.
“O esporte sempre foi um bom parênteses nos problemas diários que o povo pode ter. A Eurocopa, os êxitos de Nadal, as alegrias que as Olimpíadas vão trazer. Nos momentos difíceis, o esporte serve também para isso. Para entreter, porque não deixa de ser um jogo, e também para levantar o ânimo em momentos difíceis e esse é certamente um desses momentos.”
Mesmo com as reclamações da população em relação ao investimento feito na F-1 em tempos de crise, o espanhol destacou o ambiente do GP da Europa, em Valência, um dos dois que o país sedia na temporada.
“Estou animado para que as coisas saiam bem. É sempre um prazer correr em casa e, aqui em Valência, não só pelo circuito, como também pelo ambiente que sempre cerca essa corrida. Há shows, a praia está aqui do lado, há corridas de kart. O ambiente é ótimo e tenho vontade de que comece logo.”
Vice-líder do Mundial, Alonso admite que a Ferrari ainda não é o carro mais rápido do grid, em que pese a recente evolução do F2012.
“Acredito que temos de continuar evoluindo. O carro está cada vez mais competitivo, mas não acredito que estejamos no ponto em que queremos estar. Há alguns carros um pouco mais rápidos. Esperamos que, com as melhorias que trazemos aqui e nos próximos GPs estejamos na luta. Esperamos muito calor, uma alta degradação de pneus. Amanhã temos de preparar o carro para ter um bom ritmo de corrida.”
Perguntado sobre a estratégia que o fez cair de primeiro para quinto nas últimas voltas do GP do Canadá, o asturiano reiterou seu apoio à tática adotada pela Ferrari.
“Tanto Grosjean, quanto Perez, que fizeram uma parada, chegaram ao pódio. Os fatos estão aí. Não precisa ser vidente para saber que a estratégia de uma parada era a melhor. Depois da corrida, é muito fácil saber se tinha de parar duas vezes depois que vê a degradação que teve. A 18 voltas do final, quando Hamilton entrou, nossos setores estavam bons e, se entrássemos naquela hora, diriam ‘se tivesse continuado na pista, ganharia’, como disseram em Mônaco. Falar depois é fácil.”
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