Análise: existe futuro para as mulheres na F1?
Susie Wolff era a mulher que tinha mais chances de guiar um carro de F1 na atualidade

A aposentadoria de Susie Wolff das pistas de corrida, aos 32 anos, foi um duro golpe para o futuro das mulheres na Fórmula 1. A escocesa era considerada a piloto que tinha mais chances de dirigir um carro da categoria nos próximos anos, por estar na posição de piloto de desenvolvimento da Williams e já ter participado de quatro treinos livres. A análise é do blog Last Word on Sports.
A carreira de Wolff começou na DTM, onde correu por 7 anos. No entanto, foi na Williams que ela foi reconhecida pelo grande público. Desde 2012 ela ocupou o posto de piloto de desenvolvimento.
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As suas exibições em treinos livres fez com que ela fosse a primeira mulher a participar de um final de semana de Grande Prêmio desde 1992, quando a italiana Giovanna Amati se inscreveu em três corridas, mas falhou em se classificar para elas.
No entanto, as expectativas de Wolff sofreram um duro golpe no começo desta temporada. Quando Valtteri Bottas machucou as suas costas e anunciou que não participaria da abertura do campeonato, no GP da Austrália, havia um rumor de que a Williams finalmente daria uma chance para a escocesa em uma prova.
No entanto, o time resolveu contratar Adrian Sutil como piloto reserva, passando o recado de que o alemão seria o competidor imediato a assumir a posto de Bottas ou Felipe Massa, caso um deles não tivesse condições de disputar algum GP.
No final das contas, Bottas se recuperou e pôde participar da prova em Melbourne, mas o estrago já havia sido feito dentro dos boxes da Williams. Estava claro que a equipe não estava disposta a dar uma chance real para Wolff. Desde o episódio para o anúncio da aposentadoria, foram apenas alguns meses.
Há futuro para mulheres na F1?
No momento, a única mulher a fazer parte de alguma equipe de F1 é a espanhola Carmen Jorda, que é piloto de desenvolvimento da Lotus. Ela ainda não guiou o carro, e não há qualquer indicativo de quando possa fazer isso.
Muitos criticam a sua falta de competitividade na sua última categoria, a GP3, e questionam a sua habilidade de guiar um F1. Com Jolyon Palmer promovido a piloto titular na próxima temporada, será interessante ver se Jorda sobe na hierarquia da equipe, ou se o seu futuro será interrompido, como Wolff.
O automobilismo é um dos poucos esportes que permitem que mulheres e homens possam competir juntos. O caso mais bem sucedido é de Danica Patrick, que já competiu em alto nível na Indy. Ela foi, inclusive, a primeira mulher a vencer uma prova, em 2008.
Atualmente, Patrick está na NASCAR, e se tornou a primeira mulher a conseguir uma pole. Ao lado dela na categoria de stock americana, também atuam Simona de Silvestro e Pippa Mann.
Então por que não há mulheres competindo em alto nível também na F1? Certamente não é devido a questões físicas, argumento que era usado há décadas atrás, já que elas competem em outras categorias que exigem tanto ou mais preparo do que a F1.
O maior problema é a falta de mulheres dispostas a fazer carreira no automobilismo: apenas 8% dos registros de pilotos são femininos. Em um universo tão restrito e altamente competitivo como a F1, é preciso uma combinação de grande talento com grande conta bancária para participar dos GPs.
Com isso, o cenário para que finalmente vejamos uma mulher disputando provas na F1 está cada vez mais distante. Apesar de a presença feminina ter se intensificado nos boxes, com mulheres chefe de equipe, é provável que o círculo de pilotos siga como um "clube do bolinha" por muitos anos.

Foto de: XPB Images

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Foto de: Action Sports Photography

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Foto de: Jared C. Tilton/Getty Images

Foto de: FIA Formula E

Foto de: IndyCar Series

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Foto de: Michael C. Johnson

Foto de: IndyCar Series

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Foto de: Covy Moore

Foto de: Jay Alley

Foto de: Jay Alley

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