Análise técnica: saiba como a Ferrari deu a volta por cima na F1
Alterações no conceito aerodinâmico e evolução do motor explicam crescimento da equipe, enquanto Mercedes foca em 2020
Foto de: Giorgio Piola
Análise técnica de Giorgio Piola
Análise técnica de Giorgio Piola
Desde o fim das férias de verão, a Ferrari virou o jogo contra seus rivais na Fórmula 1, não apenas conquistando vitórias em circuitos de baixa pressão aerodinâmica, onde se esperava um bom desempenho do time, mas também onde acreditava-se que ficariam para trás. Os resultados na Rússia podem não ter sido favoráveis, mas a escuderia deu sinais de que brigará com a Mercedes com frequência até o fim da temporada.
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O SF90, com o novo pacote de alta pressão aerodinâmica, deu um passo à frente e enquanto as atualizações aerodinâmicas resultaram em claros avanços em termos de arrasto, a equipe foi capaz de explorar toda a superioridade de sua unidade de potência e manter uma relativa vantagem de velocidade em relação à Mercedes.
O avanço da Ferrari chegou como uma tempestade para as flechas de prata, cuja terceira atualização falhou em elevar as expectativas e exige que o motor opere abaixo do limite para garantir a confiabilidade. O time italiano, que já possuía um trunfo em termos de potência, acrescentou mais performance com a nova versão do motor, inaugurado na Itália, e continuou a crescer nas etapas seguintes.
A Ferrari conseguiu liberar potência não apenas durante as corridas, mas trouxe mais um pequeno impulso para os treinos classificatórios também. Charles Leclerc se aproveitou bem das modificações e arrancou quatro poles consecutivas após as férias da F1, indicando que existe uma margem a ser explorada em termos de ajustes do carro e de estilo de pilotagem.
O mais importante fator, e talvez aquele que o time procurava, é que a atualização aerodinâmica implementada pela Ferrari é agora capaz de extrair performance dos pneus de um modo que não conseguia antes. Parece que antes, o SF90 era incapaz de gerar o calor necessário nos pneus dianteiros, o que significava ter de trabalhar em uma janela de performance muito estreita, o que reduzia o desempenho e a vida útil dos compostos, se comparado ao que seus rivais conseguiam fazer.
Aparentemente, o conceito geral do carro deste ano, levando em conta as mudanças aerodinâmicas do regulamento de 2019, não havia levado em conta a menor espessura dos pneus Pirelli, que havia sido reduzida em 0,4 mm, o que já havia sido alterado em 2018. As atualizações introduzidas em Singapura parecem ter resolvido suas fraquezas em pistas de baixa velocidade, mas nem a Ferrari esperava que o carro respondesse tão bem quanto fez.
Aqui estão as mudanças que elevaram o desempenho da Ferrari:
Mercedes aposta no longo prazo
Enquanto a ressurgência da Ferrari ao longo das últimas corridas adicionou algo ao espetáculo da F1 e traz esperanças de um fim de temporada mais empolgante, a Mercedes já está mirando nos ganhos que poderá ter em 2020.
Red Bull volta a ser terceira força
Apesar de ter passado por circuitos onde se esperava que a equipe austríaca repetisse o bom desempenho de antes das férias de verão, a Red Bull se viu relegada à terceira posição do grid em termos de desempenho, enquanto a Ferrari lhe roubou a posição de principal desafiante da Mercedes.
Ferrari completa 90 anos e passa por jejum
A marca italiana completou nove décadas no fim de semana do GP da Itália. Por isso, vitórias de Vettel e Leclerc têm sabor ainda mais especial. No entanto, a equipe não vence um mundial desde 2008, quando foi campeã de construtores. O último título de pilotos foi o de Kimi Raikkonen em 2007, o único da era pós Schumacher. Relembre todos os carros da lendária equipe na F1:
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CARRO MELHOR E PILOTOS EM ROTA DE COLISÃO
A melhora do carro é nítida. E junto dela uma crescente tensão entre os pilotos. No podcast do Motorsport.com, debatemos se é necessário que a Ferrari priorize um de seus pilotos.
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