Austrália aumenta restrições de entrada à Itália a uma semana do GP
O governo australiano aumentou as restrições para passageiros vindos da Itália, mas evitou instituir uma proibição, aumentando as dúvidas sobre a realização do GP de F1 na próxima semana
Confirmado pela organização no início dessa semana, o GP da Austrália vai se colocando como dúvida a cada dia que passa. Com a crise do coronavírus crescendo em escala mundial, o governo do país está respondendo com restrições à entrada no país. Nesta quinta, o primeiro-ministro Scott Morrison anunciou um aumento nas restrições de entrada de passageiros vindos da Itália.
Além da Itália, o PM anunciou uma proibição de entrada no país de pessoas vindas da Coreia do Sul, juntando-se a China e Irã, que já constavam nessa lista. Para esses três países, a proibição estará vigente até 14 de março, pelo menos, e não permitirá que pessoas vindas desses três países entrem na Austrália.
Quanto a Itália, Morrison confirmou que passageiros vindos do país europeu passarão por questionários no check-in e terão suas temperaturas checadas no desembarque. Mas a Itália escapou, mais uma vez, de uma proibição igual a da Coreia - o que pode ser crucial para a realização do GP da Austrália na próxima semana.
Caso a recomendação sobre a Itália não mude até a próxima semana, a última preocupação para o GP pode ser uma restrição à eventos com grande público, para evitar a transmissão. Até o momento, nenhum evento de grande porte foi cancelado no país ainda, apesar do Ministro dos Esportes do estado de Vitória afirmou ontem à Rádio SEN que realizar eventos com portões fechados "não era uma possibilidade descartada".
Nesta quinta, o CEO do GP da Austrália, Andrew Westacott, reafirmou que o GP será realizado, com a expectativa das equipes chegarem à Melbourne nos próximos dias.
"Estamos seguindo com o planejamento", disse Westacott à Rádio 3AW Melbourne. "Neste momento há cerca de 50 trabalhadores no Albert Park na organização. Os carregamentos chegam entre amanhã, sábado e domingo em Avalon. Todos do mundo da Fórmula 1, incluindo as equipes italianas, chegam entre hoje e terça da próxima semana".
"O Primeiro Ministro anunciou em uma coletiva as restrições de entrada para pessoas vindas da Itália. E eu acho que ele deixou claro um ponto importante: há cinco vezes mais pessoas tentando entrar na Austrália pela Coreia do Sul do que pela Itália".
"Eu acredito que o Ministério da Saúde do país, com o auxílio dos escritórios estaduais e o Comitê Nacional de Segurança não levam em consideração somente eventos e outras coisas. Eles tomam as decisões com base no que é melhor para o país, considerando todas as partes. O resultado é muito bom".
O CEO da Liberty Media, Greg Maffei, diminuiu o impacto do vírus na F1 e na empresa como um todo falando para investidores em um evento em São Francisco.
"Acredito que estamos passando por um ciclo aqui, e eu acho que será pequeno ao invés de longo, e você tenta resolver os problemas até acabar. Vocês certamente viram áreas como o turismo serem atingidos. Há alguns riscos em nossos negócios como a F1. Tivemos que adiar Xangai e isso não foi nossa opção. O governo chinês falou para o organizador local não fazer o evento em abril".
"Mas, por enquanto, estamos levando nossos eventos adiante. As próximas três corridas, do início da temporada, são Austrália, Bahrein e Vietnã, e, hoje, todas estão seguindo com a organização normalmente".
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