Autor de livro diz que Senna foi maior que Schumacher e mais explosivo que Alonso

"Se tivesse competido com todos, teria sido melhor que eles. Chegou ao seu limite pessoal e ainda o superou", disse o jornalista
O dia 1º de maio de 2019 marca 25 anos da morte de Ayrton Senna, ídolo brasileiro e tricampeão mundial de Fórmula 1. Falecido em 1994 após trágico acidente no GP de San Marino, em Imola, a mística por trás do piloto ainda desperta interesse de fãs e jornalistas por todo mundo. A mais recente manifestação de seu legado surge em 'Senna: Histórias desconhecidas 25 anos mais tarde", feito pelos jornalistas José María Rubio, espanhol, e Lemyr Martins, brasileiro.
Em entrevista ao El Confidencial, da Espanha, Rubio, que há décadas cobre a categoria máxima do automobilismo mundial, comparou Senna com outros grandes nomes da F1. Em especial Michael Schumacher, maior campeão com sete títulos, e Fernando Alonso, bicampeão que recentemente se retirou do campeonato, mas ainda é tido por muitos como o melhor piloto do mundo na atualidade.
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"Senna? Coloco-o como número 1 pelo conjunto de sua personalidade. Por títulos, Schumacher tem sete, Vettel quatro, mas a Alemanha não tem nenhum carisma. Fernando tem dois campeonatos e muitos fãs na Espanha, mas mesmo com seu valor midiático e seus seguidores, não marcou época como Ayrton. Senna tinha milhões de seguidores fieis por trás dele. Para mim, não houve outro igual. Não é o que tem mais títulos, mas é o número 1", disse Rubio.
"Ele tinha um plus. Quando todos alcançavam o mesmo tempo, ele dava um passo a mais que os outros. Ele constantemente excedeu seus próprios limites. Se tivesse competido com todos, teria sido melhor que eles. Chegou ao seu limite pessoal e ainda o superou".
Segundo o jornalista, que participará de seu 610º GP da F1 na próxima etapa, em Baku, Senna era ainda "mais explosivo" que Alonso, cuja complicada personalidade é apontada como a razão para seus insucessos recentes. "Fernando nunca teve um carro como a McLaren de 1988 (foto abaixo). O caráter esportivo de Alonso foi mais de espreitar. Atacar, mas também se defender como em Imola com Schumacher. Ele teve que ser mais astuto", ponderou.

Ayrton Senna, McLaren MP4/4
Photo by: Sutton Images
"Ayrton era explosivo. Ele tinha o melhor carro, mas não ficava satisfeito em tirar dois décimos. Ele tinha que tirar dois segundos do seu companheiro de equipe, que era Alain Prost. Há pouco a comparar (entre Alonso e Senna) porque um foi mais astuto, mais raposo e com uma visão global que os outros não tiveram".
"Com Senna era volta a volta: a próxima tinha que ser melhor que a anterior, absolutamente sempre assim. Era também outra era de pistas, pneus, consumo, não havia parâmetros como agora. Mas quando ele precisava de um tempo em treino classificatório e tinha apenas uma volta, boom, ele conseguia em apenas em uma volta", lembrou.
A poucos dias do aniversário de morte do brasileiro, o jornalista comenta a percepção que os pilotos atuais têm de Senna: "Todos gostariam de ser como ele. Quando você tem um ídolo, é porque você quer ser como ele. Hamilton ganhou cinco campeonatos, mas ele gostaria de ser o personagem de Senna. É por isso que não há ninguém como ele.
Questionado sobre o grau de relevância que Senna teria se não tivesse morrido, Rubio respondeu: "O mito seria o mesmo sem morrer. As pessoas o seguiriam fielmente e ele teria o mesmo carisma aos 59 anos de idade. No paddock, seria como uma procissão atrás dele. O mito é feito quando se morre, mas acho que ele teria permanecido o mesmo, independentemente dos três ou sete títulos que ele teria vencido".

Lewis Hamilton homenageia Ayrton Senna levantando capacete do brasileiro
Photo by: Sutton Images

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Categoria | Fórmula 1 |
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