Binotto assume culpa por crise da Ferrari na F1: "A equipe toda é responsável e, como chefe, estou em primeiro lugar"
Chefe da equipe italiana comentou sobre a crise da Ferrari e respondeu às críticas de Toto Wolff feitas no fim de semana
A crise de performance da Ferrari na temporada 2020 da Fórmula 1 tem sido um dos grandes assuntos dentro e fora do paddock do Mundial. Após diversas críticas da imprensa italiana e uma reformulação de seu departamento técnico, Mattia Binotto, chefe da equipe, apontou para si a culpa dessa crise, mas deixando claro que toda a equipe é responsável.
Após uma temporada 2019 onde conseguiu rivalizar com a Mercedes em alguns momentos, a equipe teve uma grande perda de rendimento em 2020, especialmente com a queda da velocidade em retas, grande trunfo da Ferrari no último ano.
Binotto, que tem sido muito questionado sobre seu papel nesta questão, deu sua visão sobre o caso.
"Estamos decepcionados e bravos, assim como nossos fãs, e com toda a razão", disse Binotto. "É um momento difícil em uma temporada que sabíamos que seria complicada desde o início. Mas, em tempos como esses, precisamos nos manter firmes e olhar para frente, para superar esse período difícil. É a única maneira de sair dessa situação".
"Quem é o responsável? A equipe toda é responsável e eu, como chefe, estou em primeiro lugar. Se sou o homem certo ou não para isso, não devo responder".
"Quanto tempo vai levar para sairmos disso? Acho que, se olharmos para todos os ciclos de vitórias, pode levar muitos anos. Não há mágica na F1. Paciência e estabilidade são necessárias".
"O motor está congelado, então não há nada que possamos fazer. Estamos desenvolvendo para o próximo ano. Estamos fazendo boas progressões em aerodinâmica, mas o carro também tem restrições. Então, quais são os planos? O principal é focar nos próximos anos".
"Primeiro em 2021, mas certamente também em 2022. Acredito que, para nos darmos bem na próxima temporada, precisamos entender as fraquezas desse ano e garantir que conseguiremos solucioná-las".
Durante o final de semana em Spa, o chefe da Mercedes disse que sentia pela situação difícil da Ferrari, falando que a equipe deveria questionar as prioridades que foram estabelecidas e as decisões de "certos membros".
As palavras de Wolff não caíram bem na Ferrari e Binotto respondeu o chefe da rival, mas sem mencioná-lo.
"Sei que há pessoas em outras equipes que gostam de falar da nossa situação e nossos fãs. Não quero dizer nada a ele, acho que sei o que nossos torcedores pensam e também acredito que faço parte disso".
"Também sou fã da Ferrari e sei exatamente o que está acontecendo".
"Há 25 anos trabalho nesta empresa. Conhecemos as nossas prioridades e sabemos que na Fórmula 1 não há segredos. Basta trabalhar e avançar o mais rápido possível, tentando definir as prioridades certas".
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