Entrevista

Burti: sem a morte de Senna, eu não teria sobrevivido em Spa

Brasileiro comentou grave acidente no GP da Bélgica de 2001 quando pilotava pela Prost

Luciano Burti, Prost AP04 chassis after his accident

Luciano Burti, Prost AP04 chassis after his accident

LAT Images

Luciano Burti disse que sobreviveu ao acidente de 111 Gs no GP da Bélgica em 2001, graças às melhorias de segurança provocadas pela morte de Ayrton Senna.

O brasileiro bateu sua Prost nas barreiras de pneus da curva Blanchimont, depois de uma tentativa fracassada de passar seu ex-companheiro da Jaguar, Eddie Irvine.

Em uma entrevista na última edição do The Autosport Podcast, Burti relembrou o acidente e as mudanças que se seguiram para ajudar outros pilotos.

"É parte do ser humano que pensa que as coisas ruins devem acontecer para ter uma atitude melhor", disse Burti.

“Spa foi um enorme acidente quando eu bati na barreira a 270km/h, eu não tinha freios, então fui direto para o muro e foram 111 Gs de impacto, que é um número que eu nunca ouvi antes.”

"Se não fosse pela morte de Senna, eu não teria sobrevivido porque a Fórmula 1 se tornou muito melhor em termos de segurança.”

“Do meu acidente, algumas coisas mudaram. Por exemplo, você pode ver que desde então, todas as barreiras tem coberturas porque meu carro estava embaixo dos pneus.”

“Meu capacete estava quebrado na frente porque costumávamos ter um buraco para a garrafa da bebida ou para o rádio, mas desde então os buracos não são permitidos.”

“Eles sempre melhoram as coisas a partir de uma experiência ruim como eu tive”.

Apesar de apoiar essas melhorias de segurança, Burti foi contra a chegada do halo na temporada passada.

"Eu não gosto do halo, não acho que seja necessário", disse Burti.

“Talvez um dia alguém pudesse se machucar ou morrer [sem o halo], bem, se você não quer que isso aconteça, vamos fazer uma corrida com limite de velocidade de 160 km/h no máximo.”

“Uma vez que você está indo mais de 300 km/h você está assumindo um risco. A F1 é segura o suficiente e espero que eles não tentem torná-la à prova de balas, porque isso faz parte do programa.”

“O automobilismo deve ser um pouco perigoso. Eu não quero ver ninguém se machucando, é claro que eu não quero ver ninguém morrendo, mas deve ser assim.”

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