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Da madeira ao carbono: saiba como o volante da F1 evoluiu desde os anos 1950

Poucos componentes de um carro evoluíram tanto desde 1950 quanto os volantes. Eles cumprem a mesma função, mas seu campo de atuação foi bastante ampliado

The steering wheel for the Alpine A522

Foto de: Mark Sutton / Motorsport Images

Feitos de madeira, couro e metal, os volantes da Fórmula 1 usados ​​na década de 1950, por pilotos como Juan Manuel Fangio, tinham dimensões muito diferentes do que estamos acostumados hoje, mas também faziam um trabalho um pouco diferente.

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Para contrabalançar o peso do carro e a falta de direção hidráulica, era necessário ter um volante de grande diâmetro para que o piloto ficasse o menos sujeito possível à inércia do carro. Sendo aparafusado, ou mesmo soldado, na coluna de direção, era um elemento muito perigoso em caso de impacto, especialmente além do fato de que o cinto de segurança não era obrigatório.

Le volant de la Ferrari 375.

Le volant de la Ferrari 375.

Vinte anos depois, a fórmula permaneceu relativamente a mesma, exceto pelo tamanho, menores, como resultado do peso reduzido dos carros e dos pneus mais baixos, porém mais largos. Algumas equipes começavam a adicionar recursos rudimentares, mas essenciais, como um disjuntor que o piloto podia ativar com um interruptor, para proteger contra possíveis falhas elétricas.

Le volant de la Ferrari 312B.

Le volant de la Ferrari 312B.

No início da década de 1980, com a introdução dos motores turboalimentados, foram adicionados botões que ativavam o turbo ‘boost’. Esse aumento de pressão era feito apenas em modos ("on" ou "off"), tornando essa operação bastante violenta.

Na década de 1980, a comunicação por rádio, tão impensável de ser eliminada hoje, também foi popularizada entre o piloto e sua equipe no pit wall, e botões push-to-talk foram adicionados aos volantes. Outra inovação foi um sistema de “liberação rápida”, que permitia a separação do volante da coluna de direção e que, hoje, vemos muitas vezes ao longo de um fim de semana.

A incrível ascensão da computação e da telemetria em meados da década de 1990 teve um impacto considerável na funcionalidade do volante: botões e botões foram adicionados para ajustar o controle de tração e a eficiência do motor, bem como ativar o limitador de velocidade.

Para tornar essas inovações o mais ergonômicas possível, o próprio formato do volante mudou: ficou mais retangular, com duas alças de cada lado. Com a generalização das caixas de câmbio semiautomáticas, as alavancas de câmbio apareceram na parte traseira do volante, o que permitia ao piloto trocar de marcha sem precisar tirar as mãos do volante.

Le volant de la Ferrari F399 (650).

Le volant de la Ferrari F399 (650).

Nos anos 2000, o volante tornou-se um elemento mais tecnológico. Visores digitais de velocidade e marcha começaram a aparecer, assim como luzes LED coloridas para indicar a rotação do motor.

Os volantes, já feitos de carbono, passaram a ser muito parecidos com os que vemos hoje e os pilotos passaram a personalizá-los de acordo com suas preferências.

Le volant de l'Arrows A21.

Le volant de l'Arrows A21.

Em 2014 chegaram as unidades de controle ultracomplexas, com modos e ajustes praticamente ilimitados, principalmente para quem vê de fora. A tela LCD pode exibir uma variedade estonteante de informações, como temperaturas de pneus e freios, níveis de potência e tempos de volta.

Existem mais de 100 páginas de informações disponíveis para o piloto. Como resultado, a tela agora tem cerca de 12 centímetros de tamanho e ocupa quase todo o espaço disponível na face do volante. Esta tela, projetada e produzida pela McLaren, é a mesma para todas as equipes.

Como as unidades de potência são praticamente as mesmas de 2014, os volantes e sua tecnologia mudaram pouco desde então.

Le volant de la Mercedes W13 de George Russell.

Le volant de la Mercedes W13 de George Russell.

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