De volta à F1, Blash diz que teria tomado decisão diferente da de Masi em Abu Dhabi

Apesar de afirmar que agiria de forma distinta, veterano pondera que ex-diretor de provas estava sob muita pressão; confira

Bernie Ecclestone, President and CEO of Formula One Management and Herbie Blash, FIA Observer

Após ter deixado a Fórmula 1 no fim de 2016, Herbie Blash retorna à categoria máxima do automobilismo mundial em 2022 no mesmo cargo de conselheiro sênior permanente, função na qual supervisionará o trabalho dos diretores de prova Eduardo Freitas e Niels Wittich, substitutos de Michael Masi. Este foi afastado pela FIA por causa de suas controversas decisões no GP de Abu Dhabi de 2021, no qual, segundo Blash, o desfecho deveria ter sido diferente. 

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Na ocasião, que culminou com o título do holandês Max Verstappen, da Red Bull, sobre o britânico Lewis Hamilton, da Mercedes, Masi decidiu enviar o safety car para a pista após o acidente do canadense Nicholas Latifi, da Williams, já na parte final da corrida.

Com uma volta para o fim, apenas os retardatários que estavam entre Verstappen e o líder Hamilton foram liberados para retomar suas posições e, logo na sequência, o carro de segurança recolheu, o que, na visão da Mercedes, contraria os regulamentos -- ele deveria ter voltado aos pits no giro seguinte, que seria o derradeiro, de modo que o holandês não teria tempo para atacar o britânico, que tinha pneus mais velhos, e ultrapassá-lo para ser campeão.

Questionado sobre o episódio em entrevista com Peter Windsor, Blash afirmou que teria atitudes diferentes em relação ao encerramento do GP de Abu Dhabi. O britânico de 73 anos teria optado por uma bandeira vermelha e, depois, retomaria a disputa das voltas restantes com nova largada.

Entretanto, Blash defende Masi e enfatiza que é natural que você não tenha essa ideia quando está sob pressão. “Primeiro de tudo, eu senti muito por Michael e por Lewis. Na verdade, eu estava em Barbados assistindo com alguns amigos e sob nenhuma pressão quando vi toda a situação”.

“Eu teria feito isso (o que Masi fez) se estivesse em Abu Dhabi? Eu não sei, mas, sentado lá com amigos, foi exatamente o que eu disse (teria optado pela bandeira vermelha). Mas Michael estava sob enorme pressão", completou Blash, que trabalhou com o antecessor de Masi, Charlie Whiting.

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