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Emerson Fittipaldi detona casos de 'paitrocínio' na F1

Neto do bicampeão mundial, Pietro Fittipaldi é piloto reserva da Haas

Emerson Fittipaldi

Emerson Fittipaldi detonou a atual realidade da Fórmula 1 ao comentar sobre a ausência de seu neto Pietro Fittipaldi no grid da categoria. O bicampeão mundial disse que "as equipes que não têm patrocínio grande conseguem o famoso 'paitrocinio'". 

Pietro Fittipaldi é piloto reserva da Haas, que tem como titulares Mick Schumacher e Nikita Mazepin - este último é filho do bilionário Dimitry Mazepin, responsável pelo dinheiro que garantiu a sobrevivência da equipe norte-americana. 

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Questionado sobre a ausência de Pietro no grid, o bicampeão detonou a atual realidade da categoria, destacando o "famoso paitrocinio".

"A Fórmula 1 hoje em dia ficou tão cara para as equipes, um orçamento absurdo. Então as equipes que não têm patrocínio grande conseguem o famoso 'paitrocinio'", disparou.

"Isso é que cria uma situação às vezes diferente da realidade e fatalmente afeta muito, ainda mais agora que a F1 tem poucos carros."

"Tem poucos lugares para um piloto jovem sentar e mostrar o talento. Aparece gente com um poder aquisitivo grande e toma o lugar na Fórmula 1. É uma realidade que tem hoje em dia",

Recentemente, Lewis Hamilton fez uma análise da situação atual da categoria máxima do automobilismo, voltando a defender a acessibilidade do esporte. O heptacampeão mundial disse que a F1 "se tornou um clube dos meninos bilionários".

"Pessoalmente, acredito que estamos em um momento no qual isso aqui se tornou um clube dos meninos bilionários. Crescendo em uma família normal da classe trabalhadora, eu não teria como estar aqui. Os caras que tenho que lutar contra têm muito mais dinheiro", disse.

"Temos que trabalhar para mudar isso, tornar o esporte mais acessível, tanto para os ricos quanto as pessoas de origens mais humildes".

O chefe da Mercedes, Wolff, disse que, embora cada piloto tenha sua própria história, ele concorda que é preciso ser feito mais para reduzir os custos nas corridas de base.

"O que torna o esporte tão atraente é que ele fornece narrativas para uma boa novela fora das corridas também. Os pilotos sempre vêm de origens diferentes e todo mundo tem sua história e coisas para enfrentar", disse Wolff. 

“O que acho que podemos fazer é garantir que as corridas de base se tornem mais acessíveis, para que as crianças que não têm boas condições financeiras possam realmente ter sucesso nas fórmulas para juniores."

"Todas as grandes equipes de Fórmula 1 [precisam ser] capazes de identificar essas crianças, em vez de torná-lo tão caro a ponto de uma boa temporada de kart custar 250.000, uma temporada F4 500.000 e uma temporada F3 1 milhão."

"Isso é totalmente absurdo, [e] precisa parar, porque queremos ter acesso. Acho que precisamos dar acesso às crianças que estão interessadas no kart, dar a oportunidade de correr por orçamentos muito mais acessíveis", concluiu.

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