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Equipes da F1 vão decidir sobre corridas de classificação nesta quarta-feira

Times se encontrarão para debater regras de 2021 e devem discutir também alguns temas da próxima temporada

Nico Hulkenberg, Renault F1 Team R.S. 19, leads Max Verstappen, Red Bull Racing RB15, and Kevin Magnussen, Haas F1 Team VF-19

Nico Hulkenberg, Renault F1 Team R.S. 19, leads Max Verstappen, Red Bull Racing RB15, and Kevin Magnussen, Haas F1 Team VF-19

Joe Portlock / Motorsport Images

As equipes de Fórmula 1 vão se encontrar em Paris nessa quarta-feira para discutir o futuro da categoria e devem votar os planos para realizar três corridas experimentais de qualificação aos sábados em 2020, e aqueles que atualmente se opõem à ideia terão que mudar de opinião para que a medida seja aprovada.

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Uma mudança nos Regulamentos Esportivos da FIA para a próxima temporada exige unanimidade, já que o prazo para a votação majoritária passou em 30 de abril.

Várias equipes continuam se opondo à ideia de corridas de classificação, com a Mercedes tendo reservas sobre potencialmente ter seus carros com dificuldades de progredir do fundo do grid.

Simulações realizadas por equipes indicaram que será difícil para os pilotos que estiverem atrás passarem os rivais, pois os carros imediatamente à frente deles serão apenas um pouco mais lentos - se houver algum na corrida - e todos provavelmente começarão com pneus novos e do mesmo tipo.

Temor de grandes equipes é terem carros presos entre rivais mais lentos.

Temor de grandes equipes é terem carros presos entre rivais mais lentos.

Photo by: Mark Sutton / Motorsport Images

O chefe de equipe da Haas, Gunther Steiner, apoia o plano e acredita que os dissidentes ainda podem mudar de ideia.

"Ainda não decidimos isso", disse Steiner. "Se não for unânime, não acontecerá. E não sei se essas pessoas serão convencidas, mas essa é uma decisão para quarta-feira”.

“Houve mais de uma vez que alguém não queria algo, e ainda assim aconteceu. Então, eu não me adiantaria a dizer que não vai acontecer. Há pessoas que têm opiniões e preocupações sobre isso. Mas a decisão é na quarta-feira, então vamos ver o que acontece na reunião”.

“Eu não sou contra a ideia. Se a maioria quer, eu estou de acordo. Porque às vezes você tem que experimentar fazer as coisas de maneira diferente. Se não der certo, devemos dizer: 'Ei, não deu certo, vamos voltar ao que tínhamos antes'”.

“Ficaria feliz em experimentar as classificações aos sábados e ver como realmente funciona, que impacto teria. Quais são os custos? atrairemos mais espectadores? De novo, minha maior preocupação é: estamos tornando o show melhor? Se não melhorar, se for apenas para agradar a nós mesmos, não há sentido em fazê-lo. Porque tudo só daria mais trabalho”.

Se a votação para realizar corridas experimentais de classificação não for aprovada para 2020, o regulamento ainda poderá ser alterado para 2021 sem a necessidade de unanimidade entre os times.

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Efeito solo

Em meio às discussões sobre o novo regulamento da F1 para a temporada 2021, sabe-se que a principal mudança prevista é a reintrodução do efeito solo. O controverso sistema que 'gruda' os carros no chão e beneficia as ultrapassagens já foi banido da F1 no passado por ser considerado perigoso. No entanto, os entusiastas lembram que a competição era mais acirrada no período em que a tecnologia esteve presente. Relembre as curiosidades sobre o efeito solo:

1970 - Chaparral 2J-Chevrolet

1970 - Chaparral 2J-Chevrolet

Foto de: LAT Images

A tecnologia foi primordialmente explorada pela equipe Chaparral, que utilizou o modelo 2J no campeonato norte americano de protótipos, o Can-Am. No entanto, mesmo sem ter conquistado nenhuma vitória, a novidade foi banida da categoria.
1978 - Lotus

1978 - Lotus

Foto de: Rainer W. Schlegelmilch

A equipe chegou a experimentar o efeito solo em 1977, mas foi no ano seguinte que implementou a tecnologia em definitivo. O time venceu oito corridas naquele ano e conquistou o mundial de construtores e o mundial de pilotos com Mario Andretti.
1978 - Lotus

1978 - Lotus

Foto de: LAT Images

Andretti venceu seis provas e somou 64 pontos, 13 a mais que seu companheiro de equipe, Ronnie Peterson. A Lotus só não venceu todas as etapas do mundial porque seu carro tinha problema de confiabilidade, algo comum na antiga F1.
Colin Chapman: o criador, mas nem tanto

Colin Chapman: o criador, mas nem tanto

Foto de: Sutton Motorsport Images

Colin Chapman, o projetista chefe e proprietário da Lotus, colhe até hoje os louros pelo sucesso do efeito solo na F1. No entanto, apesar de ser o idealizador do carro vencedor, os responsáveis por trazer o efeito solo para a equipe foram Tony Rudd e Peter Wright, que já tinham tentado algo similar na BRM no final dos anos 60.
1978 - Brabham BT46B Alfa Romeo

1978 - Brabham BT46B Alfa Romeo

Foto de: LAT Images

Além da Lotus, outras equipes de várias categorias já estavam perseguindo ideias semelhantes desde o começo da década de 70. A Brabham foi quem mais se aproximou de bater a Lotus em 1978.
1978 - Brabham BT46B

1978 - Brabham BT46B

Foto de: Sutton Motorsport Images

Niki Lauda venceu a etapa da Suécia da F1 com um carro que usava um ventilador para "chupar" o ar debaixo do carro e forçar o efeito solo. No entanto, a tecnologia do time foi banida antes do fim da temporada.
1978 - Jody Scheckter, Ferrari 312T4

1978 - Jody Scheckter, Ferrari 312T4

Foto de: LAT Images

Apesar de não usar o efeito solo em 1978, a equipe italiana foi vice-campeã em 1978, graças à confiabilidade do carro que venceu todas as vezes que a Lotus teve problemas. Em 1979, a Ferrari reuniu o que tinha de melhor do carro do ano anterior com uma versão própria do efeito solo, e com isso dominou o campeonato. Jody Scheckter venceu e Gilles Villeneuve foi vice.
1980 - Williams FW07B Ford Cosworth

1980 - Williams FW07B Ford Cosworth

Foto de: LAT Images

A Williams resolveu dois problemas do efeito solo e faturou a temporada de 1980 com Alan Jones. A equipe conseguiu reduzir os custos da solução e fazer com que as peças se ajustassem às curvas, evitando a perda do efeito fora das retas.
1980 - Nelson Piquet, Brabham BT49-Ford Cosworth

1980 - Nelson Piquet, Brabham BT49-Ford Cosworth

Foto de: LAT Images

Nelson Piquet venceu suas primeiras corridas a bordo de uma Brabham naquele mesmo ano e fez frente à Alan Jones no campeonato mundial.
1980 - Brabham BT49

1980 - Brabham BT49

Foto de: Sutton Motorsport Images

O brasileiro triunfou três vezes na temporada e chegou a liderar o campeonato.
1980 - Nelson Piquet (Brabham) e Alan Jones (Williams)

1980 - Nelson Piquet (Brabham) e Alan Jones (Williams)

Foto de: Jean-Philippe Legrand

No entanto, a falta de confiabilidade do carro acabou impedindo Piquet de pontuar nas duas últimas etapas, enquanto Jones vencia as provas e superava o brasileiro, sagrando-se campeão mundial.
1981 - Nelson Piquet, Brabham BT49C

1981 - Nelson Piquet, Brabham BT49C

Foto de: LAT Images

O ano foi um dos mais disputados da história da categoria, com sete pilotos de seis equipes diferentes vencendo corridas.
1981 - Nelson Piquet, Brabham

1981 - Nelson Piquet, Brabham

Foto de: Sutton Motorsport Images

Nelson Piquet brilhou no carro da Brabham, que era capaz de se ajustar às curvas para manter o efeito solo e vencer a concorrência. O brasileiro conquistava ali o primeiro título mundial de sua galeria.
1982 - Keke Rosberg, Williams FW08

1982 - Keke Rosberg, Williams FW08

Foto de: Sutton Motorsport Images

No último ano do efeito solo na categoria, Rosberg se valeu da regularidade para ser campeão mundial.
1982 - Keke Rosberg, Williams

1982 - Keke Rosberg, Williams

Foto de: Williams F1

Naquele ano, 11 pilotos diferentes venceram corridas, mas o finlandês, que venceu apenas uma, chegou mais vezes nos pontos do que todos os rivais e levou o caneco.
1982 - Excesso de acidentes pôs fim ao efeito solo

1982 - Excesso de acidentes pôs fim ao efeito solo

Foto de: LAT Images

Os acidentes se tornaram frequentes com o avanço do efeito solo, pois bastava o carro tocar no chão para o efeito ser totalmente cancelado, fazendo com que os pilotos perdessem o controle do carro. Dois dos acidentes foram fatais. Na imagem acima, o acidente que tirou a vida de Gilles Villeneuve.
1982 - Excesso de acidentes pôs fim ao efeito solo

1982 - Excesso de acidentes pôs fim ao efeito solo

Foto de: LAT Images

O último acidente fatal daquele ano foi o de Riccardo Paletti, no Canadá. Logo em seguida, a FIA decidiu eliminar totalmente o efeito solo. Depois do acidente de Paletti, as próximas mortes durante em um fim de semana de GP foram as de Ratzenberger e Senna em Imola, 12 anos depois.
2021 - O retorno do efeito solo

2021 - O retorno do efeito solo

Foto de: Giorgio Piola

Em 2019, a F1 está decidindo os rumos que tomará no futuro. Buscando aumentar as ultrapassagens e o espetáculo, a categoria decidiu reintroduzir a tecnologia a partir de 2021.
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