Fórmula 1 GP do México

F1: Entenda por que a Red Bull é beneficiada pelo ar rarefeito do México

Mesmo sem ter um carro capaz de lutar por títulos em anos anteriores, equipe austríaca venceu 2 dos últimos 3 GPs na capital mexicana

Max Verstappen, Red Bull Racing RB16B

A Red Bull chega ao Autódromo Hermanos Rodríguez neste fim de semana como os favoritos para vencerem o GP do México de Fórmula 1, tendo como base a boa forma que já exibiu no circuito em anos anteriores.

Líder do campeonato, Max Verstappen venceu no México em 2017 e 2018, mas uma punição na classificação e um contato com os pilotos da Mercedes fizeram com que ele não pudesse buscar um terceiro triunfo consecutivo, com a vitória ficando com Lewis Hamilton.

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Uma característica chave do circuito mexicano tem sido decisiva para a boa forma da Red Bull lá, que é a anulação de sua desvantagem no motor em comparação aos rivais. A Cidade do México está 2.240 metros acima do nível do mar, o que significa que a densidade do ar é consideravelmente menor que a beira-mar.

Em altitude zero, ou seja, à beira-mar, a densidade do ar é considerada 1,225kg/m3, enquanto a da Cidade do México é cerca de 78% desse total, 0,96kg/m3.

Assim, lugares do tipo fazem os componentes do turbocompressor trabalhar mais. Assumindo que o mesmo volume de ar passe pela entrada, então a turbina precisa girar mais para entregar a mesma massa de ar para o compressor.

O compressor aumenta a densidade do ar, introduzindo uma concentração maior de oxigênio, para garantir que o ar pressurizado tire mais potência do motor de combustão interna.

Em temporadas anteriores, a Red Bull teve que se virar com unidades de potência de menor performance que os da Mercedes, mas o México sempre nivelou a situação.

A Honda sempre tirou de sua própria expertise em outras áreas para otimizar seu turbo, usando ideais da turbina dos jatos HondaJet, em busca de melhorar a taxa de alimentação do ar no compressor.

Max Verstappen, Red Bull Racing RB16B

Max Verstappen, Red Bull Racing RB16B

Photo by: Charles Coates / Motorsport Images

Naturalmente, isso dá à Honda uma certa vantagem, já que motores de jatos são projetados para funcionar em altas altitudes, e isso significa que as pás da turbina podem ser moldadas de forma a entregar um volume maior de ar.

Na segunda metade dos anos 1980, quando motores turbo e aspirados corriam ao mesmo tempo na F1, a altitude mexicana sempre favorecia os primeiros, com os segundos tendo uma perda de potência na casa de 20%.

Em 1988, o último ano do velho motor turbo, Alessandro Nannini foi o melhor colocado entre os pilotos sem motor turbo na classificação, ficando 3s2 atrás da pole de Ayrton Senna, 01min17s468.

Outro fator é que a densidade do ar afeta as leis da aerodinâmica, de forma a reduzir drasticamente a quantidade de arrasto que um carro de F1 geralmente produz.

Isso significa que a equipes podem ter os carros ajustados para o maior nível de downforce possível sem muitas penalizações. Mas isso também vem a um nível reduzido de downforce, produzido graças ao efeito da densidade também.

Apesar disso afetar cada equipe igualmente, o pacote de alto rake da Red Bull tem uma penalização reduzida, já que naturalmente produz mais arrasto que a Mercedes.

Considerando que a Red Bull sempre foi forte no México com carros que não eram capazes de lutar pelo título, não precisa dizer muito para explicar porquê o RB16B deve ser a estrela do fim de semana.

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