Após sua demissão oficial como CEO e chefe da Red Bull Racing na Fórmula 1, Christian Horner chegou a um acordo com a marca de bebidas energéticas para deixar oficialmente sua estrutura, encerrando sua relação com o time austríaco de vez.

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Horner foi dispensado de suas funções como chefe da equipe após o GP da Grã-Bretanha de julho, na esteira de uma crescente disputa de poder nos bastidores.

O britânico, que esteve no comando de todos os oito títulos de pilotos e seis de construtores da Red Bull, permaneceu empregado durante todo o tempo e foi removido como diretor das várias entidades da equipe no mês passado. Essa lista incluía a equipe, a Red Bull Powertrains, encarregada de construir os primeiros motores internos da equipe para o próximo ano, e a Red Bull Tecnologias Aplicadas.

A Red Bull confirmou agora que Horner deixa oficialmente a organização na segunda-feira (22), depois de chegar a um acordo, cujos detalhes são mantidos em sigilo, mas que se acredita estar entre 70 e 100 milhões de dólares (entre R$370 e R$530 milhões). O contrato de Horner com a Red Bull ia até 2030.

"Liderar a Red Bull Racing tem sido uma honra e um privilégio", disse Horner em uma declaração de despedida compartilhada pela marca. "Quando começamos em 2005, nenhum de nós poderia ter imaginado a jornada que tínhamos pela frente - os campeonatos, as corridas, as pessoas, as memórias. Estou incrivelmente orgulhoso do que conquistamos como equipe, quebrando recordes e alcançando patamares que ninguém jamais acreditaria serem possíveis, e levarei isso comigo para sempre".

"No entanto, para mim, minha maior satisfação foi reunir e liderar o mais incrível grupo de indivíduos talentosos e motivados e vê-los prosperar como subsidiária de uma empresa de bebidas energéticas e vê-los enfrentar e vencer algumas das maiores marcas automotivas do mundo".

Max Verstappen, Red Bull Racing, Christian Horner, Red Bull Racing

Foto de: Red Bull Content Pool

Ele acrescentou: "Desejo a Laurent, Max, Yuki e todo o Grupo Red Bull o melhor para o futuro. Estou confiante de que, como sempre, eles terão sucesso na pista, para nossos fãs, e continuarão a se esforçar ao máximo. Estou ansioso para ver o primeiro motor Red Bull / Ford na traseira do RB22 no próximo ano, bem como o empolgante RB17 [hipercarro projetado por Adrian Newey]".

Oliver Mintzlaff, CEO de Projetos e Investimentos Corporativos da Red Bull, acrescentou: "Gostaríamos de agradecer a Christian por seu trabalho excepcional nos últimos 20 anos. Com seu compromisso incansável, experiência, conhecimento e pensamento inovador, ele foi fundamental para estabelecer a Red Bull como uma das equipes mais bem-sucedidas e atraentes da F1".

Espera-se que a conclusão dessas negociações de desligamento permita que Horner considere suas opções futuras na F1 já para 2026, embora não esteja claro quando exatamente Horner poderá assumir um cargo em uma equipe rival, se assim desejar.

Recentemente, rumores colocavam Horner a caminho de uma aquisição da Alpine, embora François Provost, o novo CEO da Renault, empresa controladora do time francês, tenha descartado as sugestões frequentes de que a equipe está à venda.

O CEO da Cadillac F1, Dan Towriss, também descartou qualquer papel para Horner na equipe nascente , que se juntará à categoria no próximo ano.

Bem antes de ser demitido da Red Bull, Horner era considerado de interesse do presidente da Ferrari, John Elkann, mas no final de julho a equipe italiana encerrou as especulações sobre o atual diretor da equipe, Fred Vasseur, prorrogando o contrato do francês.