F1: Hulkenberg vê Alfa como última chance de garantir vaga em 2020
Piloto alemão deixará a Renault no fim da atual temporada para dar lugar ao francês Esteban Ocon
De saída da Renault na Fórmula 1, Nico Hulkenberg apontou a Alfa Romeo como sua última chance potencial de permanecer no grid em 2020, já que o alemão não vê a Williams como uma oportunidade.
Além da Red Bull e da Toro Rosso, que devem continuar com seus quatro pilotos atuais, a Alfa Romeo e a Williams são as únicas equipes da F1 a confirmar seus representantes para a temporada 2020.
O finlandês Kimi Raikkonen, campeão de 2007, tem contrato com a Alfa Romeo até o fim do próximo campeonato. Entretanto, o italiano Antonio Giovanazzi ainda não foi confirmado para o ano que vem, apesar de algumas melhorias recentes.
Hulkenberg é a alternativa óbvia caso o time faça uma mudança, principalmente por causa das conexões do alemão com o chefe da equipe, Fred Vasseur. A complicação para ‘Hulk’ é que a Ferrari, fornecedora de motores da Alfa e apoiadora de Giovinazzi, tem grande influência.
No entanto, Hulkenberg deixou claro que vê a Alfa como uma casa em potencial. “Se eu posso me ver lá? Sim”, deixou no ar o experiente piloto, que nunca foi ao pódio da F1. Confira abaixo como está o ranking:
A avaliação de Hulk também se deve ao fato de que a Williams deve ceder a vaga do polonês Robert Kubica, de saída da equipe, ao reserva canadense Nicholas Latifi, que briga pela superlicença na Fórmula 2.
Além disso, Hulkenberg que este não é o momento para retornar à escuderia britânica, pela qual iniciou sua carreira na F1 em 2010, ao lado do brasileiro Rubens Barrichello. "Acho que eles precisam de outra pessoa", disse ele.
"Acho que não sou o piloto certo para eles. Não acho que seja o momento certo para nós. Com todo o respeito à equipe, corri por eles e tudo mais, mas não acho que isso vai acontecer”, ponderou, mencionando o mau momento do time de Grove na F1.
O alemão também descartou a possibilidade de assumir o papel de piloto de reserva em um time do pelotão da frente. "Não, isso não é uma opção", cravou Hulk, antes de falar sobre a possibilidade de ir para outra categoria.
“Ou talvez eu não corra por um tempo. Honestamente, eu não sei agora. Depende do que acontecerá, do que se desenrola aqui [F1], e quando eu tiver essa resposta, vou olhar para outras coisas”, respondeu.
"Mas precisaria ser algo que eu goste, um desafio que me excite. Ainda não tenho conclusão nem resposta perfeita para isso”, afirmou Hulkenberg, que já passou por Sauber e Force India, além de Williams e Renault.
Trajetória na F1
Nico Hulkenberg, Renault F1 Team R.S. 19
Photo by: Erik Junius
O alemão também garante não se arrepender de nada na F1, apesar de nunca ter corrido por uma equipe de ponta: “Me saí bem ao longo dos anos, de forma consistente. Isso mostra alguma qualidade”.
“Claro que gostaria de ter mais pontos, além de pódios e vitórias. Mas sei as razões pelas quais as coisas talvez não tenham sido assim, estou em paz comigo mesmo e durmo bem à noite. Adoraria continuar correndo, mas se não der, a vida continua”.
Hulk reconheceu, no entanto, que é frustrante não ter dado continuidade à sua carreira estelar nas categorias inferiores, com direito a títulos de F3, GP2 e A1 GP: “Claro que sim, mas, obviamente, os anos passam e você entende”.
“Se você não tem as ferramentas, fica meio difícil e as opções são limitadas para lutar pela frente. Você faz o que pode. Claro que você gostaria de fazer mais, e ainda sonho com isso, mas a realidade é diferente”.
“A F1 ainda é a F1, significa muito, é o auge do automobilismo, então não há uma opção alternativa neste momento, porque ainda são os melhores pilotos do mundo, as melhores equipes, os melhores engenheiros”.
“Quando você acerta as coisas, tem um ótimo final de semana ou corrida, e é apenas sexto, sétimo ou oitavo, seja o que for, ainda dá satisfação, vale a pena. De uma maneira diferente, é claro, mas isso é a realidade possível", completou Hulkenberg.
GALERIA: Relembre todos os carros da Renault na Fórmula 1
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