F1: Patrick Head revela o porquê de Damon Hill sair da Williams

Head diz que a saída de Damon Hill da Williams teve tudo a ver com arrogância e com o pedido de um salário absurdo pelo piloto britânico

Damon Hill, Williams FW18 Renault

LAT Images

Damon Hill fez sua estreia na Fórmula 1 em 1992, aos 31 anos. Depois de uma temporada com Brabham, Hill mudou-se para a Williams em 1993, onde logo competiu por vitórias ao lado de Alain Prost.

Em 1996, após dois vices, Hill conquistou seu título na F1, mas no fim da temporada o piloto partiu inesperadamente para a Arrows - uma equipe muito inferior à Williams - e correu duas temporadas com a Jordan antes de se aposentar. Embora também tenha tido um sucesso razoável com essas duas equipes, ele nunca foi capaz de disputar o título novamente.

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Há muita especulação sobre a saída repentina de Hill da Williams, mas no podcast Beyond The Grid, da Fórmula 1, Patrick Head explica o que ele diz ser a verdadeira história do que aconteceu.

“Ele [Damon Hill] tinha o hábito de empregar personagens bastante incomuns e tinha uma espécie de empresário na época, um certo Michael Breen. Quando chegou a hora de negociar o contrato para 1997 e 1998 no escritório de Frank [Williams], em vez do próprio Damon, veio Michael entrou e ele não era agradável", lembra Head. "Ele colocou sua pasta na mesa de Frank e se pudesse colocar suas botas na mesa de Frank, ele teria colocado".

"Ele era arrogante e disse ao Frank: 'Damon nem mesmo pensa em dirigir por você se estiver recebendo menos de cinco vezes o salário de 1995'. Frank pensou e houve um silêncio constrangedor. Deve ter sido um minuto ou dois de silêncio total e então Frank disse: 'Michael, sugiro que você pegue sua pasta da minha mesa, a porta está ali. Por favor, vá embora."

"Michael Breen disse que várias equipes que lhe ofereceram esse dinheiro, mas que gostariam de continuar com a Williams. Mas Frank calmamente pediu que ele fosse embora e que se ele voltasse com um pedido mais lógico, ele conversaria com prazer. É uma pena que ele mesmo, Damon não foi, porque então poderíamos ter realmente falado com ele."

De acordo com as palavras de Head, após aquela reunião a Williams disse que se Hill tivesse outras ofertas eles não competiriam com aquela e sugeriu ao cofundador da equipe que seria melhor encontrar outro piloto para acompanhar Jacques Villeneuve, que estreou na Williams em 1996. No lugar de Hill entrou Heniz-Harald Frentzen.

"Havia os boatos de que Frank havia assinado com Frentzen antes [da reunião com Breen]. Sei que foi depois daquela reunião, porque lá conversamos com Frank sobre começar a procurar alternativas. Michael Breen estava tão confiante de que eles receberiam essa quantia de dinheiro que vimos que Damon não estaria conosco. Só isso, foi uma pena. "

Olhando para trás, Head acredita que a Williams e Hill erraram em se separar. "Foi um grande erro e talvez egos e outras coisas tenham interferido", disse ele.

O próprio Hill sempre disse que achava que seu desempenho em 1995, quando ele terminou em segundo atrás de Michael Schumacher pela segunda vez consecutiva no campeonato, fez com que Williams e Head decidissem não renová-lo depois de 1996. No entanto, Head destacou a mudança na mentalidade que o piloto teve de um ano para o outro.

"Em 95, ele provavelmente deveria ter vencido o campeonato mundial. Várias coisas atrapalharam a conquista desse título, mas em 1996 Damon estava tão em forma ou mais quanto Michael. Damon havia colocado tudo mentalmente em ordem. Acho que em 1995 ele sentiu mentalmente inferior a Michael, mas entre 1995 e 1996 Damon colocou tudo no seu devido lugar. Seja fisicamente, sendo ajudado por algum guru, ele voltou pensando que era tão bom quanto Michael Schumacher e que poderia vencê-lo. Sentindo-se psicologicamente tão forte como qualquer outro piloto."

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