F1: Peso mínimo dos carros pode ser aumentado em 5kg; entenda
Tópico esteve presente nas reuniões dos chefes de equipe durante a pré-temporada em Barcelona e tem como objetivo impedir guerra de gastos nesta área
![Charles Leclerc, Ferrari F1-75](https://cdn-7.motorsport.com/images/amp/YMdnqrV2/s1000/charles-leclerc-ferrari-f1-75-.jpg)
Entre as diversas questões técnicas que dominaram as conversas no paddock durante os testes de pré-temporada da Fórmula 1 2022 em Barcelona, um acabou passando quase silencioso: o peso dos carros. Boa parte das equipes passaram a se movimentar para pedirem à FIA um aumento no peso mínimo dos novos carros, o que parece próximo de se concretizar.
Segundo informações de bastidores, cinco quilos é a quantidade que a F1 está próxima de aceitar, arredondando o peso mínimo dos carros de 795kg para 800kg, após nove das dez equipes terem admitido que seus carros estão bem acima do mínimo previsto para 2022.
![Max Verstappen, Red Bull Racing RB18](http://cdn-5.motorsport.com/images/mgl/2y3MG1n6/s8/max-verstappen-red-bull-racing-1.jpg)
Max Verstappen, Red Bull Racing RB18
Photo by: Erik Junius
A Red Bull foi além, querendo que o regulamento aumentasse em 15kg, um verdadeiro exagero, enquanto outros queriam 10kg mas, ao final, parece que tudo está acordado para 5kg.
Apesar do regulamento determinar que esse peso seja mínimo, e não máximo, as equipes insistiram muito nisso porque reduzir o peso de um carro é muito caro. Esse tratamento de "emagrecimento" colocaria as equipes em uma guerra de gastos que acabaria comprometendo o tão importante desenvolvimento do carro para 2022.
Por isso, o aumento do peso mínimo tem como efeito colateral alterar os planos que as equipes vinham desenvolvendo desde o fim dos testes de Barcelona. Um alívio, já que a F1 entra em seu segundo ano de teto orçamentário com uma redução de 5 milhões de dólares em comparação com o ano passado.
![Lewis Hamilton, Mercedes W13](http://cdn-8.motorsport.com/images/mgl/2eAzRLK2/s8/lewis-hamilton-mercedes-w13-1.jpg)
Lewis Hamilton, Mercedes W13
Photo by: Erik Junius
Vale lembrar que 10kg em um circuito como o de Barcelona impacta o tempo de volta em aproximadamente três décimos de segundo, porque esse aumento freia a escala de rendimento. Segundo rumores do paddock, a Mercedes tem entre 3,5 e 4kg além dos 795kg, e a Ferrari fica entre 5 e 10kg.
Era esperada uma resolução da FIA na semana passada, mas o tema deve ser discutido novamente durante os testes do Bahrein nos próximos dias, e há um aspecto que deve ser levado em conta nesta análise.
![Guanyu Zhou, Alfa Romeo C42](http://cdn-3.motorsport.com/images/mgl/0RrnXZE0/s8/guanyu-zhou-alfa-romeo-c42-1.jpg)
Guanyu Zhou, Alfa Romeo C42
Photo by: Alfa Romeo
O C42 da Alfa Romeo é o único carro que chega a ter um peso inferior ao limite: o modelo da equipe de Hinwil usa uma superfície ultraleve que a permitiu adicionar lastro para ajudar no equilíbrio.
O problema para eles é que a solução também se mostrou extremamente frágil, sofrendo bastante com o efeito porpoising nas retas, o que causou danos custosos na parte inferior do carro. Isso obrigou a Alfa a aumentar a altura do carro em cerca de 30 milímetros, o que impacta na carga aerodinâmica.
Por isso, a Alfa Romeo chegará ao Bahrein com um assoalho plano mais sólido e pesado, passando dos 795kg, reduzindo a vantagem competitiva que haviam obtido. Esse ajuste deveria remover qualquer dúvida que a FIA teria no debate do aumento do peso mínimo dos carros.
![Guanyu Zhou, Alfa Romeo C42](http://cdn-1.motorsport.com/images/mgl/6D1npDK0/s8/guanyu-zhou-alfa-romeo-c42-1.jpg)
Guanyu Zhou, Alfa Romeo C42
Photo by: Zak Mauger / Motorsport Images
Mas sem os problemas da Alfa, a questão se torna mais espinhosa, porque eles poderiam reclamar de gastar parte do dinheiro do teto orçamentário no aumento do peso do carro. Neste caso, a FIA teria que avaliar se era correto dar a todos uma vantagem já de cara no início da nova era.
Agora que a Alfa Romeo deve superar o limite, o caso deve passar sem problemas. Com isso, os carros devem chegar a 800kg de peso mínimo sem maiores problemas, especialmente porque o diretor esportivo da F1, Ross Brawn, acredita que os novos carros sejam muito rápidos, já que a diferença nos tempos de volta que era esperado em comparação com os modelos de 2021 não se concretizou.
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