F1: Piquet é condenado a pagar R$5 milhões por ofensas a Hamilton; cabe recurso

Decisão de primeira instância foi proferida nessa sexta-feira pela 20ª Vara Cível de Brasília

Nelson Piquet

Foto de: Rodrigo Ruiz

O ex-piloto de Fórmula 1 e tricampeão mundial Nelson Piquet foi condenado em primeira instância a pagar R$5 milhões de reais em decorrência dos comentários racistas e homofóbicos direcionados ao heptacampeão Lewis Hamilton. A decisão foi confirmada nessa sexta-feira pela 20ª Vara Cível de Brasília e cabe recurso.

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A ação foi requerida por quatro entidades: Aliança Nacional LGBTI, Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas, Centro Santo Dias de Direitos Humanos da Arquidiocese de SP e Francisco de Assis: Educação, cidadania e direitos humanos. Elas alegaram que Piquet, ao comentar a respeito de acidente envolvendo Hamilton e Max Verstappen em Silverstone em 2021, usou de um termo racista para se referir ao piloto da Mercedes.

O comentário que levou à condenação foi feito em uma entrevista publicada no YouTube em novembro do ano passado. No trecho o ex-piloto usa da palavra "neguinho" para falar do britânico: "O neguinho meteu o carro e não deixou [desviar]. O Senna não fez isso. O Senna saiu reto. O neguinho deixou o carro porque não tinha como passar dois carros naquela curva. Ele fez de sacanagem. A sorte dele foi que só o outro [Verstappen] se fudeu. Fez uma puta sacanagem”, disse. 

Após a repercussão do caso em novembro de 2021, Piquet se desculpou por sua linguagem: "Foi mal pensada e não a defendo". 

Ele também alegou que foi mal traduzido porque o termo depreciativo que usou "é aquele que tem sido amplamente e historicamente usado coloquialmente no português brasileiro como sinônimo de 'cara' ou 'pessoa' e nunca teve a intenção de ofender".

Ainda na mesma entrevista, Piquet, ao comentar sobre a rivalidade vivida por Hamilton e Nico Rosberg em 2016 na disputa pelo título mundial, emendou uma fala vista como homofóbica para justificar a perda do campeonato por parte do britânico enquanto criticava o pai de Nico, Keke. 

Na decisão, o juiz responsável pela ação afirmou que o valor da condenação representa não só "a função reparatória da responsabilidade civil, mas também (e talvez principalmente) a função punitiva, exatamente para que, como sociedade, possamos nos ver algum dia livres dos atos perniciosos que são o racismo e a homofobia”.

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