F1: Quem foi a primeira esposa de Ayrton Senna, Lilian Vasconcellos
Série "Senna" retrata o primeiro relacionamento amoroso da vida da lenda do automobilismo
Lilian Vasconcellos, primeira esposa de Ayrton Senna
Foto de: Divulgacao
A série Senna estreou nesta sexta-feira (29) na Netflix e conta a história de Ayrton Senna, a lenda brasileira da Fórmula 1. Apesar de licenças poéticas para criar cenários e personagens que não existiram, um dos nomes que pode criar confusão é o de Lilian Vasconcellos.
Lilian de fato existiu e foi a primeira esposa de Ayrton. Os dois eram amigos de infância e se conheceram quando o piloto morava no Tremembé, em São Paulo. Quando o namoro começou, o piloto ainda era muito jovem e apenas sonhava em chegar na F1.
Os dois se casaram no dia 10 de fevereiro de 1981, no entanto, o relacionamento não foi muito duradouro e, dois anos depois, eles já estavam assinando os papéis de divórcio. Senna pediu a amada em casamento apenas dois meses após o início do namoro e, desde o começo, já falava sobre a intenção de se mudar para a Europa.
Vasconcellos e Senna se mudaram para Norwich, na Inglaterra, no entanto, as diferenças colocaram fim ao romance. Em 1983, eles se separaram oficialmente e, segundo o próprio piloto, em entrevista à Playboy em 1990, a união "não deu certo pelos dois serem muito jovens".
Sonhos que não andavam juntos
Ayrton era muito ambicioso e tinha apenas uma certeza em sua vida: que chegaria à F1. Para o brasileiro, pouco importava o que ele precisaria fazer para chegar lá, no entanto, esse sonho ia de encontro com os de Lilian.
A designer planejava iniciar uma família, ter uma vida mais tranquila e as viagens e constantes corridas batiam de frente com a ideia que ela tinha para sua própria vida.
Lilian chegou a contar que a separação foi "traumática", mesmo que eles tenham retornado ao Brasil após a temporada na Fórmula Ford e Ayrton tenha passado a trabalhar com o pai, desistindo, temporariamente, da carreira como piloto.
Em 2010, Vasconcellos conversou com o G1 e contou que teve uma conversa importante com o, na época, marido. Naquele momento, ela entendeu que era a 'segunda opção' na vida do atleta e se sentiu decepcionada.
Ele olhou para mim, para a janela e falou: 'Lilian, eu não vou aguentar. Eu não quero isso para mim, preciso correr'. Aí, outro choro, outra decepção, porque ali eu pensei que não iria brincar de casinha.
"Eu era a segunda paixão dele. A primeira paixão dele era o automobilismo", contou também.
A separação
Senna e Lilian assinaram os papéis do divórcio em 1983, após o piloto decidir que voltaria à Europa sozinho para continuar tentando seguir seu sonho de chegar à F1.
Na mesma entrevista, Vasconcellos diz que precisou voltar para a casa dos pais, enquanto assistia o amado voltar para o outro continente. O combinado seria que Beco, como era carinhosamente chamado por amigos e família, mandaria uma mensagem à esposa para que ela retornasse à Europa se as coisas dessem certo.
"Voltei para a casa dos meus pais, e depois de algum tempo, ele me ligou da Inglaterra falando que achava que eu era uma pessoa que não devia ficar presa a ele dessa forma, e que ele tinha de tocar a carreira, se dedicar muito para chegar a F1, que era o objetivo dele".
"Aí eu concordei prontamente. Desligamos e eu tive uma depressão muito grande, fiquei um ano de 'penhoar'. Não tinha vontade de pôr roupa, não tinha vontade de nada porque foi uma falência. Porque o objetivo dele, ele ia seguir. O meu foi interrompido de uma forma que não escolhi. Que foi ele quem escolheu".
Documentário de 2010
Lilian não é citada no documentário que foi lançado sobre a vida de Senna em 2010. Ela foi deixada de fora na produção e, à época, não ficou nada feliz.
"Me incomodou. Vou dizer que me incomodou bastante. Que pelo menos citassem o meu nome, me procurassem para saber se eu queria que citassem meu nome", disse ao G1 no mesmo ano.
A designer se considerou uma das pessoas-chave na vida de Senna. Na mesma entrevista, ela chega a dizer que foi uma das responsáveis por incentivar o piloto a seguir seus sonhos e o ajudava a administrar o dinheiro que ele ganhava com as vitórias na F3.
"Eu estive nas vitórias dele na F-3, me lembro, mas não apareço nelas no documentário".
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