F1 recebe R$ 8 bilhões após mudanças estruturais do grupo Liberty
Grupo que comanda F1 realizou troca de ativos entre suas empresas, à medida que a crise do novo coronavírus continua a ter impacto no esporte
Dono da Fórmula 1, o grupo Liberty Media vem fazendo reestruturações de seus capitais em meio à pandemia do coronavírus, que afeta diretamente seus negócios. Uma complexa série de negociações vem ocorrendo entre a FWON, a holding da F1, e a divisão irmã, a SiriusXM. A principal mudança é que a empresa de promoção de shows Live Nation, que costumava estar ao lado da F1 na FWON, foi transferida para se juntar ao lado da SiriusXM.
Além de a F1 acabar ficando com um bolo maior, parte do raciocínio é que tanto a F1 quanto a Live Nation estão seriamente expostas enquanto eventos ao vivo não são permitidos em todo o mundo. Isso também representa uma mudança lógica em termos de reunir as divisões de shows de música ao vivo e de rádio, ao mesmo tempo em que encerra o mix da F1 e do negócio de shows, que alguns investidores achavam confusos.
No final, um total de US$ 1,4 bilhão (cerca de R$ 8 bi) em valor de ativos foram transferidos ao F1 Group, comprometidos em US$ 2,8 bilhões em ativos e US$ 1,3 bilhões em passivos. As ações da LiveNation representam US$ 2,6 bilhões do valor anterior.
Ao justificar a mudança, a Liberty observou que "cria ações FWON puramente ligadas aos negócios da F1", fortalece o balanço da FWON, fornece potencial liquidez para a F1 em caso de atraso contínuo da temporada, incluindo a preservação da saúde do ecossistema "e" reduz exposição potencial a eventos ao vivo".
Curiosamente, a Liberty acrescentou que a injeção de dinheiro para a F1 também oferece a chance de comprar empresas que estão enfrentando dificuldades na crise do Covid-19, observando que "fornece poder de fogo para investimentos de oportunidade no momento em que a liquidez é valiosa."
Explicando as mudanças, o presidente e CEO da Liberty Media, Greg Maffei, disse que era a melhor maneira de colocar dinheiro nos negócios da F1. "Examinamos várias oportunidades para ver como a F1 poderia garantir liquidez", disse Maffei em uma ligação com analistas de Wall Street. "Incluindo a possibilidade de vender uma participação para terceiros, incluindo a captação de capital em outros formatos. E acreditávamos que essa era a mais eficiente."
Maffei confirmou que a F1 agora estará em posição de comprar empresas que possam estar com dificuldades, embora ele não tenha entrado em detalhes sobre quaisquer que já possam estar no radar. "Certamente não vou discutir aquisições", disse ele. "Mas há eventos ao vivo, em particular os relacionados ao automobilismo, que podem ser atraentes.”
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