F1 - Schumacher não 'convence' Ferrari e Steiner diz: "Se decidir ir para outro lugar, não posso mudar”
Falta de apoio por parte da escuderia italiana de Maranello pode dificultar manutenção no time dos Estados Unidos em 2023; entenda
Em meio aos rumores sobre o mercado de pilotos da Fórmula 1 para 2023, o alemão Mick Schumacher, da Haas, pode não continuar na equipe no próximo ano. Segundo o jornal Bild, o jovem perdeu apoio da Ferrari, à qual é vinculado, e isso poderia impactar seu futuro na F1.
De acordo com a publicação germânica, “o chefe da Ferrari, Mattia Binotto, não está totalmente convencido sobre Schumacher”. Além de comandar a escuderia de Maranello, o dirigente italiano também supervisiona a academia de pilotos do time, da qual Schumacher faz parte.
Apoiado pela Ferrari, Mick construiu sua carreira em categorias juniores de monopostos até ser campeão da Fórmula 2 em 2020 pela Prema, o que 'garantiu' sua promoção à F1 em 2021 com a Haas, que é cliente da Ferrari.
No ano passado, o alemão tinha o russo Nikita Mazepin como companheiro de equipe, de modo que se considerava que a referência interna de Schumacher não era satisfatória, e o carro do time norte-americano era um dos dois piores do grid da categoria máxima do automobilismo mundial.
Para 2022, muito em função da guerra na Ucrânia, Mazepin acabou dispensado e foi substituído pelo dinamarquês Kevin Magnussen, veterano que retornou à Haas em boa forma, conquistando resultados consideráveis no começo da temporada.
Recentemente, Schumacher equilibrou o jogo na batalha da escuderia, após somar seus primeiros tempos na F1, mas, segundo o Bild, Binotto ainda não está 'convencido' das qualidades de Mick, o que pode prejudicar a manutenção do germânico na Haas.
Além de comprar suas unidades de potência da Ferrari, o time dos Estados Unidos também é cliente da escuderia em outros componentes do carro e seu diretor técnico (o italiano Simone Resta), inclusive, é 'emprestado' pelo time de Maranello.
Assim, sabe-se que a Ferrari tem uma influência na escolha de um dos pilotos da Haas, embora a equipe norte-americana tenha afirmado nos últimos tempos que suas opções de mercado são feitas de forma independente.
De todo modo, o fato é que Magnussen tem contrato para 2023, mas Schumacher não. Assim, uma perda de apoio da Ferrari pode dificultar a manutenção do germânico na Haas, que teria postulantes à vaga, como o ex-F1 italiano Antonio Giovinazzi e o russo Robert Shwartzman, reserva da Ferrari.
Neste sentido, até o australiano Daniel Ricciardo, que deve ser dispensado pela McLaren para abrir espaço para o compatriota Oscar Piastri, é especulado, embora não haja sinalizações de uma ida do ex-Red Bull para a Haas. E, por ora, Schumacher segue onde está.
O chefe da equipe dos Estados Unidos, Gunther Steiner, falou sobre a situação do piloto germânico. “Não quero falar sobre nosso acordo com a Ferrari porque senão eles ficam chateados!", explicou inicialmente o italiano, no habitual tom de bom humor
"No final das contas, não sei o verdadeiro acordo entre Ferrari e Mick... E não preciso saber. Se ele decidir ir para outro lugar, eu não posso mudar isso”, completou o dirigente, em entrevista ao site Racer.
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