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Massa fala de trabalho na Ferrari e lembra: "Alonso nem ia ao simulador"

Piloto garante que foi peça importante no desenvolvimento do carro de 2013, mas túnel de vento atrapalhou

Desde que chegou à Williams, Felipe Massa é só elogios ao ambiente da equipe. O piloto contou que está sendo muito respeito no time inglês, mas ontem, em entrevista coletiva em São Paulo, fez questão de dizer que também era tratado com bastante consideração na Ferrari, sua ex-equipe. O brasileiro disse participou muito do desenvolvimento do carro nos últimos anos e que, em 2013, ele foi praticamente o único a testar nos simuladores.

“A Williams me ouve muito, mas isso não quer dizer que a Ferrari não me ouvia. Eles me ouviam bastante também. Ano passado trabalhei demais no desenvolvimento do carro, no simulador eu era praticamente o único piloto titular que fazia, pois o Alonso não ia ao simulador”, disse na entrevista acompanhada pelo TotalRace.

Segundo Massa, o grande problema da equipe italiana no ano passado foi mesmo com os dados do túnel de vento. “Muitas vezes a gente viu que o túnel de vento não funcionava como deveria. Na maioria dos GPs, a gente tinha peças nova, mas elas não funcionavam no carro. Então, trabalhei demais, mas acabou não tendo um ano de desenvolvimento muito bom em 2013. Mas não pelo trabalho do piloto, e sim por causa do túnel do vento. A Ferrari começou competitiva e terminou com um carro que não era competitivo. E isto sem dúvida fez efeito na pontuação final. A Red Bull começou como um carro competitivo, mas terminou muito melhor. O desenvolvimento é muito importante e conta muito durante o ano. O túnel de vento não funcionou, isso foi claro”, justificou.

Para Massa, isso mostra que tão importante quanto o feedback do piloto, é o trabalho da equipe como um todo no desenvolvimento do carro. “O piloto precisa trabalhar, falar, passar experiência, mas a equipe também precisa fazer direito em todas as áreas para o carro evoluir. Eu não sou engenheiro aerodinâmico. Cabe ao piloto passar as informações e ao engenheiro ir atrás do caminho que ele falou”, explicou.

De acordo com o vice-campeão de 2008, o começo de trabalho na Williams mostra que sua relação com o time será bem diferente do que ele se acostumou na Itália. “Tudo é bem diferente, até o jeito de falar. Italiano não consegue falar sem mexer os braços. Lembro da época da Sauber, que o chão era tão limpo, que podíamos comer no chão. O carro entrava sujo nos boxes e saía limpinha. Já o da Ferrari, sempre que entrou preto, saiu preto. É o jeito italiano, latino. Algumas coisas importam mais que outras. Eu também sou assim, italianos são mais parecido com os brasileiros. A Williams é mais pro lado da Sauber, até no jeito de falar. È uma equipe mais séria”, completou Felipe Massa. 

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