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McLaren não impediria Alonso de correr por outra equipe na F1

CEO da escuderia britânica e amigo do piloto, Zak Brown disse que ficaria feliz com o retorno do bicampeão à elite do automobilismo

Fernando Alonso, Zak Brown, McLaren Racing Chevrolet

Depois de confirmar a manutenção da sua atual dupla de pilotos para a próxima temporada, o CEO da McLaren, Zak Brown, disse que apoiaria o retorno de Fernando Alonso à Fórmula 1, mesmo que por outra equipe.

A confirmação de Carlos Sainz e Lando Norris na escuderia britânica em 2020 fecha as portas para o retorno do bicampeão ao time de Woking no ano que vem, mas Brown afirma que ficaria feliz com a volta de Alonso ao grid da principal categoria do automobilismo mundial.

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Com a evolução da McLaren na atual temporada, vários rumores deram conta de um eventual retorno do espanhol à tradicional equipe. Ambas as partes negaram, mas as especulações só foram encerradas de vez na última terça-feira, quando Sainz e Norris foram confirmados para a próxima temporada.

Assim, a opção mais natural para a volta de Alonso à F1 está descartada. Entretanto, o espanhol segue vinculado à McLaren, na qual exerce papel de embaixador. De todo modo, as especulações sobre a dança das cadeiras da categoria estão em pleno vapor e o nome do bicampeão vem sendo ventilado em outras escuderias.

Uma deles é outro ex-time de Alonso (relembre suas atuações mais destacadas em galeria especial no fim desta matéria), a Ferrari. Com os rumores de um eventual retorno do Sebastian Vettel à Red Bull, o time de Maranello ficaria sem grandes opções para o ano que vem, de forma que o nome do espanhol poderia ser interessante aos italianos.

Nada passa, porém, de especulação, tendo em vista que a equipe vermelha tem Vettel sob contrato para 2020. Além dele, o monegasco Charles Leclerc, recém-contratado para a vaga de Kimi Raikkonen neste ano, também está garantido na Ferrari no ano que vem.

Outra possibilidade ventilada foi a própria Red Bull, que estaria insatisfeita com o desempenho do recém-promovido Pierre Gasly na atual temporada. O piloto está bem abaixo de Max Verstappen e sua vaga vem sendo ponto de discussão nos bastidores.

Entretanto, o conselheiro do time austríaco, Helmut Marko, negou. Segundo o chefão da Red Bull, a Honda, que fornece motores para a equipe, vetou. A reação se explica: durante seu último período na F1, pela McLaren, Alonso foi crítico ferrenho da montadora japonesa, que vinha com dificuldades na unidade motriz fornecida para a escuderia entre 2015 e 2017.

De todo modo, o nome do bicampeão está sempre no radar. E o CEO da McLaren, que é amigo do piloto, não se opõe ao retorno do espanhol. “Fernando continua sendo um embaixador da McLaren. Mas ficaremos felizes se ele quiser voltar para a F1 em outra equipe. Nós o apoiamos muito nisso, se é isso que ele quer”, disse Brown.

Nesse sentido, vale lembrar que Alonso não tem futuro definido. Ele conquistou o Campeonato Mundial de Endurance (WEC) após vencer as 24 Horas de Le Mans pela segunda vez, mas já anunciou que deixará a Toyota na categoria. Uma temporada completa na IndyCar também foi descartada, apesar do desejo pelo triunfo nas 500 Milhas de Indianápolis.

GALERIA: As 25 atuações mais destacadas de Alonso na Fórmula 1

GP da Espanha de 2001
Em seu quinto Grand Prix com a Minardi, Alonso se classificou em 18º, à frente de Giancarlo Fisichella, da Renault, e Pedro de la Rosa, da Jaguar (com quem compete na foto, na primeira curva). Alonso terminou em 13º, à frente de Fisichella e Jenson Button.
GP do Japão de 2001
Alonso se classificou em 18º e terminou em 11º, à frente de Heinz-Harald Frentzen (Prost), Olivier Panis (BAR) e das duas Arrows.
GP da Espanha de 2003
Alonso se classificou em terceiro lugar com a Renault, atrás das duas Ferraris que ocuparam a primeira fila. Ele derrotou Barrichello no domingo para terminar em segundo, atrás de Schumacher.
GP da Hungria de 2003
Alonso quebrou o recorde de Bruce McLaren e se tornou o então mais jovem piloto da história a vencer uma corrida de F1.
GP da França de 2004
Uma de suas maiores derrotas. Michael Schumacher e a Ferrari realizaram uma incrível estratégia de quatro paradas para derrotar Alonso, que havia arrebatado a pole.
GP de San Marino de 2005
Em uma exibição épica de pilotagem defensiva na parte final da corrida, Alonso manteve Schumacher para trás e conquistou um de seus maiores triunfos.
GP do Japão de 2005
Talvez a corrida seja lembrada pela ultrapassagem de Kimi Raikkonen sobre Giancarlo Fisichella pela vitória em Suzuka, mas Alonso também brilhou, saindo de 16º para chegar no pódio.
GP do Japão de 2006
Sua última vitória com a Renault (pelo menos por enquanto!) antes da ida para a McLaren. Alonso estava em uma batalha com Michael Schumacher pelo triunfo até que o motor de Schumi explodiu, permitindo que o espanhol se aproximasse de seu segundo título.
GP da Europa de 2007 (Nurburgring)
Foi uma corrida maluca, com uma tempestade que interrompeu o evento. No reinício, Alonso venceu após uma dura batalha com Felipe Massa (Ferrari).
GP da Itália de 2007
Quarta vitória de Alonso naquela temporada, a última com a McLaren.
GP do Japão de 2008
Após sua polêmica vitória em Cingapura, Alonso conseguiu repetir a dose na próxima corrida, em Fuji, ao derrotar a BMW-Sauber de Robert Kubica.
GP do Bahrein de 2010
Alonso conseguiu uma vitória sortuda em sua primeira corrida com a Ferrari, já que o líder Sebastian Vettel, da Red Bull, sofreu um problema que o levou a terminar em quarto.
GP da Itália de 2010
Ele conquistou a primeira vitória da Ferrari em casa desde a era Schumacher, superando a McLaren de Jenson Button.
GP de Cingapura de 2010
No estilo Imola 2005, Alonso agarrou-se à vitória por apenas 0s293, depois da intensa pressão de Vettel.
GP da Coréia do Sul de 2010
Afetada pela chuva, a corrida marcou a quinta vitória de Alonso naquele ano.
GP da Inglaterra de 2011
Depois de uma parada ruim arruinar a corrida de Vettel, Alonso aproveitou a oportunidade para vencer por 16 segundos. Seria o único triunfo do espanhol e da Ferrari naquela temporada.
GP da Malásia de 2012
Em condições climáticas mistas, Alonso se manteve à frente do desafiante Sergio Pérez, da Sauber.
GP da Europa de 2012 (Valencia)
Depois de um erro estratégico na classificação, ele saiu em 11º, mas completou um domingo perfeito. Alonso acabou ganhando com uma vantagem confortável. Ele diz que talvez seja a sua melhor vitória.
GP do Brasil de 2012
Ele não pôde ganhar a corrida ou o título, mas passou de oitavo no grid para segundo na prova. Button foi inatingível na ponta e Vettel fez o suficiente para conquistar o mundial.
GP da Espanha de 2013
Ele saiu apenas em quinto, mas conseguiu algumas ultrapassagens incríveis na frente de seu público local. Ele passou Kimi Raikkonen e Lewis Hamilton em uma única manobra, derrotou Vettel e, em seguida, passou o líder Nico Rosberg para alcançar sua última vitória na F1. Um dia de grande inspiração, sem dúvida.
GP da Hungria de 2014
Largando em quinto, Alonso conseguiu se colocar em primeiro lugar e parecia que poderia ganhar. No entanto, Daniel Ricciardo, com pneus mais novos, passou o espanhol a pouco tempo do fim e fez com que o bicampeão tivesse que se contentar com o segundo lugar.
GP dos Estados Unidos de 2016
A partir do 12º lugar com a sua McLaren-Honda, Alonso subiu a quinto, ultrapassando Massa antes de superar Sainz.
GP da Hungria de 2017
Outra grande performance, desta vez terminando em sexto após largar do oitavo lugar.
GP da Austrália de 2018
Largou em 11º e terminou em quinto, à frente da Red Bull de Max Verstappen.
GP do Azerbaijão de 2018
Com os dois pneus do lado direito perfurados por uma colisão, Alonso foi aos boxes. E ele não só terminou a prova: também conseguiu chegar em sétimo, apenas 10 segundos atrás do líder. Ele descreveu a etapa como uma "corrida irrepetível".
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Scott Mitchell
Fórmula 1
Fernando Alonso
McLaren
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