Mercedes promete carro "muito mais agressivo" em 2018
Equipe alemã procurou construir o que descreveu como um "carro com 90%" da temporada 2017, que foi o primeiro ano de um novo conjunto de regras
A equipe que dominou a era do motor turbo híbrido V6 dominou a Fórmula 1 pelo quarto ano consecutivo, embora admita que não quis ser muito ambiciosa em seu primeiro carro após a mudança de regulamento.
Falando exclusivamente para a revista F1 Racing, de propriedade da Motorsport Network, sobre o Mercedes W08, o chefe de design John Owen disse que teve mais flexibilidade do que com o W07 de 2016 e o de 2018 será mais agressivo.
"Estabeleci o objetivo de construir um carro com 90% para 2017", disse Owen.
"Pode parecer estranho não apontar para 100%, mas o problema que você enfrenta em qualquer mudança de regras é que não pode estar seguro dos desafios que vai enfrentar: como o regulamento muda, se os pneus funcionarão de uma maneira diferente do que esperava..."
"Há muitas incógnitas, então você procura um carro que possa cobrir quantas circunstâncias diferentes forem possíveis, e tem que aceitar que talvez não consiga a otimização completa".
"Nós fizemos muitos ajustes no carro, a capacidade de reagir às coisas que vimos".
"Infelizmente, a maioria das coisas que tivemos que nos adaptar não conseguimos ver. Então, tivemos muito compromisso durante o ano em coisas que não precisavam ser alteradas e sofremos um pouco com aquelas que mudaram".
Owen acrescentou que a maior otimização do conceito do carro "tende a ocorrer no segundo ou terceiro ano da estabilidade do regulamento", e que a mudança de última hora que teve que ser feita antes de 2017 teria sido muito pior ano antes.
"O que eu quero dizer [com o fato de ter feito um carro com 90%] é que deixamos muita margem em algumas áreas", disse. "O motivo era que queríamos nos permitir reagir durante o processo de design e mudar as coisas".
"Não sabíamos onde o desenvolvimento aerodinâmico nos levaria: em quais áreas do carro teríamos que encontrar mais espaço para o rendimento aerodinâmico, quais áreas eram zonas seguras onde não poderia mais ser melhorada..."
"Se você pode mover coisas no carro e não precisa reinventar cada parte em cada novo desenvolvimento, é muito bom".
"Tivemos uma mudança muito tardia em um aspecto da unidade de potência e, por nossa filosofia, conseguimos acomodá-lo razoavelmente bem".
"Se isso tivesse acontecido no nosso carro de 2016, literalmente tínhamos que rasgar o projeto e começar de novo".
"Foi positivo ter aquela pequena margem para respirar e, para o próximo carro, podemos nos dar ao luxo de ser muito mais agressivos".
Glenn Freeman/Stuart Codling
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