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Mosley: F1 deve cancelar temporada de 2020 para encerrar incertezas

O ex-presidente da FIA afirmou que a F1 deveria cancelar a temporada de 2020 de uma vez ao invés de arriscar em um período de incertezas

Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 W10, leads Max Verstappen, Red Bull Racing RB15, Sebastian Vettel, Ferrari SF90, Charles Leclerc, Ferrari SF90, Alexander Albon, Red Bull RB15, and the rest of the field at the start of the race

Zak Mauger / Motorsport Images

A pandemia da Covid-19 já mexeu bastante com a estrutura da Fórmula 1, levando a categoria a cancelar ou adiar as nove primeiras etapas de 2020 devido à rápida disseminação do vírus pelo mundo.

O GP da França, em Paul Ricard, é a mais nova prova na bolha, após o presidente francês Emmanuel Macron estender a proibição de eventos de grande porte até o meio de julho. A etapa está marcada para 28 de junho, três semanas antes do fim da proibição.

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Sem nenhuma previsão para o fim da crise do coronavírus, o ex-presidente da FIA, Max Mosley, acredita que seria melhor cancelar toda a temporada de 2020, para pôr um fim à preocupante incerteza para equipes, organizadores e parceiros.

Falando para a agência de notícias alemã DPA sobre a sugestão de cancelamento da temporada, Mosley disse: "Assim as equipes e organizadores teriam a certeza, para poder planejar e tomar medidas. No momento, eles estão no limbo e perdendo dinheiro".

"Ao esperar, você arrisca tornar as coisas ainda piores sem ter a certeza de que vai ganhar qualquer coisa. Não há garantia de que as corridas poderão começar novamente em julho, e cada vez mais parece mais difícil".

Mosley não acredita que realizar GPs com portões fechados, uma sugestão de Ross Brawn, seja uma solução viável.

"Isso seria um desastre financeiro para a grande maioria dos organizadores das provas", afirmou. "Até sabermos o que acontecerá globalmente com a pandemia, não é possível fazer planos racionais para a F1".

F1 "deve agir agora"

Em uma entrevista exclusiva com o Motorsport.com, o presidente da Fórmula E, Alejandro Agag, afirmou que a F1 deveria usar a crise do coronavírus como uma oportunidade de realizar reformas financeiras no esporte e reduzir ainda mais o teto orçamentário, que, no momento, deve cair para 150 milhões de reais (775 milhões de reais).

Mosley, que esteve à frente da FIA entre 1993 e 2009, concorda com o sentimento de Agag que a F1 não está indo longe o suficiente para melhorar a saúde do esporte a longo prazo.

"Eu duvido que o problema da desigualdade possa ser resolvido porque o teto proposto ainda está fora da realidade para a maioria das equipes pequenas", acrescentou. "Há também muitas exceções para as regras".

Ele alertou que a F1 e a FIA precisam "agir agora e aproveitar a oportunidade para reorganizar e reestruturar a F1 para colocá-la em um rumo financeiro para o futuro".

Confira como o coronavírus tem afetado o calendário do esporte a motor pelo mundo

Uma das primeiras aparições do coronavírus no esporte a motor veio com o adiamento da etapa de Sanya, da Fórmula E.
A Fórmula 1 adiou o GP da China pelo mesmo motivo.
Com o crescente aumento de casos do Covid-19, o GP do Bahrein chegou a ser confirmado, mas sem presença de público.
A MotoGP, a maior categoria das duas rodas do mundo, chegou a realizar a primeira etapa no Catar, mas apenas com a Moto2 e Moto3.
Mais tarde, as etapas da Tailândia, Estados Unidos, Argentina, Espanha e França também foram suspensas, com adiamento
No início de abril, a MotoGP confirmou também o adiamento dos GPs da Itália e da Catalunha, dois dos países mais afetados pela pandemia. Neste momento, o GP da Alemanha, em 21 de junho, está marcado para abrir a temporada.
A Fórmula E anunciou a suspensão da temporada por dois meses: os ePrix de Paris e Seul foram adiados.
O GP da Austrália de F1 estava previsto para acontecer, com presença de público e tudo.
Um funcionário da McLaren testou positivo para o Covid-19 e a equipe decidiu não participar do evento.
Lewis Hamilton criticou a decisão da categoria, dizendo que era chocante todos estarem ali para fazer uma corrida em meio à crise do coronavírus.
Após braço de ferro político entre equipes e categoria, a decisão de cancelar o GP da Austrália veio faltando cerca de três horas para a entrada do primeiro carro na pista para o primeiro treino livre.
Pouco tempo depois, os GPs do Bahrein e Vietnã também foram adiados.
Os GPs da Holanda e Espanha também foram postergados.
Uma das jóias da Tríplice Coroa, o GP de Mônaco, foi cancelado. Poucos dias depois, o GP do Azerbaijão também foi adiado
O GP do Canadá também teve seu adiamento confirmado no início de abril. Agora, o GP da França é o primeiro do calendário, e está marcado para 28 de junho
Para atenuar os efeitos de tantas mudanças no calendário, a F1 decidiu antecipar as férias de verão.
Além disso, FIA e F1 concordaram em introduzir o novo pacote de regulamentos que entrariam no próximo ano, a partir de 2022. Mas, segundo Christian Horner, há um movimento para adiar em mais um ano, para 2023, em preparação ao impacto que o Covid-19 terá na economia mundial
Acompanhando a F1, a F2 e F3 também anunciaram suas primeiras provas como adiadas.
Outras categorias e provas nobres do calendário do automobilismo mundial também foram prejudicadas pelo coronavírus.
As 24 Horas de Le Mans foi adiada para 19 de setembro.
A etapa conjunta entre WEC e IMSA em Sebring foi cancelada e o WEC revisou seu calendário, jogando o final da temporada para novembro de 2020, com a próxima temporada iniciando apenas a partir de março de 2021
O tradicional TT da Ilha de Man foi cancelado.
A Indy suspendeu as primeiras corridas em St Pete, Alabama, Long Beach e Austin.
Na teoria, o campeonato começa no dia 6 de junho, no Texas. O circuito misto do Indianápolis Motor Speedway abrigará duas corridas, a primeira no dia 4 de julho e a segunda em 3 de outubro. Laguna Seca também ganhou uma rodada dupla e St. Pete deve fechar a temporada, ainda sem data
As 500 Milhas de Indianápolis será no dia 23 de agosto.
Na NASCAR, a maior categoria do automobilismo dos EUA, foram realizadas as primeiras quatro provas, mas as atividades só voltarão a partir de 3 de maio, com a etapa de Martinsville no dia 9.
No Brasil, a CBA suspendeu as atividades no país por tempo indeterminado.
A Stock teve que adiar a abertura do campeonato, com a Corrida de Duplas. Etapas do Velopark e Londrina também foram adiadas.
A Porsche Cup realizou apenas sua primeira etapa em Interlagos e aguarda novas diretrizes para retomar o campeonato.
Endurance Brasil, Copa Truck, entre outras competições, também estão paralisadas.
Uma saída encontrada pelos campeonatos durante esse período de paralisações foi a realização de eventos virtuais. Fórmula 1, Indy, NASCAR, MotoGP, entre outros, estão organizando campeonatos para animar os fãs nesse período de quarentena
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