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Organizador: "Se GP acabar, Autódromo de Interlagos morre"

Tamas Rohonyi diz que “pressão é enorme” e avisa: “quando o autódromo não estiver mais nas condições que está, automobilismo acaba”

Tamas Rohonyi
Obras Interlagos
Tamas Rohonyi e Castilho de Andrade
Obras Interlagos
Coletiva de imprensa
Obras Interlagos
Obras Interlagos
Obras Interlagos
Obras Interlagos

Em coletiva de imprensa realizada na última quarta-feira no Autódromo de Interlagos em São Paulo, o organizador do GP do Brasil, Tamas Rohonyi, e o engenheiro-chefe da pista, Luis Ernesto Morales, falaram sobre a possibilidade de o circuito um dia deixar de existir.

Segundo Tamas, se a Fórmula 1 - que tem contrato até 2020 com o autódromo – deixar de ter uma corrida no Brasil, a pressão será muito forte para o fim da pista, localizada em um terreno bastante grande em uma das regiões mais povoadas da cidade de São Paulo.

“Teoricamente a prefeitura poderia transformar Interlagos em um parque do povo”, disse Tamas. “A pressão pelo autódromo de Interlagos é enorme”.

“O dia que Interlagos não tiver a Fórmula 1, o automobilismo brasileiro acaba. Vai sobrar cross-country e Mitsubishi lá na pista do interior (Velo Città, em Mogi-Guaçu).”

“Eu entenderia a prefeitura falando que sem a Fórmula 1 este espaço custaria muito caro. Eu entenderia perfeitamente se chegassem para mim e falando que querem fazer um centro de lazer para o bairro.”

Morales completou: “O grande exemplo é Jacarepaguá. E Interlagos mesmo, que ficou dez anos sem a Fórmula 1 e quase sucumbiu.”

No entanto, pelo fato de a corrida trazer cerca de R$ 400 milhões para a cidade, Tamas crê na continuidade do evento e chama atenção para o trabalho anual de recuperação da pista.

“O prefeito Fernando Haddad e todos os prefeitos anteriores sempre reconheceram isso aqui”, falou.

“O autódromo não está sendo reformado apenas, está sendo atualizado. É igual com os carros de Fórmula 1. Eles foram melhorando ao longo dos anos e temos de melhorar também do nosso lado.”

“O autódromo é usado em todos os dias do ano. Quando não temos atividades de automobilismo profissional, temos treinamento de condutores, track days, shows e etc. O autódromo é usado sistematicamente o ano todo.”

“Alguns dos eventos podem prejudicar a qualidade da pista. Clubes que às vezes furam a pista para colocar parafusos, tiram guard-rails e não colocam de volta. Por isso, todo ano nós temos um trabalho de recuperação.”

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