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Senna, Schumacher, Clark e mais: relembre as 10 maiores exibições na chuva na F1

Uma das muitas maneiras de se medir a habilidade de um piloto é a capacidade de lidar com o mau tempo. O Motorsport.com criou uma lista com as 10 maiores corridas debaixo d’água, limitada à participação de um piloto

Winner Michael Schumacher, Ferrari, Jacques Villeneuve, Williams

Quando a mãe natureza resolve agir durante uma corrida de Fórmula 1, este é o momento em que as habilidades de um piloto ficam mais evidentes. Um competidor pode conseguir resultados que jamais poderia obter com a pista seca, além de dar show para as arquibancadas e TVs.

Por isso, a equipe internacional do Motorsport.com selecionou 10 atuações memoráveis na F1, mas com uma pequena regra: apenas uma atuação de um determinado piloto está na lista, não importa quantas ele tem em seu currículo. Confira a lista:

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10º Damon Hill, GP do Japão de 1994
Apesar de não ser considerado um dos grandes nomes por muitos, Damon Hill teve um bom histórico em pista molhada. "Foi a corrida mais intensa da minha vida", lembrou Hill.
10º Damon Hill, GP do Japão de 1994
Além de desafiar as condições de um dos circuitos mais difíceis do mundo, Hill também enfrentou Schumacher quando a luta pelo título se aproximava de seu ápice, o derrotando co diferença superior a três segundos. O piloto da Williams chegou ao Japão cinco pontos atrás e precisava vencer o alemão para ter uma chance realista da coroa no final da Austrália.
9º Keke Rosberg, GP de Mônaco de 1983
A chuva na manhã da corrida deixou a pista molhada, mas seca para a prova, deixando um clássico dilema na escolha dos pneus. Rosberg assumiu a ponta logo na segunda volta, superando Prost e abrindo larga vantagem.
9º Keke Rosberg, GP de Mônaco de 1983
O pai de Nico Rosberg começou a enfrentar problemas de motor e viu a aproximação de Jacques Laffite, mas o francês teve que abandonar por problemas de câmbio. Rosberg cruzou a linha de chegada com mais de 18 segundos de vantagem sobre Nelson Piquet.
8º Sebastian Vettel, GP da Itália de 2008
"Apresentando uma nova estrela da F1", assim foi a chamada da Autosport após a primeira vitória de Sebastian Vettel em sua 22ª corrida. A chuva durante a classificação em Monza permitiu a Vettel explorar o STR3, com motor da Ferrari, e ele conquistou a pole. Ainda estava molhado no dia da corrida, mas a expectativa era de que os carros mais rápidos - como a McLaren de Heikki Kovalainen, começando na primeira fila - se mostrassem fortes demais nas 53 voltas. A corrida começou com safety car, Vettel manteve a liderança, sobreviveu a um momento selvagem e ainda liderou após a primeira rodada de paradas. Vettel tinha Lewis Hamilton ainda em seus espelhos, que fazia grande prova.
8º Sebastian Vettel, GP da Itália de 2008
A McLaren de Hamilton se antecipou à chuva, com pneus para pista molhada em um momento crucial. Se chovesse novamente, o inglês poderia ficar com os pneus até o final, enquanto Vettel precisava de outra parada. Mas a chuva ficou longe, forçando Hamilton a parar para colocar pneus intermediários. Vettel, portanto, fez sua segunda visita às boxes sem perder a liderança e recebeu a bandeira quadriculada em primeiro com 12s5 de vantagem sobre Kovalainen e se tornou o mais jovem vencedor da F1 na época.
7º Graham Hill, GP da Alemanha de 1962
O GP da Alemanha de 1962 foi descrita pela Autosport como "uma das melhores corridas já vistas em Nurburgring". No dia da corrida, o início foi adiado por mais de uma hora devido às terríveis condições que causavam pequenos deslizamentos de terra. O pole, Dan Gurney, liderou inicialmente, mas na terceira volta, de 15, Graham Hill assumiu a liderança.
7º Graham Hill, GP da Alemanha de 1962
Além da pressão dos adversários, Hill tinha um extintor solto em seu carro. Depois de quase 2h40min, Hill recebeu a bandeira quadriculada em primeiro a apenas 2s5 à frente de John Surtees, com Dan Gurney 1s9 mais atrás.
6º Jean-Pierre Beltoise, GP de Mônaco de 1972
"Vitória surpresa para a BRM e Beltoise em Mônaco", é o que disse a capa da Autosport. Antes da quarta etapa do campeonato, o melhor resultado da BRM havia sido o nono lugar. Mesmo depois disso, Beltoise não conseguiria melhor que o oitavo pelo resto da temporada. Beltoise foi um dos cinco BRMs inscritos e foi o principal no classificatório, em quarto, embora 1s1 mais lento que Emerson Fittipaldi. As Ferraris de Jacky Ickx e Clay Regazzoni completaram os três primeiros em uma sessão em pista seca.
6º Jean-Pierre Beltoise, GP de Mônaco de 1972
Embora o trio líder também tenha sido rápido nos treinos molhados, foi Beltoise quem assumiu a liderança no início do GP muito molhado. E então o BRM simplesmente partiu, cinco segundos à frente depois de três voltas. Quando Regazzoni e Fittipaldi cometeram pequenos erros na quinta volta, Ickx saltou para o segundo. Beltoise permaneceu na liderança e levou a bandeira quadriculada com 38s2 à frente de Ickx.
5º Lewis Hamilton, GP da Grã-Bretanha de 2008
Depois de algumas corridas ruins, Lewis Hamilton caiu para o quarto lugar no campeonato e precisava de um bom final de semana. Ele teve dificuldades na sessão seca de classificação, mas teve um início fantástico, da segunda fila, e quase ultrapassou o companheiro de equipe e pole, Kovalainen na Copse, com as duas McLarens se tocando. Enquanto Mark Webber e Felipe Massa rodavam na primeira volta, Hamilton pressionou seu companheiro de equipe. Claramente mais rápido, ele chegou na quinta volta na curva Stowe e Kovalainen facilitou as coisas para ele.
5º Lewis Hamilton, GP da Grã-Bretanha de 2008
Apesar de ter problemas com o visor embaçado, Hamilton era mais rápido e suave com seus pneus. Ele se afastou, mas enfrentou um novo desafio quando Kovalainen perdeu o segundo lugar e a Ferrari de Kimi Raikkonen começou a diminuir a diferença. As estratégias de McLaren e das rivais, bem como o mau tempo deram a Hamilton uma diferença de 1min08s577 para o segundo colocado, Nick Heidfeld.
4º Jim Clark, GP da Bélgica de 1963
Clark tinha várias corridas como candidatas para esta lista, mas sua vitória por quase cinco minutos em uma pista que ele não gostava foi a escolhida. É verdade que ele tinha o melhor carro e os regulamentos da época não eram os mais desafiadores da F1, mas o circuito original de 13 quilômetros de Spa ainda era assustador. O treino não seguiu como Clark queria e ele estranhamente ficou em oitavo. Mas teve um início fantástico, tão bom que o pessoal da equipe e os espectadores que estavam ao lado da pista se levantaram.
4º Jim Clark, GP da Bélgica de 1963
As condições estavam tão ruins que o fundador da Lotus, Colin Chapman, e o chefe técnico da BRM, Tony Rudd, pediram que a corrida fosse interrompida. O pedido deles foi recusado. Em um determinado momento, Clark deu uma volta no segundo colocado, Bruce McLaren, mas o Cooper voltou a ficar na volta do líder antes da bandeirada, de modo que a margem de vitória da Lotus era de 'apenas' 4min54s.
3º Michael Schumacher, GP da Espanha de 1996
"O homem-milagre da Ferrari", reconheceu a Autosport depois que Schumacher conseguiu sua primeira vitória para o time italiano em Barcelona. Com falta de ritmo no seco (Schumacher foi quase um segundo mais lento que a Williams de Damon Hill), a Ferrari optou por ajustes para piso molhado - máximo downforce e molas mais suaves. Mesmo assim, o F310 havia se mostrado complicado em clima úmido anteriormente.
3º Michael Schumacher, GP da Espanha de 1996
Surpreendentemente, Williams e Benetton optaram por configurações de seco, caso as condições melhorassem, mas Schumacher teve um começo terrível. Ele foi o sexto no final da primeira volta, apesar de ter começado a recuperar o terreno. Posteriormente, no entanto, ele estabeleceu um ritmo totalmente além de qualquer um de seus rivais. Schumacher ultrapassou o Benetton de Gerhard Berger na quinta volta e ficou em terceiro, depois perseguiu o outro B196 de Jean Alesi, para superá-lo. Na volta 12, Schumacher passou o líder, Jacques Villeneuve e, após apenas duas voltas e meia, ficou mais de 10 segundos de distância, para não perder mais.
2º Ayrton Senna, GP de Portugal de 1985
O GP da Europa de 1993 é mais famoso, mas o próprio Senna avaliou sua primeira vitória na F1 como a melhor na chuva. Dada a sua inexperiência na época, a falta de controle de tração e a natureza difícil do Lotus-Renault de 1985, estamos inclinados a concordar. Senna já havia demonstrado suas proezas na chuva no GP de Mônaco de 1984 e em Estoril começou no lugar ideal: pole position, a primeira de sua carreira. Senna, em apenas sua segunda temporada na F1, liderou em condições terríveis, completando a primeira volta 2s7 à frente do companheiro de equipe, Elio de Angelis.
2º Ayrton Senna, GP de Portugal de 1985
Pouco antes da metade da corrida, a chuva ficou tão forte que até Senna - com 37 segundos à frente - começou a gesticular para que a corrida fosse interrompida. Prost - ainda tentando passar de Angelis - simplesmente abandonou na reta principal. Apenas nove dos 26 que largaram terminaram a prova e Senna levou a bandeira brasileira em suas mãos após um triunfo pela primeira vez.
1º Jackie Stewart, GP da Alemanha de 1968
Para vencer Senna e Schumacher nessa lista, era necessário algo especial e o domínio de Jackie Stewart nesta corrida molhada no maior circuito de todos os tempos da F1, Nurburgring, com 22 km de distância, foi exatamente isso. É verdade que ele tinha uma vantagem de pneus em relação aos seus principais rivais e que o Matra MS10 era um carro bom, mas o desafio da pista e as circunstâncias do sucesso de Stewart conquistam o nosso espaço número um. Stewart largou na terceira fila, depois de problemas nos treinos, na qual poucos pilotos estabeleceram tempos representativos devido às condições de chuva e neblina. Mas ele chegou ao terceiro lugar no início.
1º Jackie Stewart, GP da Alemanha de 1968
Na oitava volta, já líder, Stewart estabeleceu a volta mais rápida da corrida - 9min36s, 15 segundos mais rápido do que qualquer outro carro que conseguiu dar 14 voltas. Nos estágios finais, o segundo colocado Hill rodou, aumentando ainda mais a vantagem de Stewart. A margem final de vitória foi de 4min03s2. Como se as condições não fossem suficientemente desafiadoras, Stewart estava guiando com o pulso direito em um suporte de plástico, tendo quebrado o escafoide em um acidente em Jarama.
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