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Silverstone "absolutamente" disposta a receber provas da F1 com portões fechados

O chefe do autódromo afirmou que o local está disposto a receber múltiplas corridas, ajudando a F1 a resolver o problema da temporada 2020

Valtteri Bottas, Mercedes AMG W10 leads Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 W10 and Charles Leclerc, Ferrari SF90 at the start of the race

A Liberty Media, dona da Fórmula 1, deixou claro que o calendário atual será substituído sobre uma versão nova, mudando inclusive as datas das corridas que ainda não foram adiadas, e com alguns circuitos podendo receber mais de uma corrida em finais de semana consecutivos.

As discussões entre a F1 e os organizadores estão correndo, e espera-se que mais detalhes sejam divulgados nas próximas duas semanas, mas a possibilidade de realizar eventos com portões fechados significa também a necessidade de revisar os acordos comerciais para os promotores, porque a renda de uma pista vem da venda de ingressos.

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A presença do público também significa uma preparação logística ainda maior, mesmo para pistas permanentes como Silverstone.

"Nós estamos discutindo todas as possibilidades, desde fazer duas corridas em um final de semana até duas corridas em finais de semana consecutivos", disse Stuart Pringle, chefe do autódromo de Silverstone, ao The Guardian. "Tenho total confiança na nossa habilidade de realizar esses eventos. Temos muita experiência, muito conhecimento, podemos fazer isso".

"A F1 está trabalhando muito para encontrar uma solução para o mundial. Estamos em contato com eles regularmente, e nos perguntaram se podemos fazer uma corrida ou duas e se elas podem acontecer com portões fechados. A resposta é absolutamente sim, estamos dispostos a tudo".

"Acho que a F1 tomará uma decisão sobre o calendário no início de maio. Eles não poderão começar a temporada antes de ter uma solução que possa se sustentar, realizando múltiplas corridas. O prazo nos ajuda, já que não teríamos que montar a infraestrutura para acomodar o público".

Pringle destacou que a questão de Silverstone realizar o evento com ou sem fãs ainda precisa ser finalizada, e sente que "é uma discussão tão importante quanto decidir se é apropriado voltar a correr".

Ele acrescentou: "Porque podemos acabar distraindo o público da mensagem principal, que é fiquem em casa, e não queremos isso".

As nove primeiras etapas da temporada 2020 foram afetadas pela pandemia, sendo adiadas ou canceladas, com o GP da França, marcado para 28 de junho, ocupando no momento a vaga de prova inaugural.

Mas o governo da França proibiou eventos públicos até pelo menos 11 de julho, e o adiamento da prova de Paul Ricard é esperado, com a Áustria, que está saindo cautelosamente do confinamento da pandemia, sendo vista como um possível início para a temporada.

Há rumores de que o novo calendário de 2020 começará com eventos na Europa antes de passar para as etapas em outros continentes mais tarde no ano.

Confira como o coronavírus tem afetado o calendário do esporte a motor pelo mundo

Uma das primeiras aparições do coronavírus no esporte a motor veio com o adiamento da etapa de Sanya, da Fórmula E.
A Fórmula 1 adiou o GP da China pelo mesmo motivo.
Com o crescente aumento de casos do Covid-19, o GP do Bahrein chegou a ser confirmado, mas sem presença de público.
A MotoGP, a maior categoria das duas rodas do mundo, chegou a realizar a primeira etapa no Catar, mas apenas com a Moto2 e Moto3.
Mais tarde, as etapas da Tailândia, Estados Unidos, Argentina, Espanha e França também foram suspensas, com adiamento
No início de abril, a MotoGP confirmou também o adiamento dos GPs da Itália e da Catalunha, dois dos países mais afetados pela pandemia, além do GP da Alemanha. A etapa da Holanda, em 28 de junho, é, atualmente, a primeira etapa do ano
A Fórmula E anunciou a suspensão da temporada por dois meses: os ePrix de Paris e Seul foram adiados.
Em abril, a Fórmula E confirmou a extensão da paralisação do campeonato até o final de junho e o adiamento do ePrix de Berlim. As provas de Nova York e Londres se tornaram dúvidas
O GP da Austrália de F1 estava previsto para acontecer, com presença de público e tudo.
Um funcionário da McLaren testou positivo para o Covid-19 e a equipe decidiu não participar do evento.
Lewis Hamilton criticou a decisão da categoria, dizendo que era chocante todos estarem ali para fazer uma corrida em meio à crise do coronavírus.
Após braço de ferro político entre equipes e categoria, a decisão de cancelar o GP da Austrália veio faltando cerca de três horas para a entrada do primeiro carro na pista para o primeiro treino livre.
Pouco tempo depois, os GPs do Bahrein e Vietnã também foram adiados.
Os GPs da Holanda e Espanha também foram postergados.
Uma das jóias da Tríplice Coroa, o GP de Mônaco, foi cancelado. Poucos dias depois, o GP do Azerbaijão também foi adiado
O GP do Canadá também teve seu adiamento confirmado no início de abril. Agora, o GP da França é o primeiro do calendário, e está marcado para 28 de junho
Para atenuar os efeitos de tantas mudanças no calendário, a F1 decidiu antecipar e aumentar, as férias de verão, indo de 14 para 35 dias
Além disso, FIA e F1 concordaram em introduzir o novo pacote de regulamentos que entrariam no próximo ano, a partir de 2022. Mas, segundo Christian Horner, há um movimento para adiar em mais um ano, para 2023, em preparação ao impacto que o Covid-19 terá na economia mundial
Acompanhando a F1, a F2 e F3 também anunciaram suas primeiras provas como adiadas.
Outras categorias e provas nobres do calendário do automobilismo mundial também foram prejudicadas pelo coronavírus.
As 24 Horas de Le Mans foi adiada para 19 de setembro.
A etapa conjunta entre WEC e IMSA em Sebring foi cancelada e o WEC revisou seu calendário, jogando o final da temporada para novembro de 2020, com a próxima temporada iniciando apenas a partir de março de 2021
O tradicional TT da Ilha de Man foi cancelado.
A Indy suspendeu as primeiras corridas em St Pete, Alabama, Long Beach e Austin.
Na teoria, o campeonato começa no dia 6 de junho, no Texas. O circuito misto do Indianápolis Motor Speedway abrigará duas corridas, a primeira no dia 4 de julho e a segunda em 3 de outubro. Laguna Seca também ganhou uma rodada dupla e St. Pete deve fechar a temporada, ainda sem data
As 500 Milhas de Indianápolis será no dia 23 de agosto.
Na NASCAR, a maior categoria do automobilismo dos EUA, foram realizadas as primeiras quatro provas, mas a categoria espera retomar as atividades no final de maio
No Brasil, a CBA suspendeu as atividades no país por tempo indeterminado.
A Stock teve que adiar a abertura do campeonato, com a Corrida de Duplas. Etapas do Velopark e Londrina também foram adiadas.
A Porsche Cup realizou apenas sua primeira etapa em Interlagos e aguarda novas diretrizes para retomar o campeonato.
Endurance Brasil, Copa Truck, entre outras competições, também estão paralisadas.
Uma saída encontrada pelos campeonatos durante esse período de paralisações foi a realização de eventos virtuais. Fórmula 1, Indy, NASCAR, MotoGP, entre outros, estão organizando campeonatos para animar os fãs nesse período de quarentena
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