Wolff e Ecclestone elogiam Hamilton por voz ativa na luta contra o racismo
O chefe da Mercedes e o ex-chefão da F1 apoiaram e defenderam a posição que Hamilton assumiu neste momento

Desde as primeiras notícias sobre a morte de George Floyd e os protestos que acontecem nos Estados Unidos pelo fim do racismo, Lewis Hamilton tem se mostrado muito ativo nas redes sociais, abordando o assunto ao longo dos últimos dias, criticando a violência policial e questionando o silêncio de seus colegas de Fórmula 1. A posição de Lewis tem sido muito elogiada mundo a fora, e o britânico recebeu o apoio de mais dois nomes de peso: Toto Wolff e Bernie Ecclestone.
"Sabemos que Lewis sempre apoiou fortemente qualquer minoria e, para ser sincero, também aprendi muito com ele", disse Toto Wolff em entrevista coletiva via vídeo na quarta.
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O chefe da Mercedes disse que seu piloto não apenas o ensinou muito sobre o racismo como também o fez refletir muito sobre o assunto ao longo dos anos. Wolff relembrou sobre uma conversa entre eles.
"Ele me perguntou uma vez: 'Você já teve o pensamento ativo de que é branco?'. E eu disse: 'Não, na verdade eu nunca pensei sobre isso'. Ele me respondeu: 'Bem, eu tenho que pensar nisso [ser negro] todos os dias, porque fui informado de que sou'. Por isso, é muito difícil compreender como é difícil e, portanto, sou feliz e solidário por ele ter se manifestado".
Mas Toto falou que, devido à uma experiência vivida durante sua infância, tem uma visão mais realista sobre o tema do preconceito.
"Eu tive a sorte de ter sido criado em uma casa com diferentes nacionalidades, já que morei com uma família judia por um tempo quando minha família passou por tempos difíceis, e eu vi como era a discriminação quando criança".
"Acho que todos nós temos o poder de fazer mudanças, e, às vezes, precisamos de eventos como o que aconteceu há alguns dias nos Estados Unidos para desencadear uma onda maciça de apoio à qualquer minoria".
"Eu acho bom que Lewis, como uma superestrela esportiva, seja o primeiro a fazer isso em um esporte que é muito dominado por homens brancos. Nós, como equipe, incentivamos a diversidade e escolhemos as pessoas apenas pelo desempenho, não com base em cultura, religião ou cor da pele".
Já Bernie disse em entrevista à agência de notícias AFP que apoia o fato do hexacampeão ser uma voz ativa em meio às manifestações.
"É algo bom o que Lewis tem feito, assim como alguns atletas, de falar o que pensam", disse Bernie. "Deveriam continuar fazendo".
"Para mim, pessoalmente, é uma grande surpresa que tenham demorado tanto, que tenha exigido uma morte brutal de uma pessoa negra, para chamar a atenção de esportistas para o assunto".
O ex-chefão da F1 disse que ele próprio enfrentou o racismo ao tirar o GP da África do Sul, disputado em Kyalami, do calendário de 1986 devido ao Apartheid, que ainda estava em vigor naquele período.
"Eu tirei a F1 da África em meio ao Apartheid, algo errado e nojento. Acho que o racismo nunca foi embora. As pessoas nem sempre foram muito boas".
Bernie ainda comparou a situação enfrentada na década de 80 com outro fato mais recente: o GP do Bahrein no início da década passada, que teve a edição de 2011 cancelada e a de 2012 ameaçada, mas acabou indo adiante, em um movimento visto como controverso até hoje.
"No Bahrein, eu discuti e apoiei a minoria que reclamava. Marquei um encontro com a pessoa responsável pelos protestos e que dizia ter sido torturado. Mas, naquele caso, eles queriam tomar o país, bem diferente da África do Sul ou dos Estados Unidos".
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