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Wolff: proibir "modo festa" do motor pode tornar Mercedes mais rápida nas corridas

Segundo o chefe da Mercedes, a "economia" causada pelo fim do modo de classificação pode render performance melhor nos GPs

Lewis Hamilton, Mercedes F1 W11 EQ Performance

A FIA pretende seguir em frente com sua proposta de proibir diferentes modos de motores para classificação e corrida na Fórmula 1, tentando evitar o famoso "modo festa" de algumas equipes aos sábados, liberando uma potência extra para a volta rápida. Mas a Mercedes alertou que isso pode torná-la ainda mais rápida.

A Federação escreveu às equipes na semana passada explicando sobre sua pretensão, para permitir apenas um modo de motor para classificação e corrida, com uma diretiva técnica esperada para o GP da Bélgica.

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A mudança foi registrada pela FIA como uma forma de ajudar a equipe técnica a ter mais chances de garantir que todo o grid está cumprindo com o regulamento.

Porém, muitos envolvidos com o Mundial veem essa mudança como forma de frear a Mercedes, com a montadora tradicionalmente tenho o maior ganho de performance nas classificações.

"Acho que o objetivo principal da FIA era implementar uma regra para entender melhor e analisar o que está acontecendo com os motores", disse o chefe da Mercedes, Toto Wolff.

"É um método complexo entre o motor de combustão interna e todo o sistema de recuperação de energia, e ter apenas um modo torna mais fácil para a FIA ser se tudo está sendo cumprido".

Sobre a sugestão da Federação estar freando a Mercedes, ele disse: "Sempre existiu na F1 isso de segurar os líderes, ou aqueles que supostamente são os líderes. É algo que é bom para o esporte".

"Olhamos para isso como um desafio. Temos um modo muito bom para classificação, dando uma potência extra na parte final da sessão. Mas se não pudermos fazer mais isso porque tudo precisa ser o mesmo ao longo do final de semana, não será um déficit para nós".

"Ao contrário, acredito que isso significa uma performance melhor na corrida. É algo que será um grande desafio para nós assim que a regra for implementada".

Falando mais sobre o tema, Wolff deixou claro que os modos de classificação atual tem um custo em termo da performance que fica disponível para as corridas. Assim, com a proibição do modo de classificação, a unidade de potência pode ser levada um pouco além nas corridas.

"Não temos problemas de performance aos sábados. Até aqui, tivemos uma boa margem. Sofremos em algumas corridas onde nossos modos foram mais limitados e se a F1 proibir certos modos dos motores, acho que isso nos ajudará nas corridas".

"Se você evita danificar o motor nessas voltas de classificação, a métrica do dano cai drasticamente. Assim: cinco voltas em modo de classificação a menos nos dá 25 voltas de melhor performance nas corridas, e é por isso que acreditamos que pode nos ajudar".

"Você tem que levar em consideração que isso pode afetar nossa classificação, algo que não tenho certeza, e será apenas por alguns décimos. Mas isso afetará a todos igualmente".

"Mas, para nós, sempre levamos ao máximo o que podemos extrair da unidade de potência, e se tivermos uma limitação nos modos de classificação, então seremos mais fortes nas corridas".

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