Fórmula E ePrix de São Paulo

Maior reta da Fórmula E e ativação financeira milionária: a expectativa para o ePrix de São Paulo

Visita técnica à pista contou com prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, e dos dois pilotos brasileiros do atual grid do Mundial de carros elétricos; confira

Lucas di Grassi, Mahindra Racing Sergio Sette Camara, NIO 333 FE Team track walk

Nesta terça-feira (7), a Fórmula E realizou encontro no Sambódromo Anhembi, na capital paulista, para apresentar as últimas atualizações antes do ePrix de São Paulo, que será realizado em 25 de março no templo do samba paulistano, naquele que será o primeiro evento da categoria no Brasil.

A pista e todo o complexo estão em reformas para que os 22 carros elétricos mais rápidos do mundo participem da sexta etapa do campeonato 2023, a nona temporada da história da competição.

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A visita técnica contou com os pilotos brasileiros do atual grid, Lucas di Grassi (Mahindra Racing) e Sérgio Sette Câmara (NIO 333 Team), além do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que chegou ao sambódromo em um dos ônibus 100% elétricos que estão à disposição dos paulistanos. Representantes da SPTuris, liderados pelo presidente do órgão, Gustavo Pires, e os patrocinadores da prova estiveram reunidos durante toda a manhã.

As obras de adaptação do local para receber os carros da nova geração estão em ritmo acelerado. Com 2.940 km de extensão, o circuito de rua tinha a previsão de contar com 14 curvas, mas, com a retirada da chicane da reta do sambódromo, o número será reduzido para 11. O traçado utilizará também a Avenida Olavo de Fontoura, além da dispersão e parte do centro de convenções do Anhembi.

''Vamos deixar a pista totalmente preparada para que essa etapa da Fórmula E aconteça com toda a segurança, e os pilotos possam correr por todo o trajeto sem correr riscos desnecessários e dando o máximo que puderem'', disse o prefeito de São Paulo.

O poder público municipal espera gerar mais de 3 mil empregos diretos e indiretos relacionados ao evento da Fórmula E, com impacto estimado superior a R$300 milhões. As negociações entre a F-E e a Prefeitura de São Paulo para a realização de uma etapa do campeonato mundial de carros elétricos na maior cidade da América Latina foram longas, mas a prova foi anunciada oficialmente em outubro do ano passado, após confirmação da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) meses antes.

''Para nós, é realmente um sonho finalmente estarmos no Brasil. Foram muitos anos de conversas e, graças ao apoio da prefeitura e da SPTuris, nós conseguimos, junto com nossos parceiros locais, a oportunidade para uma etapa no País'', disse Álvaro Buenaventura, diretor da F-E na América Latina.

Brasil terá a maior reta da Fórmula E

Também foi confirmado durante o evento realizado no Anhembi que o traçado divulgado anteriormente deve sofrer uma mudança importante, que acontecerá exatamente no trecho do Sambódromo, onde a chicane que estava prevista. Como ela será retirada do projeto, os carros vão percorrer todo o sambódromo em aceleração máxima, no que promete ser a maior reta da atual temporada da F-E.

''Pedimos para que a chicane da reta do Sambódromo fosse retirada, e com isso, além de ter a maior reta da categoria, os fãs que estarão presentes no eP terão a oportunidade de ver o potencial dos carros de perto, próximos do máximo de velocidade que é permitida em uma corrida de F-E, além de aumentar as possibilidades de disputa por posição ao final da reta'', explicou di Grassi, que já conquistou um título da categoria.

Competidor com mais participações na F-E e um dos idealizadores da prova em São Paulo (SP), Lucas pilotou um dos ônibus elétricos no traçado da pista do Anhembi, levando toda a comitiva composta pelo prefeito e por seu colega Sérgio Sette Câmara.

Por sua vez, Sette Câmara está ansioso para realizar uma corrida 'em casa' pela primeira vez na carreira internacional e, por mais que não tenha expectativas definidas no momento quanto a um possível resultado na pista, acredita que será um evento totalmente diferente dos demais.

''Expectativas em termos de resultados ainda não tenho, mas obviamente é uma das corridas onde quero conquistar um resultado legal, principalmente por ter a oportunidade de correr diante da torcida brasileira, da minha família e dos meus amigos. Vai ser uma corrida emocionante, com uma reta longa e larga, com boas possibilidades de ultrapassagem, e estou animado para correr 'em casa' pela primeira vez desde que iniciei a minha carreira internacional'', comentou Sérgio.

Outra ação do dia teve Bia Figueiredo, um das maiores pilotas do automobilismo brasileiro, guiando um Porsche elétrico que foi de 0 a 100 km/h em 2 segundos, com o prefeito como passageiro. Bia lidera o programa da FIA Girls on Track, que objetiva a inclusão dos mulheres no esporte, no ePrix.

O ePrix de São Paulo representa a sexta de 16 etapas do Campeonato Mundial de Fórmula E, que no momento é liderado pelo piloto Pascal Wehrlein (TAG Heuer Porsche), alemão que esteve em quatro dos cinco pódios das corridas já disputadas, somando 80 pontos. Ingressos do eP de SP neste link.

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