Entrevista

CEO da MotoGP comenta sobre futuro do mundial e racismo na categoria: "Não temos esse problema"

O CEO da Dorna Sports, dona da categoria, falou também sobre os protocolos de segurança para a temporada 2020 e o futuro da categoria

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Na próxima semana, a MotoGP finalmente vai dar o pontapé inicial para sua temporada 2020, com a primeira de uma rodada dupla no circuito de Jerez, na Espanha. E o CEO da Dorna Sports, Carmelo Ezpeleta, sentou com o Motorsport.com para um bate-papo sobre o campeonato, que "está mais forte do que nunca" e o que esperar para o futuro.

Na primeira corrida da temporada, o GP da Espanha, a mensagem que a MotoGP quer passar é de que a categoria está tomando todos os cuidados possíveis para viabilizar a volta.

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"[Nossa mensagem é] que é preciso muito cuidado. Nós fizemos um grande esforço por todos os envolvidos com o mundial. Espero que as coisas melhorem, mas elas também podem piorar. O protocolo foi criado no pior momento da pandemia, e acredito que seja válido até no pior dos casos".

Ezpeleta disse também que, caso alguém viole o protocolo, a resposta será a altura.

"Nós não vamos caçar ninguém, mas se alguém andar por aí e for infectado ficará de fora. Se virmos um membro em um bar, vamos testá-lo. Se o resultado for positivo, vamos expulsá-lo do isolamento".

"Mas tenho confiança, acho que todos os que trabalham estão cientes da seriedade do assunto. Estamos saindo de uma situação em que não sabíamos se seríamos capazes de sair. Sei que é difícil estar em Jerez e não jantar nos lugares históricos. Mas é isso ou não estar ali".

No momento, a temporada 2020 da MotoGP tem um total de 13 provas confirmadas. Ontem, o Circuito das Américas confirmou que o GP das Américas foi oficialmente cancelado, restando apenas três provas na corda bamba: Argentina, Tailândia e Malásia.

"Haverá um máximo de 16 GPs. Assumimos um compromisso com as equipes, afirmando que a temporada não vai terminar depois de 13 de dezembro".

Ezpeleta ainda foi perguntado sobre as movimentações recentes da F1 na luta contra o racismo e pelo esporte mais diverso e inclusivo. Segundo o CEO, esse não é um tipo de problema que a MotoGP tem.

"Ser contra o racismo não é apenas ser contra aqueles que são contra a população negra. Não temos esse problema [racismo na MotoGP], porque temos pilotos de quase todas as nacionalidades correndo aqui. Obviamente somos contra qualquer tipo de racismo e já falamos várias vezes sobre isso".

Os calendários dos próximos anos no pós-pandemia

A pandemia forçou a MotoGP a reduzir consideravelmente seu calendário de 2020. Inicialmente com 20 etapas, a versão reformulada conta com 13 corridas, mas em apenas oito circuitos, sendo o cronograma mais curto desde a temporada de 1995.

Ao longo dos próximos anos, a MotoGP deve retornar à Finlândia, que foi cancelada na temporada atual, além de Indonésia e Brasil confirmados para 2021 e 2022, respectivamente. 

Com essas adições, junto com o retorno de Portugal como forma de criar uma rotação de provas na Península Ibérica, o calendário de 2022 estava projetado para ter 22 provas. Mas Ezpeleta disse que isso talvez não seja possível, dependendo da situação da vacina contra a Covid.

O CEO da Dorna também defende que o calendário da MotoGP não deve ser feito de modo que comprometa a competitividade atual da categoria.

"A situação do mundo no próximo ano não será a mesma que tivemos até aqui. No momento, não posso dizer que o calendário de 2022 será o mesmo que havíamos planejado antes do coronavírus".

"Temos contratos de rotação, uns assinados, outros com acordo verbal. Mas eu não sei se poderemos fazer 22 GPs. Vamos ter que nos adaptar às circunstâncias do ano, como foi nesse ano".

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