Márquez: "Talvez Lorenzo tivesse medo da Honda, não da MotoGP"
O hexacampeão da MotoGP falou sobre seu ex-companheiro de Honda, o confinamento e as expectativas para a temporada 2020
Enquanto a pandemia do Covid-19 continua afetando o mundo do esporte a motor e cancelando diversas corridas (a própria MotoGP já precisou suspender ou adiar as provas no Catar, Tailândia Estados Unidos e Argentina), tudo o que resta é esperar e reviver o passado.
Foi isso que a DAZN fez, convidando Marc Márquez para comentar o GP da Tailândia de 2019, onde o espanhol conquistou seu último título mundial. Junto do jornalista Ernest Riveras, o piloto respondeu a algumas perguntas, começando obviamente com o confinamento.
"É realmente difícil. Ocasionalmente, meu irmão me empresta seus cães e eu saio para passear com eles", diz Márquez. "Mas tenho que ser responsável e ficar em casa. Aproveitei a oportunidade para arrumar meu quarto".
"É muito difícil, mas, acima de tudo, é um ato de responsabilidade. Esta é também uma lição de vida para todos nós, nos unirá muito mais. Os verdadeiros heróis são os médicos. Nós teremos muito mais apreço por eles no futuro".
Um dos comentários que mais chamou a atenção, no entanto, veio quando Márquez falou sobre seu ex-companheiro de equipe, Jorge Lorenzo. Lorenzo, que estava em seu primeiro ano com a Honda, anunciou a aposentadoria no GP de Valência e, poucos dias depois, assinou com a Yamaha como piloto de testes, e divulgou há poucos dias que correrá no GP de Barcelona, em uma entrada extra da equipe japonesa na categoria.
"As notícias chegaram a mim como foi com todo mundo", continuou Márquez. Fui pego de surpresa na quinta-feira, em Valência. Descobri naquela manhã. Sim, é verdade que Jorge teve dificuldade em se adaptar à Honda, e os acidentes não ajudaram".
"Ele se aposentou porque, de acordo com ele, tinha medo, mas respeito à moto. Agora, se ele vai conseguir entrar em outra moto e fazer uma participação, como ele anunciou, ele não tem medo do esporte. Talvez ele tinha medo da moto ou não conseguiu entender a tempo", avaliou, em referência à Honda.
O piloto da moto #93, foi além, falando sobre aquele que muitos acham que será seu grande rival nos próximos anos, Fabio Quartararo.
"É cada vez mais difícil batê-lo. Ele perdeu alguns duelos no início da temporada devido à sua falta de experiência, mas está aprendendo e, certamente, em 2020, quando competirmos novamente, ele será um dos rivais que precisarei vencer. Ele pode não ter vencido, mas mostrou muito. Você precisa vencer para mostrar que pode lutar pelo título".
Por fim, falando de seus objetivos para uma temporada cheia de incertezas, Márquez tem poucas dúvidas.
"2019 foi o meu melhor ano, acho que será muito difícil fazer melhor ou até mesmo igualar", disse. "Ganhei muito e apenas em uma corrida não pontuei. Mas estamos aqui para repetir ou fazer melhor. Meu objetivo é sempre o mesmo: lutar pelo Mundial e continuar crescendo como sempre, como piloto e como pessoa", concluiu.
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