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MotoGP: Rossi afirma que é "impossível perdoar" Márquez por polêmicas de 2015

Multicampeão da MotoGP ainda falou sobre o processo de reabilitação do rival após sua queda em julho do ano passado

Valentino Rossi, Yamaha Factory Racing, Marc Marquez, Repsol Honda Team

O ano de 2015 foi o único que não teve Marc Márquez como campeão da MotoGP até a sua fratura em 2020. Mesmo assim, o espanhol seguiu nos holofotes da categoria naquela temporada, especialmente por causa de seu papel na rivalidade entre Valentino Rossi e Jorge Lorenzo pela busca do título, algo que o italiano não perdoa até hoje.

Naquele ano, Rossi vinha com boas chances para ganhar mais um título e tinha uma liderança confortável após o GP do Japão, com 18 pontos de vantagem para Lorenzo a três provas do fim. A polêmica com Márquez começou exatamente na prova seguinte, na Austrália, quando o italiano acusou o espanhol de beneficiar seu companheiro na equipe oficial da Yamaha, mas atingiu um novo patamar no GP da Malásia, penúltima etapa de 2015.

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Em Sepang, Márquez e Rossi protagonizaram uma das disputas mais intensas da história da categoria. No meio das diversas trocas de posição o italiano, irritado com o fato do rival estar pilotando de modo que ele considerava perigoso, chutou o piloto da Honda, que acabou caindo.

Relembre como foi o episódio:

A polêmica rapidamente se espalhou e foi além do mundo do esporte a motor, atraindo as atenções para o GP de Valência daquele ano, última etapa da temporada, com apenas sete pontos separando Rossi (312) de Lorenzo (305). Na prova, realizada no Circuito Ricardo Tormo, a vitória ficou com o espanhol, seguido de Márquez e Dani Pedrosa, dupla da Honda, enquanto o italiano foi apenas o quarto, após largar em 26º devido a uma punição pelo chute, perdendo o título por apenas cinco pontos.

Mesmo seis anos após o incidente, Rossi deixou claro que não perdoa Márquez por esse suposto auxílio a Lorenzo.

"É impossível perdoá-lo. O que ele fez não pode ser perdoado. Quando me lembro daqueles dias, tenho o mesmo sentimento. Isso que já se passaram seis anos. Não acredito que vá mudar".

Rossi ainda falou sobre o processo de recuperação de Márquez, que segue em reabilitação após a terceira cirurgia em menos de seis meses por conta da forte queda sofrida em Jerez.

"Lamento que ele não possa pilotar", acrescentou Rossi. “Se ele estiver curado, algo que ninguém sabe no momento, ele vai voltar tão forte quanto antes".

Mesmo assim, o multicampeão criticou a MotoGP por permitir um retorno tão apressado do rival ao grid, apenas quatro dias após a sua primeira cirurgia.

"O erro foi querer correr de novo cedo demais, assim que a operação (terminou), e não entendo como eles permitiram que isso acontecesse. Vejamos: o Dr. (Claudio) Costa foi um pioneiro, revolucionou os tratamentos e reduziu os tempos de imobilização.”

“Assim, após o retorno muito rápido de Lorenzo a Assen em 2013, a Dorna introduziu regras para evitar correr riscos excessivos. Com o retorno de Márquez, todos eles pularam ao mesmo tempo, certamente como nunca antes."

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