MotoGP: V4 da Yamaha continua com problemas de Misano, mas há 'direcionamento' para soluções
Nova moto não teve bom rendimento em Sepang, mas piloto de testes do time japonês, Augusto Fernández, acredita que melhorias estão a caminho
Fabio Quartararo está ansioso, mas as respostas vindas da Yamaha sobre seu futuro no momento são tudo menos tranquilizadoras. O GP da Malásia de MotoGP viu o retorno à pista da M1 equipada com o novo motor V4, e a esperança não apenas do francês, mas de todo o ambiente da Yamaha, era de que um importante passo pudesse ser dado em relação à primeira apresentação em Misano.
Infelizmente, a resposta da pista foi diferente, pois o piloto de testes, Augusto Fernández, praticamente permaneceu na parte de trás do pelotão. Na classificação, ele terminou em 23º (último lugar), com um atraso de mais de 2s em relação ao pole, Pecco Bagnaia. Na sprint, ficou em 19º lugar, terminando 25s atrás do italiano da Ducati. Uma diferença de mais de dois segundos por volta em uma corrida de 10 voltas. E a situação não melhorou no domingo, quando a diferença praticamente dobrou, chegando a 47s.
Já na sexta-feira, o piloto espanhol havia falado de uma abordagem excessivamente cautelosa, especialmente em termos de gerenciamento de potência, que ainda era bastante baixa em comparação com o potencial total da unidade V4.
Porém, no balanço final do fim de semana também surgiram problemas de acerto, até porque não se pode esquecer que em torno do novo motor nasceu uma M1 completamente inédita, também em termos de chassi e distribuição de peso. O problema é que já se passou mais de um mês desde Misano, mas, nesse meio tempo, não houve avanços claros, de acordo com Fernández.
"Foi um fim de semana difícil para nós. Começamos pior do que terminamos em Misano, então sentimos que tínhamos que começar de novo para encontrar uma base. A única coisa positiva é que, com todo o trabalho que fizemos, estamos agora no mesmo ponto em que terminamos a corrida em Misano. Sabemos que temos o mesmo problema de Misano, mas pelo menos temos uma direção clara a seguir para o próximo teste e a próxima corrida em Valência, para tentar melhorar", disse Fernández aos repórteres em Sepang, após a corrida principal.
Augusto Fernandez, Pramac Racing
Foto de: Shameem Fahath / Motorsport Network
"Mas precisamos de peças, porque fizemos tudo o que podíamos com o que tínhamos. Como eu disse, fizemos algumas mudanças e agora temos uma direção a seguir, mas também precisamos que os engenheiros trabalhem em coisas novas e sigam isso, porque está bem claro que ela pode ser positiva. Ainda estamos muito longe, não quero mentir, mas temos outro teste em Aragón, quando vocês estarão em Portugal, e depois um wildcard em Valência, para tentar melhorar um pouco o pacote, e então ver como irão os pilotos oficiais. Nesse momento, teremos que trabalhar durante todo o inverno para estarmos prontos para 2026", acrescentou.
Entre outras coisas, não são esperadas grandes novidades para o teste de Aragón: "Agora temos uma reunião, mas, pelo que entendi, será essa moto com pequenas mudanças e detalhes. Talvez para Valência tenhamos algo na direção que descobrimos, então tenho certeza de que chegaremos lá, mas levará algum tempo. O único problema é que não temos tempo e queremos estar prontos para a próxima corrida. Temos que acelerar um pouco o desenvolvimento e o processo, mas o bom é que agora temos ideias claras e uma direção a seguir. Só temos que continuar trabalhando duro".
Quando perguntado sobre as áreas em que precisam trabalhar mais, ele explicou: "Uma delas é o motor, porque dizem que temos mais potência, mas eu gostaria de poder explorar algo mais parecido com o que será a versão final. E depois precisamos de uma base em termos de configuração, para encontrar um equilíbrio da moto. Ainda estamos desequilibrados".
"Também precisamos trabalhar no chassi, mantendo-o, mas de uma forma que nos dê mais possibilidades de 'jogar'. Estamos trabalhando para encontrar o equilíbrio, como carregar os dois pneus, e algo que possamos chamar de base, para permitir que cada piloto personalize seu próprio pacote. Mas ainda estamos longe disso", concluiu.
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