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Para Kevin Schwantz, eletrônica fez MotoGP ficar chata

Campeão de 1993 pede volta de carburadores e saída de auxílios de pilotagem como controle de tração

Kevin Schwantz
Kevin Schwantz
Maverick Viñales and Kevin Schwantz and Davide Brivio and Aleix Espargaro, Team Suzuki MotoGP
Kevin Schwantz, Suzuki RGV 500
Kevin Schwantz, Suzuki RGV 500
Dani Pedrosa, Repsol Honda Team, Valentino Rossi, Yamaha Factory Racing e Andrea Iannone, Ducati Team
Kevin Schwantz

A temporada de 2015, disputada ponta a ponto entre Valentino Rossi e Jorge Lorenzo, não tem encantado um dos maiores nomes da história do motociclismo. Para Kevin Schwantz, campeão mundial em 1993, a categoria não se encontra em um bom momento, e tudo isso tem a ver com o excesso eletrônico nas motos.

"Ficou chato, com certeza. Não é tão divertido como costumava ser há 20 anos ", disse o ex-piloto de 51 anos em entrevista com a PTI em visita à Índia.

"As corridas se tornaram muito controladas eletronicamente, isso faz ser mais fácil para os pilotos. Eu estava assistindo uma corrida do Mundial de Superbike meses atrás. Dois pilotos estavam disputando uma curva de tangência dupla, e um ultrapassou o outro com o uso de um botão", disse ele.

"Na Fórmula 1 eles usam o DRS nas retas. As técnicas e a habilidade que costumavam utilizar nas corridas não funcionam mais".

“Acho que era muito mais difícil andar de moto no meu tempo, com um pneu que realmente não perdoava e uma potência que em um dia bom te dava 3000 rpm.”

"Agora nós temos 250 cavalos e 6000 rpm, além da eletrônica para ajudar com a rotação e as saídas de traseira."

Guerra de pneus traria emoção de volta

Para Schwantz, a MotoGP deveria ter mais de um fornecedor de pneus para que a competição voltasse a ser real. No entanto, o americano entende que atualmente é difícil gastar tanto em desenvolvimento.

"Eu entendo que a economia global ainda esteja se recuperando da depressão", disse Schwantz. "Os custos são muito grandes tanto na F1 quanto na MotoGP.”

"Mas há muitas maneiras de fazer um show melhor. Precisam trazer as diferentes marcas de pneus de volta, para que haja competição."

Quando perguntado o que mais mudaria se pudesse, Schwantz acrescentou: "Tiraria a injeção de combustível, colocaria carburadores e tiraria qualquer eletrônica. Todos andariam de lado o quanto pudessem."

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