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Gringos elogiam Stock e definem campeonato como “old school”

Falta de ajudas eletrônicas e carro bruto caem no gosto dos forasteiros participantes da Corrida de Duplas

Nelsinho Piquet e Robin Frijns
Nelsinho Piquet e Robin Frijns
Lucas Foresti e Jerome d'Ambrosio
Átila Abreu e Mark Winterbottom
Átila Abreu e Mark Winterbottom
Jamie Green
Átila Abreu e Mark Winterbottom
Lucas Foresti e Jerome d'Ambrosio
Nelsinho Piquet e Robin Frijns
Julio Campos e Jamie Green
Nelsinho Piquet e Robin Frijns

Com 33 carros, a Corrida de Duplas - que abre a temporada da Stock Car em 2018 – conta com nada menos 66 pilotos no grid. Ao lado dos 33 regulares, 33 convidados fortalecem o reconhecido alto nível da categoria brasileira.

Um deles já é um velho conhecido do evento. O australiano Mark Winterbottom - piloto da Supercars australiana - correu duas vezes a prova, em 2014 e 2015 com a Voxx Racing Team (atualmente Cimed Racing). No primeiro ano, ao lado de Sergio Jimenez, ele foi o quarto na prova. No segundo, ficou em segundo correndo com Marcos Gomes.

“Eu adoro este campeonato”, definiu ele, que será companheiro de Átila Abreu na Shell Racing neste ano, ao Motorsport.com.

“Me lembra da Austrália. É muito competitivo, e isso é muito bom. Os carros são muito similares. Eu adoro a categoria, e retornar é bom. Já são alguns anos que eu não ando. É bom estar de volta, agora com uma equipe diferente.”

“É um ótimo campeonato. Sempre quando estão procurando pilotos para esta corrida, levanto a minha mão bem rápido. É uma categoria muito difícil, mas quando você anda bem é bem recompensador. A Stock Car está mais entre um Supercar e um GT, para mim tenho menos cavalos e mais aderência. Um Supercar provavelmente faria a primeira curva aqui 30 km/h mais veloz, mas teria que frear 30 metros antes. Além disso, lá guiamos do lado direito.”

“Em 2014 eu fui quarto e em 2015 fomos ultrapassados antes do pit e cheguei em segundo. Espero que nós consigamos continuar progredindo para ficarmos uma posição à frente agora. É muito bom ver a fé das pessoas aqui em mim. “

Terceiro colocado no DTM no último ano, Jamie Green é companheiro de Julio Campos nesta prova na Prati-Donaduzzi. O britânico jamais teve contato com o automobilismo brasileiro, mas diz que gostou do que viu até agora na Stock Car.

“É uma categoria interessante. Me convidaram e eu pensei: ‘por que não?’ É bom fazer algo diferente. Vamos correr e ver o que acontece”, disse.

“Para ser honesto, eu nunca havia falado com ninguém sobre este campeonato e nem visto nenhuma corrida na TV, então sou um novato mesmo. Mas temos muitos ex-F1 correndo aqui, então isso deve valer a tentativa.”

“Comparando com o DTM, o carro aqui tem bem menos aderência. É mais pesado também. Tem menos downforce, então a forma de guiar é bem diferente. Mas o principal é a aderência mais baixa.”

Ex-Fórmula 1, Jerome D’Ambrosio destacou o fato de a Stock Car ser completamente distinta de tudo que já fez até hoje.

“É bem diferente do que já fiz na minha carreira”, contou o belga, dupla de Lucas Foresti, que atualmente corre na Fórmula E.

“É um estilo de guiar completamente diferente do que estou acostumado. Mas sempre é bom mudar de carros, tentar melhorar e aprender algo novo. É uma categoria muito competitiva."

Vencedor das 12 Horas de Bathurst neste ano na Austrália, o ex-piloto da Fórmula E, Robin Frijns, também está pela primeira vez na Stock Car. Ele será companheiro de Nelsinho Piquet na Full Time, e diz que o Stock Car ganhou sua simpatia por ser “old school”.

“É um carro um pouco diferente de guiar, mas tem sido muito legal”, disse o holandês.

“Ele é um pouco mais bruto, não temos muito da eletrônica que temos na Europa. É um pouco old school, o que eu gosto bastante. Isso pode fazer as corridas serem melhores, além de fazer a categoria mais barata para quem está envolvido.”

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Gabriel Lima
Stock Car
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