Stock se prepara para etapa de jogo estratégico desigual
Times e pilotos terão de priorizar uma das duas provas para tentar sair com bom resultado de Goiânia
Após a proibição do reabastecimento para a segunda etapa do ano, disputada em abril no Velopark, a Stock Car chega a Goiânia em uma realidade totalmente diferente. Desta vez, os pilotos terão de priorizar uma das provas para fazer o maior número de pontos.
Assim como no ano passado, os carros mais atrás no grid deverão fazer seu pit stop mais cedo na primeira corrida para chegarem à segunda em melhores condições que os ponteiros da primeira. Para os primeiros compensará esperar até o último momento, o 35º minuto de prova, para ir aos pits. Há até mesmo a oportunidade de não parar na primeira e sacrificar totalmente a segunda corrida com um pit stop logo no início.
Sem concordar com o formato, Ricardo Zonta diz que sua posição na corrida e seu grid influirão nas decisões de sua equipe.
“Claro que existem alguns caminhos que a gente já pensa em fazer, mas isso sempre depende de onde estaremos na corrida”, disse ao Motorsport.com.
“É difícil falar. Tudo vai depender da nossa posição de largada e onde estivermos andando na primeira bateria para tomarmos uma decisão de estratégia.”
O paranaense ex-F1 entende que o jogo estratégico prejudica o esporte. “Eu não vejo isso positivamente, porque trabalhamos bastante no final de semana inteiro para ter um carro bom e ter condições boas de pontuação. Então, não acho que esta seja a realidade do negócio.”
Janela de pit durará apenas dez voltas
Na contramão, o chefe da campeã Cimed Racing, William Lube, entende que o formato não é incorreto com os times mais fortes.
“Não acho injusto. Você acaba dando chance para dois carros terem um bom fim de semana, não um carro só”, falou ao Motorsport.com.
“Então, vale para todo mundo. A regra é igual para todos e vamos trabalhar para estar pelo menos com um carro bem nas duas corridas. Depende da classificação. Se estivermos bem com os dois, vamos para a primeira, que vale mais.”
“Você vai ter uma corrida com reabastecimento e outra sem. Se você abastece na primeira, você vai correr para pontuar na segunda. Vai depender muito de onde você largar e a hora que abrir a janela. Você pode abastecer até o minuto 35. Para concluir as duas provas, só tem espaço no tanque de combustível a partir da 11ª volta. O minuto 35 vai ser a 22ª volta provavelmente, então existe uma janela de dez voltas que você pode chamar o seu carro ou não.”
“Vamos ter que monitorar o que os outros estão fazendo e tentar parar no último momento.”
Trocar pneus não valerá a pena
Para o chefe da Shell Racing, Rodolpho Mattheis, com o pouco desgaste dos pneus na pista goiana, trocas serão coisas raras durante as corridas do próximo domingo. Ele também diz que mesmo com várias entradas do Safety Car é impossível fazer as duas provas com o mesmo tanque.
"Depois de duas etapas digamos atípicas, agora começam as provas naquele formato característico de rodada dupla e com parada de box, algo que não aconteceu no Velopark. Não acreditamos que será possível fazer as duas corridas sem fazer um pit stop para reabastecimento, mesmo se houver muito Safety Car", disse.
"Agora sim será uma boa hora de avaliar as estratégias levando em conta que agora a pontuação para o vencedor é bem maior na primeira corrida.”
“É um jogo de xadrez em que vamos ter que calcular o tempo todas as diferentes estratégias para saber qual será o melhor potencial de pontuação nas duas corridas."
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