Varela prevê “briga grande” pelo bi e vê Dakar pouco divulgado na Arábia: “Nem sabem o que é isso”
Brasileiro que luta pelo bicampeonato do maior rali do mundo nos UTVs vê disputa igualada na Ásia após saída da América do Sul
O Dakar estreará em terras asiáticas na edição 2020, com a Arábia Saudita servindo como palco do maior rali do mundo após 11 anos na América do Sul. A partir de domingo, dia 5 de janeiro, serão 7.856 quilômetros de percurso, sendo 5.097 de trechos cronometrados e 2.759 de deslocamentos, em 65% em areia.
Na busca do bicampeonato, tendo vencido a edição de 2018 nos UTVs, Reinaldo Varela contará novamente com o navegador Gustavo Gugelmin para colocar o Brasil em evidência em um dos eventos mais prestigiados do mundo.
Em entrevista exclusiva ao Motorsport.com, Varela disse que vê com bons olhos a mudança para a Arábia em 2020, já que possibilita certa igualdade com os demais concorrentes.
“Para nós, a mudança da América do Sul para a Arábia é um ponto a favor”, disse Varela. “Estamos acostumados a andar nessas dunas no Mundial (de Cross Country). Andamos no Catar, Dubai, Cazaquistão, então temos um pouco de conhecimento das dunas, mas é uma surpresa para todos. Tirando quem é daqui, todos terão que encarar o traçado pela primeira vez. De um modo geral, todos estão igualados dentro de um nível bem alto.”
Confira imagens da dupla brasileira favorita em ação:
Mas, se esportivamente a mudança trouxe coisas boas, em relação ao clima de competição no país não se pode dizer o mesmo: “Por enquanto, a estrutura é muito boa. Mas o rali é algo um pouco desconhecido aqui. Demoram alguns anos para o evento ficar conhecido, não é como estávamos acostumados na Argentina, que tem muita gente em todos os lugares. Aqui o pessoal não está nem aí para rali, nem sabem o que é isso.”
“A América do Sul tem um calor humano. Todos vibram com o rali, comem rali, adoram rali. Na Argentina, no Uruguai, Paraguai, Chile, Peru, Brasil, não dá para se comparar com a Arábia Saudita, mas vamos esperar um pouco para observar melhor.”
Paisagens e atrações do Rally Dakar 2020, na Arábia Saudita:
O piloto, que também conquistou em 2019 o tricampeonato do mundial de rali cross country, definiu quem poderia dar trabalho para a conquista de uma nova glória ao país e à sua carreira.
“É muito difícil citar alguns nomes, mas temos aqui o Casey (Currie, norte-americano), o Farres (Guell, espanhol) que ficou em segundo no ano passado, o Chaleco (Lopez, chileno), que ganhou em 2019, os concorrentes estão fortes. Temos os russos que disputam outros campeonatos conosco, a briga aqui será grande".
O Dakar 2020 terá 12 etapas em 13 dias. Confira por onde ele passará:
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