ANÁLISE F1 – Senna x Verstappen: Após holandês atingir marca de 41 vitórias, quem leva vantagem na comparação?

Comparações entre os campeões foram feitas após a vitória 41 do holandês no GP do Canadá, igualando marca do tricampeão brasileiro

Ayrton Senna e Max Verstappen

Foto de: Reprodução

No último domingo (19), Max Verstappen garantiu mais um triunfo na temporada 2023 da Fórmula 1. O holandês não teve pressão dos rivais para vencer com certa tranquilidade o GP do Canadá. E a vitória, a sexta em oito corridas no campeonato até aqui, colocaram o bicampeão em um novo patamar nos livros da categoria.

Essa foi a 41ª vitória da carreira de Verstappen, colocando-o oficialmente no top 5 vencedores da história da F1, igualando a marca de Ayrton Senna. Devido ao feito do holandês, as comparações entre os dois pilotos acabam sendo inevitáveis e, por isso, o Motorsport.com compilou algumas das principais estatísticas dos campeões.

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O quadro comparativo abaixo considera o momento na qual os dois obtiveram suas 41ª vitórias na F1. Enquanto no caso de Verstappen isso engloba toda sua carreira até o GP do Canadá de 2023, o de Senna é interrompido antes de sua morte, já que o brasileiro disputou 3 corridas em 1994 com três poles positions após vencer o GP da Austrália de 1993, mas sem vitórias.

Ayrton Senna

Número Total

Percentual

Max Verstappen

Número Total

Percentual

Provas Disputadas

158

-

Provas Disputadas

171

-

Temporadas Disputadas

10

-

Temporadas Disputadas

9

-

Vitórias

41

25,94

Vitórias

41

23,97

Pódios

80

50,63

Pole Positions

85

49,70

Pole Positions

62

39,24

Pole Positions

24

14,03

Voltas mais Rápidas

19

12,02

Voltas mais Rápidas

24

14,03

Títulos

3

-

Títulos

2

-

Sequência de Vitórias Consecutivas

4

-

Sequência de Vitórias Consecutivas

5

-

Temporadas Consecutivas com Vitórias

9 (1985 – 1993)

-

Temporadas Consecutivas com Vitórias

8 (2016 – presente)

-

No momento de sua vitória, Senna chegava ao 158º GP disputado na F1, de um total de 161 em sua morte, no GP de San Marino de 1994, em Ímola. Verstappen já ultrapassou essa marca no ano passado, quando ainda estava em sua oitava temporada na categoria, contra 10 anos completos do brasileiro mais o início de 94.

Por isso, olhando em números percentuais, Senna tem um aproveitamento melhor que o de Verstappen nas vitórias: 25,94% contra 23,97%. Mas chama a atenção a proximidade desses indicadores, auxiliados pelas eras de domínio de suas respectivas equipes.

Os dois campeões ainda possuem uma curiosidade em comum em suas carreiras: nem Senna nem Verstappen obtiveram vitórias em suas temporadas de estreia, vindo apenas na segunda. Senna tinha 25 anos e 31 dias na ocasião do GP de Portugal de 1985 contra apenas 18 anos e 228 dias de Verstappen no GP da Espanha de 2016.

Mas a consistência de ambos também é uma característica notável. Mesmo sem terem carros com potencial de lutar por títulos, tanto Senna quanto Verstappen acumulam um bom número de temporadas consecutivas com pelo menos uma vitória.

A partir do GP de Portugal de 1985, Senna acumulou vitórias em todas as temporadas disputadas até 1993, totalizando nove anos. Já Verstappen ainda pode igualar e ultrapassar o brasileiro, tendo um total de oito temporadas entre 2016 e 2023.

Outro indicador da proximidade entre os dois é o indicador de pódios. Senna obteve 80 ao longo de sua carreira, enquanto Verstappen já possui 85. Mas, olhando para o percentual, o brasileiro está à frente por muito pouco: 50,63 a 49,70.

Já um ponto na qual Senna destoa muito em comparação ao holandês é nas poles. Antes de 2022, a performance em classificação estava longe de ser o ponto forte de Verstappen. Por isso, o holandês soma apenas 24 primeiras posições em sua carreira, contra 65 do brasileiro (62 no momento desta comparação), o que faz Senna vencer de lavada no percentual: 39,24 a 14,03.

Mas outro indicador coloca Verstappen à frente de Senna: a média de pontos por corrida. Para esta comparação, adaptamos a realidade do brasileiro à atual, com 25 pontos para o vencedor.

Assim, enquanto o tricampeão soma 1859,5 pontos conquistados ao longo de sua carreira, em uma média de 11,55 por corrida. Já Verstappen possui um total de 2153,5, com uma média de 12,59.

E em relação aos companheiros de equipe? Tanto Senna quanto Verstappen acumulam derrotas contra seus parceiros de time ao longo de suas carreiras, mas, no caso de Senna, sob circunstâncias que precisam ser discutidas.

Em teoria, Senna perdeu para seu companheiro de equipe em três ocasiões, mas duas com um asterisco. A única derrota de fato foi em 1989, quando Alain Prost conquistou um de seus quatro títulos. A primeira perda discutível veio, na verdade, no ano anterior. Senna foi o campeão em 1988, mas somente graças aos descartes já que, na pontuação completa, Prost tinha números melhores que os do brasileiro.

Já o terceiro caso é o de 1994. Quando Senna veio a falecer em Ímola, ele se encontrava atrás de Damon Hill na classificação, já que o brasileiro ainda não havia pontuado naquele ano.

Por outro lado, Verstappen possui duas derrotas, ambas para Daniel Ricciardo, em 2016 e 2017, seus primeiros anos na Red Bull. Mas, desde a saída do australiano, o holandês não somente bate como massacra quem ocupa a outra vaga do time da marca de bebidas energéticas.

No geral, olhando para os quatro quesitos principais desta análise (vitórias, poles, pódios e voltas mais rápidas), Senna leva a melhor em cima de Verstappen em três deles, contra um do holandês.

Não dá para negar que chama a atenção a proximidade dos dois na maioria deles (exceto as poles), mas é preciso considerar as diferentes realidades dos dois pilotos. Senna obteve seus números em uma época com menos corridas por ano e com carros menos confiáveis.

Já Verstappen é produto da era da F1 com mais de 20 corridas por ano e dos carros com maior confiabilidade da história. De modo algum isso diminui os feitos do holandês, que vem dominando a F1 graças à necessária simbiose de um bom carro com um bom piloto, que vive o auge de sua carreira.

E com a Red Bull vivendo um novo período de dominância na categoria, o negócio é esperar para ver o que Verstappen ainda pode fazer ao longo de sua trajetória.

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