Bianchi é o primeiro piloto a morrer em GP desde Senna em 1994
Piloto francês é a 37ª vítima fatal da história da maior categoria do automobilismo; confira lista completa
Jules Bianchi morreu nesta madrugada no Hospital Universitário de Nice, na França. O piloto ficou nove meses em coma após ter sofrido forte acidente durante o GP do Japão do ano passado, quando saiu da pista na 43° volta e se chocou violentamente com um trator que retirava a Sauber de Adrian Sutil da pista. O alemão havia saído da pista na curva 7 de Suzuka, uma volta antes.
Esta é a primeira morte em decorrência de acidente durante um GP de F1 em 21 anos. Desde o fatídico final de semana do GP de San Marino de 1994, no qual o austríaco Roland Ratzenberger e o brasileiro Ayrton Senna morreram, a categoria não via acidentes fatais em suas corridas vitimando pilotos.
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Deste então, a Fórmula 1 estabeleceu muitas medidas de segurança para evitar grandes acidentes e contusões sérias. No entanto, a violência da desaceleração no impacto de Bianchi no trator foi suficiente para deixar grandes danos neurológicos no francês.
Lista de mortes em corrida na F1
36 pilotos já haviam morrido na F1, sem contar edições da Indy 500 entre 1950 e 1960 - prova que os pilotos da categoria não participavam mas que fazia parte do calendário. Confira:
1. Luigi Fagioli (Itália), 54 anos. Equipe: Alfa Romeo. Treinos do GP de Mônaco, em 1952.
2. Fellice Boneto (Itália), 50 anos. Equipe: Maserati. GP do México, em 1953.
3. Onofre Marimón (Argentina), 31 anos. Equipe: Maserati. Treinos do GP da Alemanha, em 1954.
4. Alberto Ascari (Itália), 36 anos. Equipe: Lancia. Treinos particulares em Monza, Itália, em 1955.
5. Eugenio Castellotti (Itália), 27 anos. Equipe: Ferrari. Treinos particulares em Modena, Itália, em 1957.
6. Luigi Musso (Itália), 34 anos. Equipe: Ferrari. GP da França, em 1958.
7. Peter Collins (Grã-Bretanha), 27 anos. Equipe: Ferrari. GP da Alemanha, em 1958.
8. Stuart Lewis-Evans (Grã-Bretanha), 28 anos. Equipe: Vanwall. GP do Marrocos, em 1958.
9. Jean Behra (França), 38 anos. Equipe: Ferrari. Treinos do GP da Alemanha, em 1959.
10. Chris Bristow (Grã-Bretanha). Equipe: Cooper. GP da Bélgica, em 1960.
11. Alan Stacey (Grã-Bretanha). Equipe: Lotus. GP da Bélgica, em 1960.
12. Harry Schell (EUA), 39 anos. Equipe: Cooper. Treinos particulares em Silverstone, Inglaterra, em 1960.
13. Wolfgang von Trips (Alemanha), 32 anos. Equipe: Ferrari. GP da Itália, em 1961.
14. Ricardo Rodriguez (México), 20 anos. Equipe: Ferrari. Treinos do GP do México, em 1962.
15. Carel Godin de Beaufort (Holanda), 30 anos. Equipe: Porsche. Treinos do GP da Alemanha, em 1964.
16. John Taylor (Grã-Bretanha), 33 anos. Equipe: Brabham. GP da Alemanha, em 1966.
17. Lorenzo Bandini (Itália), 32 anos. Equipe: Ferrari. Em conseqüência de um acidente no GP de Mônaco, em 1967.
18. Bob Anderson (Grã-Bretanha), 36 anos. Equipe: Brabham. Treinos particulares em Silverstone, Inglaterra, em 1967.
19. Jo Schlesser (França), 40 anos. Equipe: Honda. GP da França, em 1968.
20. Piers Courage (Inglaterra), 28 anos. Equipe: Tomaso. GP da Holanda, em 1970.
21. Jochen Rindt (Áustria), 28 anos. Equipe: Lotus. Treinos do GP da Itália, em 1970.
22. Bruce McLaren (Nova Zelândia), 33 anos. Equipe: McLaren. Treinos particulares em Goodwood, Inglaterra, em 1970.
23. Jo Siffert (Suíça), 35 anos. Equipe: BRM. Prova de campeões na Inglaterra, em 1971.
24. François Cevert (França), 29 anos. Equipe: Tyrrell. Treinos do GP dos EUA, em 1973.
25. Roger Williamson (Grã-Bretanha), 25 anos. Equipe: March. GP da Holanda, em 1973.
26. Peter Revson (EUA), 35 anos. Equipe: Shadow. Treinos particulares em Kyalami, África do Sul, em 1974.
27. Helmut Koinigg (Áustria), 25 anos. Equipe: Surtees. Treino do GP dos EUA, em 1974.
28. Mark Donohue (EUA), 38 anos. Equipe: Penske. Treinos do GP da Áustria, em 1975.
29. Tom Pryce (Inglaterra), 28 anos. Equipe: Shadow. GP da África do SUL, em 1977.
30. Ronnie Peterson (Suécia), 34 anos. Equipe: Lótus. Em conseqüência de um acidente no GP da Itália, em 1978.
31. Patrick Depailler (França), 35 anos. Equipe: Alfa Romeo. Treinos particulares em Hockenheim, Alemanha, em 1980.
32. Gilles Villeneuve (Canadá), 30 anos. Equipe: Ferrari.Treinos do GP da Bélgica, em 1982.
33. Riccardo Paletti (Itália), 23 anos. Equipe: Osella. GP do Canadá, em 1982.
34. Elio de Angelis (Itália), 28 anos. Equipe Brabham. Treinos particulares em Paul Ricard, França, em 1986.
35. Roland Ratzenberger (Áustria), 31 anos. Equipe: Simtek. Treinos do GP de San Marino, Itália, em 1994.
36. Ayrton Senna (Brasil), 34 anos. Equipe: Williams. GP de San Marino, Itália, em 1994.
Mortes fora da pista
Três mortes ocorreram em eventos oficiais da F1 entre 1994 até hoje.
No GP da Itália de 2000, uma colisão na primeira volta envolvendo o alemão Heinz-Harald Frentzen, Rubens Barrichello, Jarno Trulli, David Coulthard, Pedro de la Rosa e Johnny Herbert vitimou o bombeiro Paolo Ghislimberti, acertado por uma roda que saiu de um dos carros. O acidente ocorreu na Variante Della Roggia, em Monza.
Menos de um ano depois, no GP da Austrália de 2001, Jacques Villeneuve acertou Ralf Schumacher na freada para a curva 3 do circuito de Melbourne. O canadense decolou e uma de suas rodas passou por cima do alambrado e acertou o comissário de pista Graham Beveridge, que acabou falecendo.
No Canadá em 2013, após a corrida, fiscais retiravam a Sauber de Esteban Gutierrez após um acidente durante no fim do GP. O fiscal Mark Robinson estava acompanhando a retirada do carro quando acabou tropeçando na frente do trator após seu rádio cair e foi atropelado. Robinson não resistiu.
Última morte em um Fórmula 1
Filha do ex-piloto espanhol Emilio de Villota, Maria de Villota foi contratada pela equipe Marussia para ser piloto de testes em 2012. No dia 3 de julho, em um teste no aeroporto de Duxford, ela colidiu com um caminhão parado. De Villota foi levada ao hospital após perder seu olho direito e ter contusões sérias na cabeça.
No entanto, ela recebeu alta 17 dias depois. Maria, que escreveu um livro e fez diversas aparições de tapa-olho, perdeu sentidos como olfato e o paladar. Em 11 de outubro de 2013, De Villota sofreu uma parada cardíaca em Sevilla. A causa está ligada às sequelas de seu acidente.
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