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Chefão da Red Bull descarta contratar Alonso: "Com a Honda, é impossível"

Consultor da equipe austríaca, Helmut Marko diz que não cogita recrutar o espanhol para a vaga do francês Pierre Gasly

Fernando Alonso, McLaren and Max Verstappen, Red Bull Racing

Em meio à má fase de Pierre Gasly em sua primeira temporada na Red Bull, vários nomes têm sido ventilados para a vaga do jovem francês, promovido da Toro Rosso nesta temporada. Um dos principais pilotos especulados para correr ao lado de Max Verstappen em 2020 é simplesmente Fernando Alonso, bicampeão da Fórmula 1 em 2005 e 2006 (relembre as atuações mais destacadas do espanhol em galeria especial no fim desta matéria).

Entretanto, o consultor da Red Bull, Helmut Marko, descartou a possibilidade de contratar o espanhol. Segundo o dirigente austríaco, é “impossível” acertar com Alonso em função de sua relação com a Honda, fornecedora de motores da escuderia de energéticos desde o começo desta temporada.

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Em entrevista ao Motorsport.com, Marko comentou a possibilidade de o bicampeão integrar o quadro da Red Bull em 2020: “O entorno de Alonso nos deixou cientes de sua disponibilidade, mas, para a Honda, Alonso é impossível".

Entre as temporadas 2015 e 2017, o espanhol dependeu das unidades de potência japonesas que equipavam a McLaren, escuderia defendida pelo bicampeão até o fim do ano passado, quando a equipe passou a utilizar motores Renault.

A opção do time de Woking pela troca de unidades motrizes se deveu, em grande parte, ao estremecimento da relação com a montadora em função de sucessivas críticas de Alonso à Honda.

Em um dos momentos mais notáveis da tensa relação com a fabricante, o bicampeão chegou a chamar a máquina japonesa de “motor de GP2”, fazendo referência à categoria de acesso à F1, agora renomeada de Fórmula 2.

De acordo com o espanhol, a Red Bull chegou a oferecê-lo, no fim do ano passado, a vaga ocupada por Gasly. O francês foi promovido à escuderia austríaca em função da saída do australiano Daniel Ricciardo, que foi para a Renault.

Alonso, porém, negou: "Eu rejeitei quatro ou cinco propostas. As ofertas que eu tinha, inclusive a da Red Bull, não eram para vencer, mas sim para ficar em quinto, sexto ou sétimo. Essas opções não me entusiasmaram tanto quanto os desafios que tive fora da F1”.

O bicampeão da F1 disputou a temporada completa do Campeonato Mundial de Endurance (WEC), do qual foi campeão após conquistar as 24 Horas de Le Mans pela segunda vez. Já a Honda conquistou seu primeiro triunfo na F1 desde seu retorno à categoria justamente na última etapa, na Áustria, onde Verstappen teve atuação espetacular.

Na corrida de Spielberg, porém, a Red Bull não teve somente o que comemorar. Gasly chegou a tomar uma volta do companheiro holandês e deu mais motivos para que sua saída da equipe seja cogitada.

Entretanto, Marko insiste que a escuderia está fazendo todo o possível para ajudar o francês. O consultor também negou que esteja à procura de substitutos para o ex-piloto da Toro Rosso. "Estamos tentando fazer com que Gasly tenha um desempenho melhor”, disse. "Nossa posição é apoiá-lo da melhor maneira possível".

As 25 atuações mais destacadas de Alonso na Fórmula 1:

GP da Espanha de 2001
Em seu quinto Grand Prix com a Minardi, Alonso se classificou em 18º, à frente de Giancarlo Fisichella, da Renault, e Pedro de la Rosa, da Jaguar (com quem compete na foto, na primeira curva). Alonso terminou em 13º, à frente de Fisichella e Jenson Button.
GP do Japão de 2001
Alonso se classificou em 18º e terminou em 11º, à frente de Heinz-Harald Frentzen (Prost), Olivier Panis (BAR) e das duas Arrows.
GP da Espanha de 2003
Alonso se classificou em terceiro lugar com a Renault, atrás das duas Ferraris que ocuparam a primeira fila. Ele derrotou Barrichello no domingo para terminar em segundo, atrás de Schumacher.
GP da Hungria de 2003
Alonso quebrou o recorde de Bruce McLaren e se tornou o então mais jovem piloto da história a vencer uma corrida de F1.
GP da França de 2004
Uma de suas maiores derrotas. Michael Schumacher e a Ferrari realizaram uma incrível estratégia de quatro paradas para derrotar Alonso, que havia arrebatado a pole.
GP de San Marino de 2005
Em uma exibição épica de pilotagem defensiva na parte final da corrida, Alonso manteve Schumacher para trás e conquistou um de seus maiores triunfos.
GP do Japão de 2005
Talvez a corrida seja lembrada pela ultrapassagem de Kimi Raikkonen sobre Giancarlo Fisichella pela vitória em Suzuka, mas Alonso também brilhou, saindo de 16º para chegar no pódio.
GP do Japão de 2006
Sua última vitória com a Renault (pelo menos por enquanto!) antes da ida para a McLaren. Alonso estava em uma batalha com Michael Schumacher pelo triunfo até que o motor de Schumi explodiu, permitindo que o espanhol se aproximasse de seu segundo título.
GP da Europa de 2007 (Nurburgring)
Foi uma corrida maluca, com uma tempestade que interrompeu o evento. No reinício, Alonso venceu após uma dura batalha com Felipe Massa (Ferrari).
GP da Itália de 2007
Quarta vitória de Alonso naquela temporada, a última com a McLaren.
GP do Japão de 2008
Após sua polêmica vitória em Cingapura, Alonso conseguiu repetir a dose na próxima corrida, em Fuji, ao derrotar a BMW-Sauber de Robert Kubica.
GP do Bahrein de 2010
Alonso conseguiu uma vitória sortuda em sua primeira corrida com a Ferrari, já que o líder Sebastian Vettel, da Red Bull, sofreu um problema que o levou a terminar em quarto.
GP da Itália de 2010
Ele conquistou a primeira vitória da Ferrari em casa desde a era Schumacher, superando a McLaren de Jenson Button.
GP de Cingapura de 2010
No estilo Imola 2005, Alonso agarrou-se à vitória por apenas 0s293, depois da intensa pressão de Vettel.
GP da Coréia do Sul de 2010
Afetada pela chuva, a corrida marcou a quinta vitória de Alonso naquele ano.
GP da Inglaterra de 2011
Depois de uma parada ruim arruinar a corrida de Vettel, Alonso aproveitou a oportunidade para vencer por 16 segundos. Seria o único triunfo do espanhol e da Ferrari naquela temporada.
GP da Malásia de 2012
Em condições climáticas mistas, Alonso se manteve à frente do desafiante Sergio Pérez, da Sauber.
GP da Europa de 2012 (Valencia)
Depois de um erro estratégico na classificação, ele saiu em 11º, mas completou um domingo perfeito. Alonso acabou ganhando com uma vantagem confortável. Ele diz que talvez seja a sua melhor vitória.
GP do Brasil de 2012
Ele não pôde ganhar a corrida ou o título, mas passou de oitavo no grid para segundo na prova. Button foi inatingível na ponta e Vettel fez o suficiente para conquistar o mundial.
GP da Espanha de 2013
Ele saiu apenas em quinto, mas conseguiu algumas ultrapassagens incríveis na frente de seu público local. Ele passou Kimi Raikkonen e Lewis Hamilton em uma única manobra, derrotou Vettel e, em seguida, passou o líder Nico Rosberg para alcançar sua última vitória na F1. Um dia de grande inspiração, sem dúvida.
GP da Hungria de 2014
Largando em quinto, Alonso conseguiu se colocar em primeiro lugar e parecia que poderia ganhar. No entanto, Daniel Ricciardo, com pneus mais novos, passou o espanhol a pouco tempo do fim e fez com que o bicampeão tivesse que se contentar com o segundo lugar.
GP dos Estados Unidos de 2016
A partir do 12º lugar com a sua McLaren-Honda, Alonso subiu a quinto, ultrapassando Massa antes de superar Sainz.
GP da Hungria de 2017
Outra grande performance, desta vez terminando em sexto após largar do oitavo lugar.
GP da Austrália de 2018
Largou em 11º e terminou em quinto, à frente da Red Bull de Max Verstappen.
GP do Azerbaijão de 2018
Com os dois pneus do lado direito perfurados por uma colisão, Alonso foi aos boxes. E ele não só terminou a prova: também conseguiu chegar em sétimo, apenas 10 segundos atrás do líder. Ele descreveu a etapa como uma "corrida irrepetível".
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Oleg Karpov
Fórmula 1
Fernando Alonso
Red Bull Racing
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