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Ex-chefe relembra rivalidade com Prost e "grande ser humano"

Ron Dennis revela como era difícil lidar com dois grandes pilotos na McLaren e diz que Senna queria ficar no time em 94

Juntos, Ron Dennis e Ayrton Senna venceram 35 GPs e três campeonatos mundiais pela McLaren, equipe pela qual o brasileiro correu pela maior parte da carreira, de 1988 a 1993. Foram anos de altos e baixos, mas o que ficou para o dirigente foi a lembrança de um homem competitivo e “um grande ser humano”.

Rivalidade com Prost

“Eles quebraram a confiança um do outro. Os dois tiveram culpa. Havia muita tensão e raiva. Minha psicologia dizia que eles precisavam me ver com o cara mau. Queria que eles me hostilizassem para que parassem de hostilizar um ao outro. Foi algo delicado, difícil de acertar. Mas aqueles dois eram iguaizinhos em termos de artimanhas – eles jogavam todos os jogos, com a imprensa nacional, com a Honda, com tudo.”

Acidente com Prost no Japão em 1990

“Eu lembro de ver a telemetria do freio e do acelerador e não precisava ser Einstein para perceber o que tinha acontecido. Voltamos para os boxes e disse a ele que estava desapontado. Ele entendeu. Ele não precisava dizer mais nada. Foi um daqueles raros momentos de fraqueza. Não acho que ele ficou particularmente orgulhoso do que aconteceu.”

A melhor corrida e o fim da parceria

“Donington, em 1993, foi a melhor corrida de todas. Ayrton teve muito crédito, mas a equipe fez tudo certo: acertamos em todos os pitstops, enquanto todos os outros erraram. Lembro daquela corrida com muito carinho – foi uma prova fenomenal, muito divertida.

“Mas chegou no final daquele ano, acho que nós dois precisávamos de uma folga um do outro. Nossa relação era muito intensa. Tinha gente na equipe que estava emocionada. E eu dizia ‘estou tentando convencê-lo a ficar, fiquem calmos!’ Mas ele era um cara muito leal e disse que tinha um contrato. Mas ele não estava seguro. Depois ele me disse que, se eu tivesse fechado duas semanas antes com o motor de fábrica da Pegeout, ele teria ficado.”

O melhor da história

“Acho que é porque ele foi muito bom por todo o tempo em que esteve no planeta. Não consigo ver o lado positivo do acidente, mas ele significou que não vimos seu declínio. Também acho que ele é lembrado porque era incrivelmente competitivo. Ele era ótimo, mas tinha bons valores humanos. Teve alguns lapsos em sua vida, mas tinha princípios fortes. E era um grande ser humano.”
 
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Julianne Cerasoli
Fórmula 1
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