F1 precisa repensar gastos "horrendos" com caixa de câmbio, pedem equipes

As equipes de Fórmula 1 e a FIA estão buscando reduzir expressivamente os gastos com caixas de câmbio quando o novo regulamento, que entrará em vigor em 2026

Embora as regras para 2026 da unidade de potência da Fórmula 1 já tenham sido acertadas, tudo relacionado ao chassi ainda está em discussão e, inevitavelmente, parte do foco está na redução de custos.

As caixas de câmbio são um alvo óbvio, pois não são consideradas um diferencial de desempenho, e foram feitos esforços no passado para resolver a questão do corte de gastos, incluindo uma tentativa fracassada de introduzir uma caixa de câmbio comum antes que as regras atuais entrassem em vigor. O custo atual de uma caixa de câmbio gira em torno de US$ 8 a 9 milhões.

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A equipe com indiscutivelmente o maior interesse nos regulamentos futuros é a Aston Martin, que foi cliente das equipes McLaren e, posteriormente, da Mercedes por muitos anos, e agora tem que fabricar seu próprio conjunto de transmissão.

A equipe de Silverstone está empenhada em garantir que esteja à frente do jogo se houver qualquer mudança para peças padrão ou uma simplificação geral da tecnologia necessária. “Se você olhar para a caixa de câmbio hoje em dia e compará-la com outras categorias de automobilismo, a caixa de câmbio não é mais um diferencial de desempenho”, disse o chefe da equipe Aston, Mike Krack.

“Todo mundo tem mais ou menos o mesmo desempenho da caixa de câmbio. Mas o custo das caixas de câmbio é horrível, especialmente se você comparar com outras categorias. Portanto, em um mundo com limite de custos, é uma pergunta que você deve fazer - se faz sentido usar uma tecnologia tão complicada se não houver diferença no desempenho? Cada equipe está gastando US$ 8 a 9 milhões por ano para caixas de câmbio em que não há nenhuma diferença de desempenho.”

Mike Krack, Team Principal, Aston Martin F1 Team, on the grid

Mike Krack, Team Principal, Aston Martin F1 Team, on the grid

Photo by: Zak Mauger / Motorsport Images

Krack revelou que as discussões com a FIA sobre o assunto estão em andamento. “Temos conversado com a FIA sobre se não faz sentido adotar um modelo mais simples, mais econômico das caixas de câmbio, com tecnologia mais simples e também talvez menos unidades por ano que você precisaria na tentativa de fazer o todo esporte mais sustentável", disse Krack.

“A soma dos gastos do paddock é de mais de US$ 100 milhões por ano. Você poderia se perguntar, isso é necessário, se você olhar para outras categorias? Então essa é a razão pela qual estamos em negociações e por que acho que, como esporte, temos que fazer essas perguntas e pensar se faz sentido tornar as coisas um pouco mais simples?", questionou.

Krack enfatizou que não quer necessariamente ver todas as equipes usando uma caixa de câmbio comum, mas disse que várias áreas podem ser direcionadas para economia de custos. “Acho que a lista pode ser longa”, disse ele. “Pode haver um compromisso de manter algum tipo de tecnologia. Veja os diferenciais da F1, por exemplo, que são únicos em comparação com outras categorias."

"Eu não diria uma caixa de câmbio comum para todos, ou a mesma caixa de câmbio para todos, mas especificações de design ou coisas assim, apenas para reduzir os custos.", finalizou.

O chefe da Ferrari, Fred Vasseur, concordou que as caixas de câmbio podem ser um alvo para cortar gastos, mas apontou que as equipes já estão limitadas por terem que trabalhar com o teto de gastos.

"A regulamentação sobre transmissões e assim por diante, com certeza, podemos tentar encontrar algo um pouco mais simples", observou. "Mas também temos o limite de custo e você não pode jogar nos dois lados. Acho que se todos respeitarem o limite de custo é o suficiente."

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