F1 quer mudar pontuação que deu origem a confusão em título de Verstappen no Japão; entenda

Bicampeonato do holandês foi marcado por indefinição em razão à pontuação da prova

Mohammed bin Sulayem, President, FIA

A FIA planeja mudar as regras relativas aos pontos atribuídos as corridas de Fórmula 1 que acabam sendo reduzidas por diversas circunstâncias após a confusão durante o GP do Japão no ano passado onde Max Verstappen foi declarado bicampeão mundial com certa 'indefinição'.

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O holandês conquistou o segundo mundial em Suzuka, na temporada de 2022, depois de Charles Leclerc receber uma penalidade de cinco segundos por cortar a chicane e ganhar vantagem na última volta da corrida. A queda do monegasco para o terceiro lugar deu a Verstappen uma vantagem inalcançável, mas até mesmo o piloto da Red Bull ficou inseguro sobre a situação porque ele e sua equipe tinham a impressão de que os pontos completos não seriam dados.

Como resultados das mudanças feitas após a confusão no GP da Bélgica de 2021, novas regras foram implementadas estipulando requisitos de 'quilometragem' para a distribuição de pontos. Por vencer uma corrida que completou duas voltas, mas com menos de 25% da distância total, o vencedor receberia seis pontos. 

Para corridas que ultrapassassem 25%, mas não 50, o vencedor receberia 13 pontos e para corridas que ultrapassassem 50%, mas não 75%, seriam 19 pontos. Acima de 75%, os pontos eram computados de forma completa. Com o GP do Japão acontecendo com apenas 28 voltas - pouco mais de 52% - muitos ficaram com a impressão de que Verstappen conquistaria 19 pontos por sua vitória, com Pérez levando 14 para casa e Leclerc somando mais 12 por ter sido o terceiro colocado.

No entanto, a redação exata das regras da FIA estipulava que os pontos seriam limitados apenas para as corridas suspensas e não reiniciadas. É por isso que pontos completos foram distribuídos no Japão depois que os pilotos cruzaram a linha de chegada após três horas de prova. Com as equipes entendendo que a regra de corrida reduzida englobava todos os GPs que não alcançassem a distância total, um 'desconforto' foi instalado.

Christian Horner, Team Principal, Red Bull Racing, Mohammed Ben Sulayem, FIA President

Christian Horner, Team Principal, Red Bull Racing, Mohammed Ben Sulayem, FIA President

Photo by: FIA

Na premiação de gala da FIA no ano passado na Itália, o presidente da entidade, Mohammed Ben Sulayem teve uma conversa estranha com o chefe da Red Bull, Christian Horner, depois que ele comentou sobre a confusão no Japão.

“O Japão...Você disse que era controverso [sic] - não”, disse Ben Sulayem no palco. “A FIA foi culpada pelos pontos, mas não foi a FIA que fez as regras, foram as equipes que fizeram as regras, nós estávamos apenas as aplicando."

Mas, embora esteja claro que a FIA só poderia aplicar as regras da maneira que elas foram escritas, agora foi revelado que o regulamento será alterado para 2023. Esse trabalho será realizado pelo novo diretor esportivo da entidade, Steve Nielsen, que acabou de ingressar no corpo diretivo. Falando ao Motorsport.com, Ben Sulayem explicou que o regulamento seria reescrito – embora ele não achasse que a FIA tivesse feito algo de errado originalmente.

“Sim, está mudando”, disse ele quando questionado sobre a regra. “Steve, agora, que é o diretor esportivo, vai melhorar. Voltando para o Japão e aos pontos: quem escolheu isso? As equipes. Quem os aprovou? As equipes. Nós apenas tivemos que implementá-los. E quem leva a culpa? Nós. Honestamente. Onde está a equidade? Me diz. Isso me frustra”.

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Tom Howard
Fórmula 1
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