F1: Saiba como Senna burlou tática da Globo quando piloto brigou com Reginaldo Leme
Piloto e jornalista tiveram desentendimento na década de 90; assessora de imprensa deu detalhes em entrevista exclusiva

Ayrton Senna, McLaren MP4/5B
Foto de: LAT Images
Algum tempo antes de falecer no trágico acidente do GP de San Marino, há exatos 31 anos, Ayrton Senna passou por um período turbulento na relação com Reginaldo Leme, jornalista que cobre a Fórmula 1 há cinco décadas e que hoje faz parte do time da Band.
Em entrevista exclusiva ao Motorsport.tv no Youtube, a ex-assessora de Senna, Betise Assumpção, falou sobre o desentendimento do piloto com o jornalista e como o tricampeão conseguiu driblar uma manobra da TV Globo para disfarçar a briga.
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"Ele parou de falar com o Reginaldo no começo de 1993. Nunca mais falou. Até morrer”, disse Betise. “No começo, ele nem me falou que não estava falando com o Reginaldo. De repente, começaram a ser enviados repórteres da sucursal da Globo de Londres. Era o Silio Boccanera numa corrida, depois o Pedro Bial e a Valéria Sffeir. Eu estava achando que era porque o cara ficou tão estourado que estavam aumentando a cobertura."
"Depois de umas quatro ou cinco corridas ele me falou que não ia falar (com o Regi) e eu disse, ‘mas peraí, você não vai falar com o Reginaldo?’ Eu lembro dele falando assim ‘Betise melhor você não se meter. É muito chato. Não vou falar com ele. Parei de falar com ele. Enfim, chamou de alguns nomes não publicáveis. É por isso que ele começou a dar entrevistas para o Cabrini, fora da pista, porque o Cabrini não tinha credencial. Eu também não sabia por que ele estava fazendo isso.”
No entanto, a briga entre Senna e o jornalista não impediu a realização das reportagens de Reginaldo Leme para a emissora carioca, de acordo com Betise: "O Ayrton dava entrevista para o Silio, depois, quando as imagens chegavam ao Brasil, a TV Globo pegava um pedaço da entrevista deles e colocava na entrevista do Reginaldo. Aí ele (Ayrton) ficou bravo".
“Então eu falei, olha, a única coisa que você pode fazer é, e por coincidência, naquela corrida era o Pedro Bial, ‘você vai dar entrevista a ele e a cada três palavras você vai falar Pedro. ‘Sabe o que é, Pedro?’ Aconteceu isso, isso e isso. E Pedro...’. Não vão ter como tirar o nome. Não vão conseguir tirar. “
GUERRA FRIA na McLaren, MAX NO AUGE e Hamilton ABALADO pré-Miami | THIAGO FAGNANI, repórter da BAND
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