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FIA descarta investigação sobre manifestação de Hamilton, que se pronuncia: "Não vou parar"

Notícia vem menos de 24 horas depois do anúncio de que estava analisando se Hamilton havia cometido infração no GP da Toscana

Lando Norris, McLaren, Lewis Hamilton, Mercedes-AMG F1, Charles Leclerc, Ferrari, Daniil Kvyat, AlphaTauri, Max Verstappen, Red Bull Racing, and the other drivers stand and kneel in support of the End Racism campaign prior to the start

Lando Norris, McLaren, Lewis Hamilton, Mercedes-AMG F1, Charles Leclerc, Ferrari, Daniil Kvyat, AlphaTauri, Max Verstappen, Red Bull Racing, and the other drivers stand and kneel in support of the End Racism campaign prior to the start

Mark Sutton / Motorsport Images

Após o anúncio da segunda de que estava analisando se abria uma investigação contra Lewis Hamilton pela manifestação feita durante o GP da Toscana de Fórmula 1, a FIA confirmou que não tomará novas ações contra o hexacampeão. E o piloto da Mercedes se manifestou sobre o caso nas redes sociais, defendendo que isso não o impedirá de fazer novas ações.

No GP da Toscana, Hamilton trocou sua tradicional camiseta com os dizeres "vidas negras importam" por uma que cobra respostas no caso de Breonna Taylor, que foi morta pela polícia de Louisville, no estado do Kentucky, em março. Segundo relatos, três policiais a paisana entraram em seu apartamento e houve uma troca de tiros com o namorado de Taylor, que acabou sendo alvejada com oito tiros.

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A camiseta de Hamilton tinha os dizeres "Prendam os policiais que mataram Breonna Taylor", e uma foto de Taylor atrás com a frase "Diga seu nome". O hexacampeão usou a camiseta não apenas na manifestação antirracismo realizada antes da corrida como também no pódio.

Agora, um porta-voz da Federação confirmou à BBC que não será lançada uma investigação oficial sobre o caso, mas a FIA não descarta impor limites às manifestações futuras dentro do esporte.

Na manhã desta terça (15), Hamilton usou suas redes sociais para falar indiretamente sobre o caso:

"Bom dia mundo", escreveu Hamilton. "Espero que, independente de onde você estiver, você esteja se mantendo positivo. Quero que vocês saibam que não vou parar, não vou deixar me pararem, não vou desistir de usar essa plataforma para dar luz ao que eu acredito que seja certo".

"Quero agradecer a todos que continuam me apoiando, tenho muito a agradecer. Mas essa é uma jornada para todos nos unirmos e desafiarmos o mundo com relação a todos os níveis de injustiça, não apenas racial. Nós podemos tornar esse lugar melhor para nossas crianças e as futuras gerações".

Em uma nota, tradicionalmente enviada aos pilotos sobre o ato antirracismo pré-corrida, o diretor de provas da F1, Michael Masi, deixa claro: "A FIA apoia qualquer forma de expressão individual que esteja de acordo com os princípios fundamentais de seu estatuto".

O estatuto da FIA diz: "A FIA deve abster-se de manifestar discriminação em razão de raça, cor de pelo, gênero, orientação sexual, origem étnica ou social, idioma, religião, opinião filosófica ou política, situação familiar ou deficiência no curso de suas atividades e de tomar qualquer ação a esse respeito".

A Federação também é signatária da Carta Olímpica, que proíbe "qualquer tipo de demonstração ou propaganda política, religiosa ou racial".

Após a morte de George Floyd em maio, que deu início a uma série de manifestações pelo mundo buscando o fim do racismo e a igualdade racial, Taylor se tornou um dos nomes mais relembrados.

Após a vitória no domingo, Hamilton disse: "Fazia algum tempo que eu estava pretendendo trazer essa conscientização para cá, que existem pessoas sendo mortas na rua. E alguém foi morta em sua própria casa, com a polícia estando na casa errada. E esses caras ainda estão livres".

Nas redes sociais, o uso da camiseta por Hamilton gerou muitos comentários, com pessoas questionando a mensagem ou o local de sua utilização. Até pouco tempo, a F1 proibia mensagens que não tinham relação com a competição, e isso também acontecia nos demais campeonatos da FIA.

Houve quem criticou Hamilton por esconder os patrocinadores da equipe com a camiseta no momento do pódio. Porém, a Mercedes saiu em defesa de seu piloto, republicando fotos dele com a roupa nas redes sociais.

Um usuário questionou: "Sinto muito, mas o pódio da F1 não tem nada a ver com política", e outro escreveu: "Como que vocês deixam que o esporte se torne uma bandeira política?"

A ambos, a Mercedes respondeu: "Isso não é política. É algo básico, direitos humanos".

Ao longo desta temporada, a F1 e a FIA iniciaram campanhas antirracismo e a favor da diversidade, que abriram espaço para as manifestações feitas antes das corridas. Hamilton tem sido uma figura central destes atos, como o piloto mais importante do grid e o único negro.

O porta-voz disse que a FIA está trabalhando com Hamilton em seu programa de diversidade.

No sábado, o chefe da Mercedes Toto Wolff disse que Hamilton tem todo o apoio da equipe para destacar a injustiça racial e que ele tinha total controle para decidir quais camisetas usar.

Wolff disse: "Não há dúvidas, é uma decisão apenas dele. O que ele fizer, vamos apoiar. A equipe está lutando contra qualquer forma de racismo e discriminação e é uma luta pessoal de Lewis com o Vidas Negras Importam. Vamos dar a ele todo o apoio possível".

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