Fórmula 1 pode descartar pneus projetados pela Pirelli para 2020
Teste anterior ao GP dos Estados Unidos não agradou pilotos da categoria máxima do automobilismo
Fornecedora oficial de pneus da Fórmula 1, a Pirelli disponibilizou seus compostos de 2020 para que os pilotos fizessem testes antes do GP dos Estados Unidos. Entretanto, a avaliação foi negativa e as borrachas da marca para o próximo campeonato podem ser abandonadas no ano que vem.
Todos os competidores receberam dois conjuntos de pneus de 2020 na sexta-feira em Austin, com a maioria relatando uma inesperada falta de aderência, embora em condições frias e em uma pista com pouco grip.
As preocupações sobre se os pneus teriam ou não uma evolução foram discutidas pelos chefes de equipe em sua reunião regular da manhã de sábado com o chefe da F1, o norte-americano Chase Carey.
O consenso foi de que os dados da simulação de sexta-feira deveriam ser estudados mais a fundo - e se os resultados não forem positivos, uma decisão antecipada deve ser tomada para manter os pneus comprovados em 2019.
A decisão pode ser feita antes mesmo que as equipes experimentem os pneus novos novamente nos testes de dois dias em Abu Dhabi, entre 3 a 4 de dezembro. Em Austin, os chefes das equipes concordaram que seria melhor manter as versões de 2019.
"Acho que o comportamento de sexta-feira foi bem diferente do que tivemos em Barcelona quando os testamos", disse Mattia Binotto, da Ferrari, quando questionado pelo Motorsport.com.
"O que não seremos a favor é que eles não correspondam aos objetivos, certamente. O sentimento e o feedback dos pilotos até agora não foram positivos", ponderou o dirigente italiano do time de Maranello.
Christian Horner, da Red Bull, acrescentou: "Os pneus não representam um passo positivo e acho que isso foi unânime, mas concordamos em estudar os dados e tentar entender o porquê. Acho que continuaremos com o que temos se o que é proposto não for melhor. "
Otmar Szafnauer, da Racing Point, acredita que é inevitável que os pneus de 2020 sejam abandonados. "Acho que esse é o resultado mais provável", disse o dirigente quando questionado pelo Motorsport.com.
"A borracha de 2020 realmente não entregou o que eles disseram que entregariam, e é mais arriscado, então acho que não temos escolha. Pergunte aos pilotos”, afirmou o chefe da Racing Point.
Mario Isola, chefe da Pirelli na F1, insistiu que Austin não era um teste representativo e que muito mais seria aprendido em Abu Dhabi em dezembro. "A pista estava muito fria e os carros foram projetados para caber nos pneus atuais”, ponderou.
“Não tivemos simulações longas e o novo pneu foi projetado principalmente para reduzir o superaquecimento, o que significa ser mais consistente a longo prazo, e isso é algo que você não pode testar em cinco voltas ", disse Isola ao Motorsport.com.
"Tenho certeza de que, nos dois dias que tivermos em Abu Dhabi, teremos um teste mais representativo, com tempo para montar o carro e verificar o novo perfil dos compostos de 2020”, afirmou.
Com relação à possibilidade de manter os pneus deste ano, Isola disse: "Nada é impossível. É um pouco estranho, porque os pneus de 2019 foram criticados no início da temporada e nos esforçamos muito para desenvolver algo novo”.
"E durante o desenvolvimento, tivemos resultados positivos. Se mantivermos o que temos em 2019 e se o novo pneu for avaliado de forma negativa, precisamos entender o porquê”, completou o dirigente.
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