Há 14 anos, Alonso conquistava 1º título: veja como espanhol passou de sensação da F1 a 'desempregado'
Campeão em 2005, piloto prometia arrebatar recordes, mas fez escolhas erradas e não tem mais espaço na categoria
Nesta quarta-feira, Fernando Alonso comemora 14 anos de seu primeiro título na Fórmula 1. No dia 24 de setembro de 2005, o espanhol chegava em terceiro no GP do Brasil e se tornava o piloto mais jovem da história a levantar a taça de campeão da elite do automobilismo mundial.
Na temporada seguinte, o 'Príncipe das Astúrias' conquistaria seu segundo campeonato com a Renault, batendo Michael Schumacher, da Ferrari, e prometia quebrar todos os recordes da categoria mais prestigiada do esporte a motor.
Naquela época, Alonso era o mais jovem vencedor e pole da história da F1 ('títulos' conquistados, respectivamente, no GP da Hungria e no GP da Malásia de 2003, no qual ele também se tornou o mais novo piloto da categoria a terminar no pódio, com 21 anos e 237 dias).
No começo de 2007, quando se transferiu para a McLaren, o espanhol já tinha 15 vitórias, 15 poles e dois títulos. Já Schumacher, o homem a ser batido, aposentara-se com 91 vitórias, 68 poles e sete títulos. Claro que Alonso ainda estava distante do alemão, mas o asturiano tinha apenas 26 anos e muito chão pela frente.
Esperava-se, portanto, que Alonso fosse o homem a ameaçar os recordes do heptacampeão nos anos seguintes. O que se viu, porém, foi uma série de polêmicas que fizeram com que o espanhol fosse ofuscado por jovens valores e se tornasse um 'piloto problema' na F1.
Atualmente, o bicampeão está sem espaço na categoria e tem seu futuro indefinido no esporte a motor. Por enquanto, apenas o Rally Dakar 2020 está em sua agenda. Abaixo, o Motorsport.com aponta os motivos pelos quais Alonso passou de sensação da F1 a 'desempregado':
Confusões na McLaren
Depois do bi com a Renault, Alonso foi para a McLaren, que tinha um bom projeto e prometia títulos. Entretanto, a relação do espanhol com a equipe e o novato britânico Lewis Hamilton foi complicada. O episódio mais marcante foi quando o asturiano bloqueou o atual pentacampeão em pit stop no treino classificatório na Hungria. Como se não bastasse, ainda houve o escândalo de espionagem sobre a Ferrari, o que maculou de vez a primeira passagem de Alonso na McLaren.
Volta para a Renault
Explosivo, Alonso não quis saber de concorrência interna, brigou com a McLaren e voltou para a Renault. A medida se mostrou um erro do espanhol, tendo em vista que Hamilton foi campeão em 2008. Se o asturiano não fosse tão complicado no trato interpessoal, poderia ter se mantido na escuderia britânica para buscar seu terceiro título naquela temporada. O que se viu, porém, foi um período de dificuldades para o piloto na Renault em 2008 e 2009.
Polêmicas na Ferrari
Alonso foi para a Ferrari em 2010 e deu pinta de que poderia conquistar seu terceiro título com a escuderia italiana. Na primeira temporada, o carro até era competitivo e Alonso brigou pelo título até o final. Em 2011, porém, o monoposto era fraco. No ano de 2012, houve uma retomada, muito por conta do espanhol, que arrastou o campeonato até o fim. Depois, o asturiano não teve como brigar com o alemão Sebastian Vettel, que conquistou o tetra. Resultado: Alonso deixou a Ferrari brigado.
Ida frustrada para a McLaren
Depois do fracasso na Ferrari, Alonso, aos 34 anos, apostou na nova parceria da McLaren com a Honda e voltou para a equipe britânica no retorno da montadora japonesa à F1. Entretanto, o motor nipônico esteve aquém dos concorrentes e o espanhol viveu sua pior fase na categoria. A cartada do bicampeão foi por água abaixo e sua carreira do asturiano já se encaminhava para a parte final. Enquanto isso, a Ferrari se recuperou com Vettel, que se postulou a concorrente ao título.
Brigas com a Honda
Em meio à draga na McLaren, Alonso perdeu a paciência. E o alvo foi a Honda, tida como a responsável pela má fase da equipe britânica. E o ápice da tensão entre o espanhol e a montadora foi no GP do Japão de 2015, justamente na casa da empresa. Ao ser ultrapassado, o bicampeão reclamou da unidade de potência nipônica, chamando-a de "motor de GP2", fazendo menção à categoria de acesso à F1. Deste em momento em diante, a relação azedou completamente e a McLaren mudou para motores Renault em 2018. Já Alonso perdeu espaço na F1.
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